Câncer de próstata: olhar multidisciplinar é essencial no tratamento ao paciente

São Paulo, SP 5/12/2019 – “Pode ser que, além do oncologista, um mesmo paciente precise de urologista, cardiologista, radioterapeuta, fisioterapeuta ou educador físico e psicológo”.

Todos os anos, mais de 60 mil homens recebem o diagnóstico de câncer de próstata no Brasil. Apesar de 75% dos casos ocorrerem após os 65 anos , pode acontecer em qualquer idade e se intensifica após os 50, atingindo boa parte da população masculina ainda em faixa etária produtiva. Nesse cenário, apenas tratar o câncer não é o suficiente para restabelecer a qualidade de vida desses homens, reforçando a necessidade de uma abordagem médica multidisciplinar.

“Hoje em dia, o trabalho em conjunto entre diversas especialidades é o principal pilar dos grandes centros de oncologia. A equipe precisa se reunir e dialogar com frequência sobre todos os aspectos da saúde do indivíduo. Pode ser que, além do oncologista, um mesmo paciente precise de urologista, cardiologista, radioterapeuta, fisioterapeuta ou educador físico e psicológo”, destaca o oncologista clínico e coordenador de Uro-oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Ariel Kann.

O acompanhamento psicológico é, inclusive, uma das principais frentes da terapia oncológica, já que o paciente precisa lidar melhor com as implicações ocasionadas pelo câncer e ter motivação para os processos do tratamento. Segundo o especialista, diversos estudos já comprovaram ao longo dos anos que, quando há engajamento do paciente na busca da cura, aumenta-se a satisfação em viver e a disposição para se tratar, ocasionando melhores resultados.

Ao ser diagnosticado com doença avançada, será necessário reduzir o nível de androgênios (hormônios masculinos) e alguns efeitos podem ser incômodos para o paciente. “O tratamento pode mexer com a qualidade de vida do homem, já que pode apresentar queda de libido, disfunção sexual, ondas de calor, perda de massa óssea e muscular, fadiga e aumento do risco cardiovascular”, explica.

O paciente que passa por tratamento hormonal deve ser orientado a ter uma rotina saudável para que todo o processo tenha o menor impacto possível no seu bem-estar. Entre as dicas para uma vida melhor, estão hábitos como manter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso, parar de fumar, procurar ter um sono reparador, realizar atividades de lazer e relacionamento social com amigos e familiares e praticar exercícios físicos regularmente.

Além disso, cerca de 33% de quem sofre com câncer de próstata avançado apresenta também uma complicação cardiovascular associada . Nesses casos, os cuidados devem ser ainda maiores. “Do ponto de vista preventivo, uma análise dos fatores de risco: tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, colesterol elevado, entre outros, e o controle destes é o primeiro passo. Ao oncologista, cabe escolher as medicações mais bem toleradas e que são mais seguras do ponto de vista cardiovascular”, completa o oncologista.

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