17/3/2020 –
A fototerapia é realizada com a ajuda de um aparelho que emite raios ultravioletas na pele e, geralmente, é indicada para quem possui dermatoses inflamatórias de evolução crônica, como a psoríase e o vitiligo. Também é eficaz no tratamento de dermatite atópica, dermatite de contato, alopecia areata, micose fungoide, granuloma anular e diversas outras doenças dermatológicas. A evolução das lâmpadas permitiu que o tratamento fosse sendo otimizado e hoje é ainda mais seguro e eficaz. A fototerapia pode ser utilizada sozinha ou associada a medicamentos, com o objetivo de diminuir o tempo de exposição do paciente. A modalidade tem ação anti-inflamatória e imunomoduladora, além de ser útil para diminuir a superprodução de células em locais específicos da pele.
A fototerapia tem sido indicada em várias situações, com quatro opções: radiação UVA-1, PUVA-1, UVB ou UVB-NB, que se diferenciam pelo método aplicado. O UVA usa lâmpadas de radiação ultravioleta A; o PUVA é associado ao uso de medicação oral fotossensibilizante e exposição à radiação ultravioleta A; o UVB emite luz ultravioleta B de amplo espectro; por fim, o UVB-NB emite luz ultravioleta B de banda estreita. Atualmente os tratamentos mais utilizados são: UVB de banda estreita, conhecido também como “narrow band”; o UVA-1, que é o espectro modificado da antiga UVA; PUVA-1, que é a combinação de remédio oral à radiação ultravioleta A-1. “É um tratamento muito bom, clássico e supereficaz”, aponta o médico dermatologista Cristiano Kakihara, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A diferença básica entre esses três tipos reside em qual luz o médico vai usar. Para cada doença existe uma mais indicada. Recentemente temos priorizado o tratamento por ultravioleta B de banda estreita, pois esse espectro de onda não é cancerígeno; logo, não existe um número máximo de sessões que o paciente pode ser submetido. É bem seguro. A radiação UVA-1 tem potencial oncogênico; o PUVA-1 que, por ser associado a medicamentos, pode ser desconfortável para o paciente, além de poder causar efeitos colaterais como, náuseas, vômito, hipersensibilidade na pele, vermelhidão e até bolhas”, explica o especialista.
A fototerapia deve ser conduzida de forma criteriosa para a obtenção de resposta efetiva e mínimos danos ao paciente. O dermatologista deverá fazer uma anamnese completa, bem aprofundada e minuciosa, para evitar problemas futuros com o uso da técnica. Grávidas devem evitar a modalidade PUVA-1, assim como pessoas que tenham tido câncer de pele, ou tenham histórico familiar de 1º grau. Pessoas com alguma infecção em atividade, como, por exemplo, herpes simples, herpes zoster e impetigo devem evitar qualquer modalidade de fototerapia.
A intensidade das irradiações emitidas pelo aparelho, bem como o tempo de permanência de exposição do paciente, pode variar de acordo com cada tipo de pele, e são definidos pelo dermatologista. “O tratamento deve ser realizado integralmente pelo médico que tenha conhecimento neste segmento e realizará todo o procedimento do começo ao fim. Não é qualquer luz que pode ser utilizada para a fototerapia. Lâmpadas comuns, que usamos em nossa residência, não podem ser utilizadas. A fototerapia somente deverá ser realizada em consultório dermatológico, de 2 a 3 vezes por semana, preferencialmente três vezes, e em dias alternados (às segundas, quartas e sextas, por exemplo) e jamais em dias consecutivos”, finaliza o médico especialista.
Website: https://www.clinicakakihara.com/