Brasília, DF 11/11/2019 – O Pisa para Escolas já foi aplicado em mais de 2500 escolas de 11 países. No Brasil, aplicação será em 2020
Como estão os conhecimentos do estudante brasileiro que conclui o ensino fundamental? E se traçarmos um paralelo com outras partes do mundo? Como seria o desempenho do jovem brasileiro de 15 anos em um exame aplicado em outros países, com as mesmas questões em matemática, leitura e interpretação de texto e ciências, com foco na solução de problemas? Essas são algumas das perguntas que o Pisa for Schools (PISA-S) – iniciativa já reconhecida em outras partes do globo e que chega de forma inédita à rede particular de ensino no Brasil por meio da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) – pretende elucidar. A proposta é fornecer às escolas informações valiosas para subsidiar a avaliação pedagógica e, mais do que isso, orientar planejamentos e melhorias alinhados às demandas globais de educação, levando-se em conta, ainda, questões como engajamento dos alunos e qualidade do ambiente de aprendizagem.
O Pisa for Schools, ou Pisa para Escolas, já foi aplicado em mais de 2500 escolas de 11 países e, agora, passa a estar disponível no Brasil para aplicação a partir de 2020, por meio de uma plataforma digital. Para que o exame internacional fique acessível às escolas particulares do Brasil, que poderão contratar de forma inédita o serviço, a Fenep firmou com a Cesgranrio o contrato para a aplicação dos exames.
“A experiência das escolas brasileiras sempre foi com as avaliações oficiais conduzidas pelo governo (federal ou estadual). É a primeira vez que as escolas particulares terão a oportunidade de ter autonomia para acessar esse exame, que mostra como elas estão em relação a escolas de outras partes do mundo em aspectos universais. A proposta não é comparar ou criar um ranking e sim oferecer informações relevantes para que possam melhorar suas práticas. O Brasil precisa avançar”, explica Pedro Flexa Ribeiro, diretor da Fenep e responsável pelo Projeto PISA na entidade.
O PISA-S é uma avaliação voluntária que apoia os esforços de melhoria da escola participante com base nas matrizes e escalas do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Ele foi aplicado num projeto-piloto no Brasil, em 2017, e contou com a participação de 46 escolas convidadas, 72% delas, públicas. Os itens dos exames levam em conta escalas internacionais e estudos que apoiam o rigor e a validade dos resultados do PISA Mundial.
O presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, fala sobre a importância dessa iniciativa para o País, que conta com mais de 40 mil instituições de ensino privadas atendendo a mais de 15 milhões de alunos, da educação infantil à pós-graduação. “É importante sabermos como as escolas particulares do Brasil estão em relação ao mundo. É fundamental, pois qualifica o ensino e fortalece o setor como um todo. Fortalece a nossa Educação”, defende.
Flexa explica que o exame é ainda mais necessário neste momento, num contexto cada vez mais conectado e globalizado, no qual o aluno precisa ter um entendimento melhor do mundo e suas interfaces, sem com isso deixar de compreender as especificidades locais.
PISA para Escolas: como aderir?
Podem participar escolas particulares de todo o território brasileiro que atendam a requisitos como ter no mínimo 42 alunos com 15 anos de idade, além de computadores para que todos possam realizar a prova.
Escolas interessadas devem fazer a adesão nos respectivos sindicados estaduais. As provas serão aplicadas em maio de 2020.
A escola que aderir vai …
•comparar seus resultados com o desempenho dos melhores sistemas do mundo, avaliados pelo PISA Mundial, além de promover uma cultura que estimule o aprendizado de excelência para todos;
• compreender como as habilidades socioemocionais afetam o aprendizado, e como desenvolvê-las na sala de aula;
• identificar estratégias que ajudem a melhorar o desempenho dos estudantes com dificuldades de aprendizagem;
• criar comunidades de aprendizagem e redes de contatos com professores e escolas de vários países.
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