ANEC promove jantar anual e traz dados do mercado

São Paulo 4/12/2019 – Sérgio Mendes, diretor geral da ANEC, deu início ao evento agradecendo aos 900 participantes

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) promoveu nesta quinta-feira (28/11) o 38º Jantar ANEC, tradicional evento anual que une os principais players desta cadeia. Sérgio Mendes, diretor geral da ANEC, deu início ao evento agradecendo aos 900 participantes. Ele ressaltou o desempenho positivo dos embarques de milho neste ano.

Em 2019, o País deverá somar 113 milhões de toneladas de grãos exportados e uma arrecadação de US$ 32 bilhões para a balança comercial brasileira, quase 20% do total arrecadado com as exportações, dados que conferem ao setor destaque dentre os principais segmentos da economia nacional.

Antes do jantar, foi realizado o 13º Encontro de Previsão da Safra, com André Pessôa, CEO da Agroconsult. Ele abordou o ótimo desempenho observado nas exportações de milho e algodão e os impactos da febre suína africana na redução do rebanho chinês e, consequentemente, na compra de soja pelo País. “No ano passado a soja teve um excelente desempenho, com quase 84 milhões de toneladas embarcadas e para 2019, a projeção da consultoria está entre 76,5 e 78 milhões de toneladas embarcadas de soja”, destacou.

Segundo ele, a guerra comercial, que possibilitou ao Brasil maior entrada na China, principalmente na comercialização de soja, já sinaliza que pode estar chegando ao fim. Sobre a safra, que em 2018 foi de 118 milhões de toneladas, para 2019/20, a projeção é de 124 milhões, um crescimento de 5% com relação à safra passada.

Para o milho, a expectativa é de uma exportação de 39 milhões de toneladas neste ano e um cenário interno propício. “O consumo interno de milho, por sua vez, teve um crescimento fora da curva, passando de 59 milhões de toneladas para 62,5 milhões de toneladas.” Ele enfatiza que a perspectiva de crescimento para 2020 é ainda maior para o consumo interno, de acréscimo de 4 milhões de toneladas.

Já o algodão embarcado, diz Pessôa, atingiu recorde de 1,9 milhão de toneladas, tendo como principal destino a China, graças a uma colheita de 2,8 milhões de toneladas da pluma no ano passado.
Cenário econômico

No mesmo encontro, Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, abordou as perspectivas macroeconômicas e mostrou um ciclo de desaceleração econômica mundial em curso. “O comércio mundial está estagnado. A minha avaliação é que isso ainda piore. A tendência é o dólar continuar se fortalecendo, porque não vejo uma possibilidade de retomada econômica”, apontou.

“O Brasil tem um ambiente de negócios desafiador. É preciso acelerar as reformas para crescer em patamares mais próximos ao restante do mundo”, disse.

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