Em tempos de pandemia, cuidados permitem aliar o tratamento de câncer de pulmão às exigências do novo coronavírus

Curitiba, PR 18/8/2020 –

O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres no Brasil e o primeiro no mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Dados do INCA mostram que cerca de 13% dos novos casos registrados de câncer, são de pulmão. A doença tem maior incidência a partir dos 50 anos.

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são as principais causas e fatores de risco, mas a doença também acomete não fumantes. “O câncer de pulmão não é exclusividade dos que fumam. Estimamos que 80% dos casos esteja relacionado ao cigarro, mas a OMS também estabeleceu a poluição ambiental como fator de risco”, diz a médica radioncologista Dra. Ana Paula Galerani Lopes do Instituto Radion, em Curitiba, clínica referência em oncologia e radioterapia.

E se a preocupação com a doença é recorrente, em tempos de pandemia é ainda maior, principalmente entre os jovens que têm maior dificuldade na restrição ao convívio social e ao compartilhamento do narguilé, “ritual” que a cada dia ganha novos adeptos no mundo todo. “Além de ser fator de risco ao desenvolvimento da doença, o narguilé aumenta as chances de espalhar o novo coronavírus”, alerta a médica.

Agosto Branco

A conscientização para prevenir o câncer de pulmão, e tantas outras doenças, deve ser permanente. No entanto, agosto ganhou branco para atuar como forte aliada em uma campanha ainda mais consistente de prevenção ao câncer de pulmão. No RADION, médicos especialistas estão participando de lives e orientando seus pacientes, além de encorajá-los para que prossigam seus tratamentos mesmo em tempos de pandemia. “É natural que muitos tenham medo de sair de casa, mas o RADION está completamente preparado e seguro para atender. Para quem irá iniciar tratamento, protocolos estão sendo revisados dentro das normas internacionalmente aceitas: menos aplicações com doses mais altas, que chamamos de hipofracionamento, sempre que possível. Cada caso é um caso e é necessário avaliar individualmente os pacientes. Em algumas doenças existe a possibilidade também de tratamentos em uma única aplicação com radiocirurgia”, complementa a Dr. Ana Paula.

A radioterapia, em doenças como câncer de próstata, alguns tipos de câncer de pele e doenças benignas pode ser protelada, sem perder o controle do tratamento, sempre após avaliação criteriosa do médico e da equipe que assiste ao paciente. “Estamos atuando muito de perto com cada paciente para avaliar o caso e indicar a melhor conduta médica nesse momento de pandemia. Em geral, a nossa maior missão é atender a todos e encorajar os pacientes para que continuem seus tratamentos e salvem suas vidas”, acrescenta a radioncologista. Vale lembrar que o RADION atende pacientes não apenas de Curitiba, mas de todo o país.

Atenção aos sintomas

Em alguns casos, o câncer de pulmão pode não manifestar sintomas. Falta de ar, dor torácica, cansaço, perda de peso inexplicada, infecção pulmonar de repetição, sangue no catarro, fadiga, perda de apetite e sensação de pressão no tórax, são sinais de alerta. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento, que pode variar entre cirurgia, quimioterapia e radioterapia. As técnicas podem ser aplicadas em conjunto a depender do diagnóstico. A radioterapia está presente em praticamente todos os cenários do câncer de pulmão, desde seus estágios iniciais, localmente avançados quanto em doença metastática. Várias modalidades de radioterapia podem ser adotadas: radioterapia tridimensional, VMAT, IGRT e, em especial, a SBRT – todas elas disponíveis no RADION.

Cuidados na pandemia

O corpo clínico do RADION, desde o início da pandemia, se preparou para a tomada de decisões após participação em webmeetings específicos de radioterapia, webinars europeus e americanos que estão enfrentando os mesmos problemas. Na clínica, o fluxo de pacientes foi readequado. Quando possível os pacientes são orientados a não levar acompanhantes e uma área externa foi adaptada para sala de espera em dias de clima bom. A equipe está paramentada com máscaras, face shield e roupas específicas e todos passam por aferição de temperatura e os cuidados com higiene e sanitização foram redobrados. Nas salas internas, assentos foram eliminados para aumentar o distanciamento e os pacientes (que podem) aguardam dentro de seus carros. O tempo para atendimento também aumentou, justamente para higienização do local de tratamento e espaçamento adequado na circulação de pacientes dentro da clínica.

Os pacientes foram divididos em grupos e, aqueles que estão em acompanhamento (pós tratamento) passam por tele consultas quando possível. O novo paciente que precisa de radioterapia e apresenta algum sintoma relacionado ao COVID-19, passa também por tele consulta e, quando possível, aguarda melhora dos seus sintomas e liberação do infectologista para iniciar a radioterapia. “Caso algum novo paciente seja enquadrado como emergência ou com quadro clínico em que a espera de alguns dias pode impactar na sobrevida e controle local, e esteja positivado para o novo coronavírus, a equipe do RADION já tem a toda paramentação do aparelho programada. Agendamos a sessão de radioterapia para último horário de tratamento de forma que, o paciente sai da sala e a equipe de limpeza especializada imediatamente faz desinfecção de tudo, inclusive dos espaços por onde esse paciente esteve e corredores em que passou”, complementa Dra. Ana Paula.

Além disso, diariamente, toda o espaço RADION é higienizado com aerossol específico após a saída de todos funcionários.

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