Fertilização in vitro cresce quase 20% no Brasil

29/10/2019 – “Os casais tem colocado a profissão e alguns projetos pessoais a frente da decisão de ter filhos e isso aumenta a idade das mulheres que querem ser mães…”

A ANVISA compreende como ciclo realizado de fertilização in vitro os procedimentos médicos em que a mulher é submetida à produção, estímulo ovariano, e a retirada de oócitos para a reprodução assistida. “Na fertilização in vitro o óvulo é fecundado pelo espermatozoide em laboratório de embriologia, por isso a terminologia “in vitro” e, isso permite a observação do desenvolvimento do embrião que, posteriormente, é transferido para o útero materno”, explica Vinicius Lopes, ginecologista especialista reprodução humana.

Para o especialista, o crescimento por procedimentos de FIV está ligado a mudanças sociais. “Os casais tem colocado a profissão e alguns projetos pessoais a frente da decisão de ter filhos e isso aumenta a idade das mulheres que querem ser mães e, consequentemente, a busca pela FIV, que é o melhor procedimento da medicina reprodutiva para quem busca a maternidade após os 35 anos”, explica o especialista.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma a gravidez tardia no Brasil. Segundo o Relatório Civil 2017 o número de mães que engravidaram do primeiro filho entre 30 e 39 anos passou de 23,4% para 32,2%. Já as mães com 40 anos ou mais o percentual passou de 2,2% para 2,9%.

O médico ressalta, ainda, que os custos do procedimento também reduziram e as técnicas melhoraram e isso também influencia o crescimento. “Antigamente a pessoa só faria no exterior o mesmo protocolo que já pode ser feito aqui no Brasil”, completa Lopes.

É importante destacar que a o tratamento de reprodução assistida não resolve todos os casos de homens e mulheres que não conseguem engravidar após determinada idade e, portanto, é importante buscar por acompanhamento médico.

O especialista faz um alerta: “Antes de decidir retardar a gravidez, faça um acompanhamento com profissional, preferencialmente em uma clínica que disponibilize uma equipe multidisciplinar para acompanhar todo o processo e, claro, que seja cadastrada a ANVISA”, destaca Lopes.

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