Especialistas em recolocação da United HR dão dicas sobre como conseguir um cargo de conselheiro

São Paulo 10/8/2020 – Há uma tendência de diversificar os conselhos trazendo pessoas com outras expertises, principalmente digitais

O ambiente organizacional brasileiro tem se beneficiado cada dia mais com as boas práticas de Governança Corporativa. Um dos principais pilares deste sistema de gestão é a instituição de um Conselho Administrativo. Ao apostar em condutas baseadas nos princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, tanto empresas tradicionais quanto novos negócios tornam-se assertivas.

Neste ano de 2020, executivos foram mais demandados para integrarem conselhos de administração, segundo levantamento da United HR, empresa de outplacement e executive search.

O movimento ocorreu principalmente em empresas médias de capital fechado. Os conselhos normalmente são formados por profissionais mais sêniores que levam sua experiência para contribuir em novas estratégias.

Márcio Miranda, CEO da United HR, informa que “Há uma tendência de diversificar os conselhos trazendo pessoas com outras expertises, principalmente digitais”, diz. “Uma empresa do setor industrial será afetada pela tecnologia”, por isto o conselheiro pode ter sido diretor ou presidente de uma empresa de software e ocupar o cargo de conselheiro de qualquer setor.

“Uma das habilidades que um presidente ou diretor de conselho administrativo devem ter é saber sobre governança, regulação e tecnologia; então, é importante que o conselheiro busque o constante aprimoramento acadêmico”, diz Márcio Miranda.

Algumas certificações sobre temas relativos a governança corporativa, como da Fundação Dom Cabral e o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), também são reconhecidas e dão destaque no currículo, mas não é obrigatoriedade.

Ser conselheiro não é apenas ser visionário, mas sair do papel de gestor para atuar como representante dos investidores, segundo Márcio Miranda da United HR. “O maior desafio é deixar a decisão do dia a dia, e pensar como investidor e atuar por meio de influência são os desafios mais frequentes”.

Para se preparar para essa mudança o especialista em contratação de conselheiros, Márcio Miranda, sugere a atuação prévia em comitês de suportes dos conselhos existentes em empresas de capital aberto no Brasil.

Em multinacionais ou subsidiárias de empresas estrangeiras, essa experiência pode vir através do contato do executivo com investidores e acionistas, ou por meio de conselhos não empresarias, como os do terceiro setor.

Os conselhos são formados por líderes executivos de diferentes perfis. Os especialistas em governança corporativa devem ter a capacidade de conciliar interesses e evitar conflitos.

O especialista setorial pode ser um CEO ou ex-CEO, que discutem mais estratégia e posicionamento e o “financista” geralmente é o CFO ou ex-CFO do setor financeiro que pensam na melhor estrutura do capital e orientam em processos de fusões, aquisições e joint-ventures.

Márcio Miranda diz que antes de indicar um executivo ao conselho faz uma avaliação das competências de lideranças, um swott de pontos fortes e fracos através de assessments que evidencie habilidades para candidatar-se ao cargo.

Dados da United HR apontam que atualmente mais de 90% das indicações de conselheiros são feitas pelas próprias empresas, por profissionais de RH e acionistas. Apenas 10% são conduzidos por empresas de recrutamento. Portanto é importante estar próximo desse público ou de consultorias especializadas em indicar conselheiros a empresas.

Márcio Miranda CEO da United HR afirma que as reuniões de conselhos geralmente são bimestrais, podem envolver viagens internacionais em escritórios ou fábricas para análises consultivas e apresentação de relatórios.

Finalmente, outro benefício importante que a contratação de conselheiros administrativos traz para a organização é a ajuda no processo sucessório, por meio do gerenciamento das tarefas no momento da transição de liderança, decidindo como será elaborado e executado esse planejamento, afirma Gustavo Apostolico CFO da United HR.

Gustavo Apostolico também comenta que, os conselhos administrativos das empresas podem ter tamanhos diferentes, remunerações de seus integrantes baseadas em negociações distintas e uma periodicidade de reuniões que varie de acordo com as suas necessidades.

Márcia Pillat, CEO North America da United HR lembra que “a Lei 6.404/1976 determina que sociedades de capital autorizado e as abertas são obrigadas a possuir conselho de administração. Para as demais, no entanto, a criação do organismo é facultativa”.

Segundo ela, a regra visa garantir os interesses dos acionistas, fiscalizando a ação dos gestores e os resultados alcançados pela empresa. Além das sociedades anônimas, outro formato de empresa que precisa criar e manter um conselho de administração são as cooperativas.

Nesse caso, a previsão é que estabeleçam, via estatuto, uma direção composta por membros da própria instituição, afirma Márcia Pillat.

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