São Paulo, SP 23/10/2019 – “Se quiserem inovar, esqueçam do passado e olhem para o futuro”, Fernando Liberato – CSO da Aurum
Com a proposta de promover a troca de conhecimentos e proporcionar uma imersão no universo da inovação na advocacia, o Aurum Summit 2019 reuniu mais de mil pessoas no dia 10 de outubro, em São Paulo e, pela primeira vez, em participação online simultânea.
Com a proposta de promover a troca de conhecimentos e proporcionar uma imersão no universo da inovação na advocacia, o Aurum Summit 2019 reuniu mais de mil pessoas no dia 10 de outubro, em São Paulo e, pela primeira vez, em participação online simultânea.
Desenvolvedora dos softwares jurídicos Astrea e Themis, a Aurum destaca que o evento visa, todos os anos, promover temas para inspirar e inquietar os profissionais do direito. O objetivo, segundo a empresa, é fazer com que cada participante reverbere a experiência e os aprendizados em sua prática diária, agindo para transformar e modernizar o setor.
Na abertura do evento, o CSO da Aurum, Fernando Liberato afirmou que saber fazer as melhores escolhas olhando para o futuro, sem deixar a nostalgia do passado ou o medo da mudança falarem mais alto, é um dos maiores desafios de empreender. “Se quiserem inovar, esqueçam do passado e olhem para o futuro”, ressaltou.
O futurista Luiz Candreva levou ao evento o tema “O futuro dos negócios e os negócios do futuro”. Relembrando inovações que foram substituídas, como videolocadoras e bancos, destacou que todo risco oferece uma oportunidade. Ele salientou que é preciso que os advogados empreendedores deixem de lado a resistência e “surfem” o quanto antes a onda da inovação, enquanto ela não cresce e os engula.
Palestras e painéis
Além de palestras sobre temas emergentes, como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e regulação de startups, o Aurum Summit 2019 promoveu o painel “Evolução Exponencial da Tecnologia no Direito”. Foram convidados os três palestrantes mais bem avaliados da edição de 2017: Patrícia Peck, Bruno Feigelson e Rodrigo Vieira, que falaram sobre as mudanças e previsões que surgiram desde suas palestras na segunda edição do evento.
Para as palestras, foram convidados grandes nomes do mercado da inovação no Direito.
Sofia Marshallowitz, Cientista de Dados na Legal Insights e pesquisadora em Inteligência Artificial e Direito abordou a união entre essas áreas e como elas podem ser aplicadas ao dia a dia dos advogados. Sofia abordou ainda a desconfiança – ou o medo – de que a tecnologia tire o protagonismo e até mesmo substitua o trabalho humano. Para ela, isso não vai acontecer com quem estiver disposto e aberto a mudar sua cultura.
Advogada na ThoughtWorks e entusiasta da tecnologia, inovação e sociedade, Larissa Wermann explorou essa tríade focando no Legal Design, abordagem inspirada no Design Thinking, conceito aplicado para construção de novos negócios aplicado ao Direito. Ela explicou que o Legal Design vai além do visual. “Serve para entender o cliente e fazer o que funciona no contexto dele”, ressaltou. Larissa destacou que o Legal Design pode ser utilizado tanto na comunicação com o público quanto na organização interna dos escritórios.
Marcel Leonardi, advogado na Pinheiro Neto Advogados, fez um panorama do que é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), suas bases legais e as etapas de implementação. Ele explicou que a legislação brasileira “pegou carona” na lei europeia, que reuniu todo o entendimento sobre o tema em uma única regulamentação e sinalizou que a área pode ser bem promissora no Brasil. “No momento, a curva de demanda da LGPD está nos especialistas de escritórios. Com o tempo, a tendência é que essa demanda se concentre in house [dentro de casa]. Enquanto isso, o mercado segue muito quente”, pontuou.
Já a especialista em Customer Success no Vagas.com, Luciana Teles, deixou claro em sua fala que o cliente vai ser o protagonista da quarta revolução industrial. A profissional afirmou que é ele quem vai dizer como construir e melhorar os produtos e serviços e que na advocacia não vai ser diferente. Nesse caso, conforme explicou, trata-se de ir além de ganhar uma causa ou reduzir processos. “É necessário entender o que o cliente realmente precisa”, disse.
Reconhecido pela atuação na polêmica regulamentação dos patinetes da GROW (Grin + Yellow), o advogado Caio Franco tratou do tema “Desafios regulatórios em uma startup”, no qual mesclou o caso dos patinetes à importância de se ter uma boa base teórica para atuar com temas atuais relacionados ao Direito. Segundo Caio, a tecnologia deve ser usada para facilitar a rotina dos advogados para que estes voltem a desempenhar as tarefas estratégicas com mais qualidade, como, por exemplo, fortalecer o raciocínio jurídico e priorizar o atendimento.
Por fim, Victor Fonseca, advogado especialista em tecnologia e inovação na TozziniFreire encerrou o ciclo de palestras falando sobre as tendências para o próximo ano na tecnologia e no Direito. Para ele, a tendência do mercado é ter cada vez menos tendências. “Os advogados precisam se preparar não apenas para um, mas para diferentes futuros”, destacou. Segundo ele, é preciso utilizar a tecnologia como uma ferramenta, e não mais temê-la.
Interação e networking
O grande diferencial da quarta edição do Aurum Summit foi a estreia do evento em formato online, no qual os participantes puderam conversar pelo chat e conferir entrevistas exclusivas comandadas por Mariana Gonçalves, advogada e dona do Canal do YouTube “Minutos do Direito” que conta com mais de 100 mil inscritos.
O evento levou também stands com novidades interativas, dinâmicas e espaços para fotos. O encontro foi finalizado com um happy hour com espaço para networking entre participantes e organizadores.
A Aurum foi criada em 1993. Em 2019, passou por um processo de aquisição pela Vela Software, do grupo canadense Constellation.
Informações sobre o Aurum Summit 2019
Site oficial: https://summit.aurum.com.br
Instagram: @aurum.br
Website: https://summit.aurum.com.br