Em junho, venda de veículos usados cresce quase 70% no País

São Paulo 3/8/2020 –

O mês de junho de 2020 apresentou um crescimento de 69,18% na comercialização de veículos usados no Brasil em relação a maio, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O mês de junho de 2020 apresentou um crescimento de 69,18% na comercialização de veículos usados no Brasil em relação a maio, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Esses números representam as vendas de todos os segmentos somados: automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e outros.

No sexto mês do ano, 744.643 unidades foram vendidas frente às 440.147 do período anterior. Na comparação com junho de 2019, houve uma queda de 30%. Também foi registrada uma considerável retração de 34% no primeiro semestre de 2020 em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

De todos os veículos usados comercializados em junho, destacam-se os automóveis e comerciais leves, que, juntos, somaram 546.583 unidades vendidas, cerca de 70% a mais do que o registrado em maio. Desse total, 13,34% foram modelos com, no máximo, três anos de fabricação. A idade média dos carros em circulação, hoje, no País é estimada em 9,7 anos.

Importância do setor para a economia nacional

Apesar da queda nos números do ano todo, o crescimento na venda de veículos usados em junho pode representar, no entanto, o início de uma recuperação do setor automobilístico, após o agravamento da crise econômica mundial com a pandemia de Covid-19. O segmento tem grande importância para o País, representando 22% do PIB Industrial brasileiro, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Mais do que a sua própria produção, o setor impacta diretamente o nível de atividade da indústria de transformação. Em outras palavras, é capaz de impulsionar o crescimento de vários outros segmentos por meio do fornecimento de aço, metal, borracha, plástico, máquinas, materiais eletrônicos, entre outros.

O perfil do consumidor automotivo brasileiro

Além das restrições econômicas desencadeadas pela pandemia, deve-se considerar algumas mudanças no perfil do consumidor brasileiro para entender o mercado. Segundo um estudo da consultoria empresarial Deloitte, intitulado Global Automotive Consumer Study: Future of Automotive Technologies, 62% dos jovens, hoje, não consideram necessária a aquisição de um transporte.

No entanto, isso não torna os carros um bem dispensável ou indesejado; na verdade, ele continua sendo um sinônimo de liberdade para 77% das pessoas entrevistadas na 3ª edição da Pesquisa Segmento Automotivo, da revista Quatro Rodas. Para 69%, dirigir é uma atividade muito agradável, e outros 62% consideram-se apaixonados por carros.

Já um outro levantamento, da Navegg, empresa de tecnologia especializada em dados, aponta que 58% dos consumidores de veículos no Brasil são mulheres, sendo 75% delas das classes A e B, e 37% com idade entre 35 e 59 anos. A pesquisa conclui, ainda, que 69% são casadas e 58%, graduadas.

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