As diferenças entre os tipos de aço inox

Guarulhos, SP 1/12/2020 – A escolha deverá ser feita com base direta na necessidade do projeto, respeitando sempre cada característica para que haja 100% de efetividade em seu uso

É comum ouvir que aço inox não enferruja, mas e se isso não for 100% absoluto? No mercado há uma série de tipos desse importante aço para cada necessidade ser atendida dentro do que realmente for preciso. A Projinox, empresa que há 20 anos produz peças sob medida em aço inox, explica as diferenças entre elas.

O aço inox é uma das mais importantes matérias-primas da indústria. Presente em componentes estruturais, de parafusos a itens de acabamento, o inox tornou-se popular graças a sua durabilidade e resistência à oxidação.

De conhecimento popular, o inox não oxida quando em contato com o ar do ambiente graças a uma fina, quase invisível, camada de cromo que reveste a superfície do aço. Ele retarda a corrosão atmosférica, comum para muitos materiais, e impede também o ferrugem causado pelo contato com a água, por exemplo.

Apesar de ser uma verdade, é importante, no entanto, saber que existem diferentes tipos de inox, os quais servem para aplicações distintas na indústria. Nem todo produto produzido nesse aço terá as mesmas resistências em equivalência.

A Projinox, fabricante de materiais em aço inox há 20 anos, explica os tipos diferentes de aço inox que existem no mercado, sobretudo com relação à durabilidade, resistência ao calor, impacto e corrosão.

O que é o aço inox?

O aço inox é uma liga metálica de ferro com, no mínimo, 10,5% de cromo, elemento responsável por criar a camada que protege o material. Ainda que o inox sofra algum tipo de deformação, o cromo se autorregenera, tornando a restabelecer a sua camada.

Para variar a resistência, mais ou menos cromo é adicionado juntamente com outros elementos como níquel, molibdênio, vanádio e tungstênio.

Os tipos de aço inox

O termo usado para classificar as diferentes composições do inox é a norma AISI (American Iron and Steel Institute). Cada numeração corresponde a diferentes quantidades de elementos usados para fabricação do aço inoxidável. Cada uma dessas misturas encaixa-se em uma família com atributos diversificados, essas se dividem em: austenítico, ferrítico e martensítico, as principais.

Austeníticos

Nessa família encontram-se os tipos 304, 304L, 316 e 316L, os quais variam entre 17% a 25% de cromo e 7% a 20% de níquel. É o mais presente no mercado por ter boa resistência à corrosão e facilidade para conformação, incluindo soldabilidade.

  • AISI 304: É o mais conhecido no mercado. Tem alta resistência à corrosão e evita a ferrugem. Recomendado para equipamentos para cozinha, hospitais, indústrias químicas, farmacêuticas e petroquímicas;
  • AISI 304L: Todo tipo com a presença do “L” em sua sigla demonstra uma versão aprimorada do seu semelhante, com menor teor de carbono e, portanto, maior resistência à oxidação. É recomendado para as mesmas situações, porém, para superarem os casos de corrosão intercristalina;
  • AISI 316: Tem a mesma composição do 304, com adição de aproximadamente 2,5% de molibdênio. Recomendado para objetos cirúrgicos ou em ambientes mais suscetíveis à corrosão, como em regiões de maresia e químicos;
  • AISI 316L: Versão melhorada do 316, quando da necessidade de proteção contra correção intercristalina.

Ferríticos

Estão inclusos nessa família os tipos 430, 409, 439 e 443. Apresentam de 11% a 20% de cromo e menos de 0,08% de carbono. Por possuir maior quantidade de ferro em sua composição e menos cromo, são mais propensos à oxidação do que seus irmãos austeníticos. São recomendados para aplicações que envolvam variações de temperatura. É comum que materiais dessa família sejam atraídos por imãs.

  • AISI 409: Ótimo para estampagem, com alongamento típico de 40% e soldabilidade. Utilizado em sistemas de exaustão de gases em motores de explosão, como escapamentos. Foi um dos primeiros inox a serem fabricados no Brasil;
  • AISI 430: Usado em utensílios domésticos, itens de automóveis, revestimento de elevadores e na fabricação de moedas;
  • AISI 439: Apresenta melhor comportamento do que o 430 com relação à estampagem e melhor resistência à corrosão. Utilizado para tubos soldados, trocadores de calor, etc.;
  • AISI 443: Tem maior resistência à oxidação e a altas temperaturas. Comumente usado em panelas de cozinha.

Martensíticos

São os tipos 420 e 410, com 12% a 18% de cromo e entre 1% e 1,5% de carbono. Sua diferença está na alta dureza, apresentando pouca soldabilidade, mas alta resistência mecânica e ao desgaste. É magnético. Com relação à resistência e à corrosão, é a família com maiores probabilidades de reação.

Qual o melhor tipo de inox?

Depende da sua aplicação. Como visto, o inox é versátil e suas diferentes composições influenciam diretamente no uso da peça, bem como em seu custo. A escolha deverá ser feita com base direta na necessidade do projeto, respeitando sempre cada característica para que haja 100% de efetividade, durabilidade e resistência em seu uso.

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