Consumo de drogas e álcool no período de carnaval

Paulínia 6/2/2020 – As pessoas experimentam a droga ou álcool porque os amigos estão fazendo, para fugir do tédio e se soltar na folia

A proximidade do carnaval, a festa mais popular do Brasil, exalta os ânimos das pessoas em busca de diversão todos os anos.

É justamente nesse momento que as pessoas ficam mais propensas ao consumo de drogas e álcool.

O álcool por exemplo, costuma ser o maio vilão, e no período de carnaval seu consumo se eleva drasticamente.

Segundo uma pesquisa feita pela Unifesp, em que mapeou os usuários em reabilitação, 8 milhões de brasileiros têm dependência de maconha, álcool ou cocaína. Esse estudo foi feito com famílias 3.142 famílias de dependentes em tratamento de drogas.

Como os dias de folia são estendidos, as pessoas tendem a beber todos os dias. Elas encaram o uso de drogas no Carnaval como algo recreativo. A sensação de prazer e de relaxamento que a bebida ou outra droga provoca, leva a pessoa a querer aumentar o consumo, o que acaba tendo efeitos negativos para si e para outras pessoas.

Por que as pessoas buscam as drogas para se divertirem?

Pessoas que mesmo não tendo o costume de ingerir álcool acabam fazendo por influência dos amigos principalmente. O que ocorre é um tipo de pressão social para o consumo da droga nesse período festivo.

Geralmente no início o indivíduo experimenta sensações prazerosas com o consumo de álcool, depois ele fica mais propenso a repetir esse hábito e a buscar por mais prazer, o que o leva à porta de entrada para as drogas ilícitas como a maconha e cocaína por exemplo.

Por vezes, as pessoas experimentam a droga ou álcool porque têm curiosidade, porque os amigos estão fazendo, para fugir do tédio e de preocupações que elas estejam passando.

Como é o efeito das drogas no corpo

Como as drogas ainda não têm uma fiscalização apropriada, não há testes de qualidade, sendo que elas podem vir misturada a outros elementos nocivos à saúde humana.

Assim como o lança perfume, outras drogas surgiram como o MDMA – metilenodioximetanfetamina – mais popularmente a partir de 2014 no Brasil, tem sido considerada uma das dez mais consumidas atualmente.

Paulo (nome fictício) morador de São Paulo, conheceu a substância e relata: “Você não consegue dormir, fica muito disposto, e sua percepção dos sentidos fica muito aguçada. É algo parecido com tomar uma ‘super’ Ritalina: você fica muito atento a tudo e dura por bastante tempo“.

O uso das drogas acaba levando a alterações psíquicas devastadoras contribuindo para a vulnerabilidade do sujeito. Há ainda interferências diretas na coordenação motora do indivíduo. Outras pessoas ficam mais agressivas, o que coloca em risco não somente quem consome, mas também outras pessoas ao redor.

Fazer também a mistura de drogas pode ser perigosa devido a conjugação dos seus efeitos e ações secundárias no organismo, o que pode incluir o uso de drogas como o álcool e drogas ilegais. Misturando por exemplo álcool e cocaína eleva o ritmo cardíaco, o que pode levar a ataques cardíacos e até a morte.

 O livre comércio das drogas na festa

Em época de Carnaval, mesmo não sendo permitido, sabe-se que a venda de álcool e drogas acontece de modo desenfreado.

Pelos locais da festividade do Carnaval, homens e mulheres vendem livremente drogas diversas nas folias. 

No meio dos blocos de ruas a droga é anunciada verbalmente e livremente ela é vendida sem nenhuma ou quase nenhuma repreensão por parte da força policial.

O lança-perfume é uma droga que rola muito e sempre vai estar presente no Carnaval. Seu comércio ocorre quase que livremente por vendedores ambulantes.

O que o governo tenta fazer para amenizar o consumo das drogas?

O Governo trabalha para evitar e fiscalizar o consumo de drogas, mas suas políticas e medidas ainda não são suficientes para conter a circulação e o consumo.

O Governo Federal em parceria com o Ministério da Cidadania tem lançado campanhas nas redes sociais, seminários e outras mídias na tentativa de advertir sobre os danos causados pela dependência química e a importância de buscar o tratamento de drogas para quem já tem a dependência.

Mesmo com empenho do governo, muitas pessoas buscam uma clínica de recuperação para  fazer um tratamento apropriado, quando já existe quadro de dependência química.

As opções de tratamento para recuperação das drogas

Hoje, existem variadas opções de tratamento para uso de drogas, como as clínicas de recuperação especializadas, que geralmente contam com uma equipe multidisciplinar para orientar os pacientes e seus familiares no combate à prevenção e a dependência química.

Essas clínicas, segundo alguns levantamentos, elas costumam recuperar de 40 a 80% dos viciados.

As clínicas de recuperação geralmente apresentam um serviço de referência, seguindo modernas medidas médicas e terapêuticas destinadas a esse público com a dependência química de modo que o paciente possa viver com mais saúde e longe das drogas.

Nessas clínicas, a internação costuma ser uma tradicional forma de tratamento. É onde os indivíduos entram em um processo de desintoxicação do uso das drogas. Após a internação, o paciente passa por um processo de acompanhamento pela equipe especializada até a otimização de seu quadro de saúde e reabilitação.

A prática de atividade física nesse período ajuda para um melhor avanço no tratamento.

O interessante das clínicas de recuperação é que elas são estruturadas para proporcionar o estabelecimento de vínculos e ajuda recíproca no intuito de desenvolver e reestruturar o lado biopsicossocial da pessoa que é dependente do álcool e outras drogas.

Uma boa notícia é que há outras substâncias que atuam no combate à dependência. Essas substâncias estimulam a produção do hormônio GDNF, que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neuronais. A substância de uma planta africana por exemplo atua em reparar áreas do cérebro humano e fornecem ao indivíduo a dopamina e a serotonina, substâncias responsáveis pelo bem-estar e prazer ao indivíduo.

Vale ressaltar que segundo os parâmetros da ANVISA, algumas destas substâncias ainda não estão regulamentadas. Alguns anúncios na internet oferecem a venda dessas substâncias o que é proibido além de ser perigoso seu uso sem uma orientação médica. O que é permitido é a importação pelo próprio paciente a ser realizado em uma clínica especializada.

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