IBRI e FIPECAFI divulgam resultado de Pesquisa do Profissional e Área de RI

são paulo 18/5/2013 –

Levantamento traça atual estágio das Relações com Investidores no Brasil

A 6ª Pesquisa sobre a área e os profissionais de Relações com Investidores no Brasil, produzida pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) com a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), identificou reconhecimento da Alta Administração e elevada satisfação pessoal com as atividades dos profissionais de RI, maior percentual de profissionais no intervalo de idade entre 30 anos e 45 anos, necessidade de atualização em questões contábeis e crescente participação feminina na atividade.

O levantamento foi realizado junto a 106 profissionais de RI de 70 companhias e traça o perfil das Relações com Investidores com base em dados como área de atuação, nível de satisfação, número de reuniões individuais e roadshows internacionais, formação e demais qualificações do profissional, bem como as ferramentas utilizadas pelas companhias.

O critério utilizado para a segregação das companhias em categorias foi de acordo com o faturamento: superior a R$ 10 bilhões; de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões; de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão e por fim até R$ 500 milhões. A maioria das empresas encontra-se nas três primeiras categorias com 28%, 15% e 21%, respectivamente.

As empresas foram analisadas sob o segmento de listagem de Governança Corporativa na BM&FBOVESPA. Segundo os resultados, 36% estão no Novo Mercado; 7% no Nível 2; 20% no Nível 1. Dos respondentes 15% estão no tradicional / Bovespa Mais e 16% não são listadas na BM&FBOVESPA. As respostas apontam mudanças com relação à edição de 2010, onde 46% estavam no Novo Mercado; 24% no Nível 1; o Nível 2 recebeu 9%; 14% no mercado tradicional/Bovespa Mais e 7% afirmaram não serem listadas na BM&FBOVESPA.

Do total de participantes 31% das empresas fazem parte do IBovespa e 73% afirmaram participar de outro índice que não o Ibovespa e o IBrX-100.

Principais características dos RI’s

Cresce participação feminina – A 6ª edição da pesquisa (2012) identificou que 53% dos respondentes são homens e 47%, mulheres. Em 2010, 61% dos participantes eram do sexo masculino e 39%, feminino. Ao longo dos anos, a pesquisa tem registrado aumento na participação feminina na área de RI. Em 2003, 32% dos profissionais de Relações com Investidores eram do sexo feminino.
Profissionais têm em geral idade entre 30 anos e 45 anos
A pesquisa em 2003 registrava que 8% dos respondentes tinham até 29 anos, em 2010, chegou a 29% da amostra e na atual versão 28%. Em 2003, os profissionais com mais de 45 anos representavam 41% da amostra e em 2010 a participação caiu para 23% no período de comparação. O estudo demonstra que continua a concentração de profissionais entre 30 anos e 45 anos. A participação do intervalo de idade entre 30 anos e 45 anos era de 51% em 2003, passando para 48%, em 2010, chegando a 51% em 2012.
Demanda maior por conhecimentos de Contabilidade
Os profissionais entrevistados elencaram em quais áreas necessitam de conhecimento/formação adicional para melhorar seu desempenho na função, são: contabilidade (60%), valuation (55%), legislação nacional (45%), finanças (38%), inglês aplicado e comunicação (34%), dentre outros assuntos que fazem parte do dia a dia da profissão.

Formação e Experiência do profissional de RI

A prática das Relações com Investidores tem exigido que os profissionais sejam cada vez mais multidisciplinares. A pesquisa IBRI – FIPECAFI detectou, desde a primeira edição (2003), que os demandantes de cursos para a área de RI partem de graduações em áreas como Administração, Comunicação, Contabilidade, Economia e Engenharia. Essas áreas na atual edição, 86 participantes (81% do total).

No ano de 2010, 67% dos respondentes afirmaram possuir pós-graduação e no atual levantamento o número de profissionais pós-graduados atingiu 81%. Dos que cursaram pós-graduação, na 6ª edição da pesquisa (2012), 11% afirmaram ter curso de especialização no exterior.

Importância da fluência em inglês

O domínio de idiomas é primordial para os profissionais de Relações com Investidores, especialmente os que participam de roadshows (apresentações) e/ou reuniões (one-on-one) no exterior. Ao serem solicitados a dar uma nota – de 0 a 5 – para medir a fluência na língua inglesa, 48% afirmaram ter pleno domínio (5), seguidos por 25% com nível 4; 15% com nível 3; 4% deram nota 2; 6% nota 1 e apenas 2% afirmaram não possuir conhecimento nenhum da língua.
Ao se comparar com os resultados anteriores demonstra-se a importância da língua inglesa, visto que em 2010, do total de respondentes 44,64% alegaram possuir fluência plena na língua inglesa. O percentual de respondentes que não possuíam qualquer domínio do inglês era de 0,89% em 2010.

Diferentemente do inglês, a fluência no espanhol mostrou que apenas 8% tem fluência na língua, sendo que 19% deram nota zero. Dos entrevistados, 21% afirmaram não ter muito conhecimento do idioma (nota 1), seguidos de 18% nota 2; 21% nota 3 e 5% nível 4. Em 2010, na pergunta sobre a habilidade de se comunicar em espanhol, 41% atestaram ter algum domínio do idioma.

A pesquisa constatou que apenas 14,95% dos respondentes falam um terceiro idioma, sendo o francês o mais votado com 50%, seguido por alemão 31% e o italiano recebeu 6% dos votos.

Importância da educação continuada

A formação continuada é fundamental na área de Relação com Investidores, dadas as sensíveis mudanças nos últimos anos, especificamente nos temas de regulação e autorregulação. Para estar atualizado é preciso participar de cursos, palestras e seminários. Em sua missão de formar e valorizar o RI, o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) desde sua fundação promove atividades para atualizar os profissionais.

A entidade também oferece cursos de curta, média e longa duração, bem como eLearning Relações com

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