Impacto Covid-19: Fórum alerta sobre os riscos das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, responsáveis por 71% das mortes precoces no mundo

São Paulo, SP. 22/4/2020 – As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são responsáveis por aproximadamente 71% das mortes no mundo.

O cenário do COVID-19 traz um novo grave risco, principalmente para pessoas com doenças crônicas. Especialistas do FórumDCNTs cumprem a missão de combater a principal causa de mortes precoces no Brasil: as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs); e se unem ao Ministério da Saúde para o enfrentamento dessas doenças até 2030 para atingir a meta de 3.4 do ODS3 da ONU.

O cenário do COVID-19 traz um novo grave risco, principalmente nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), responsáveis por aproximadamente 71% das mortes no mundo e, de acordo com o Vigitel de 2018, 74% das mortes no Brasil. “Ou seja, essas populações que já são vulneráveis devido às condições crônicas de saúde, em especial quando fora das metas de controle – o que é o caso da maioria -, estão ainda mais sujeitas às consequências letais do coronavírus”, ressalta Dr. Mark Barone, fundador e coordenador geral do FórumDCNTs, que terá sua 6ª edição no dia 29 de abril.

Idealizado em 2016, o FórumDCNTs tem como objetivo reunir lideranças dos setores público, privado e terceiro setor para o combate à principal causa de mortes precoces no País: as Doenças Crônicas Não-Transmissíveis.

O fundador do FórumDCNTs, alerta que em relação ao COVID-19 é importante verificar, contudo, que a maioria dos casos mais graves, e que levaram a óbito, estiveram associados também à faixa etária maior que 60 anos. “Portanto, efeitos somados da idade mais avançada com presença de condições crônicas (especialmente quando mal gerenciadas e fora dos parâmetros preconizados), parecem ser o principal fator para aumentar a severidade da infecção.”

Estatísticas DCNTs
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são responsáveis por aproximadamente 71% das mortes no mundo e, de acordo com o Vigitel de 2018, 74% das mortes no Brasil. As DCNTs com maior impacto sobre a população brasileira são as doenças cardiovasculares (28%), as neoplasias (18%), as doenças respiratórias (6%) e o diabetes (5%). Sabe-se que grande porcentagem dessas doenças e suas complicações podem ser prevenidas.

FórumDCNTs e lideranças
“A parceria com o Ministério e Secretarias de Saúde tem nos possibilitado participar das discussões de planejamento, levando prioridades identificadas pela sociedade civil e grupos temáticos do FórumDCNTs ao debate. Nesta 6ª edição seremos atualizados sobre quais e como as recomendações que fizemos foram incorporadas aos planos do Ministério da Saúde para o enfrentamento das DCNTs até 2030, e como podemos unir esforços para atingir a meta de reduzir em 1/3 as mortes precoces – ODS 3.4, agenda 2030 da ONU – por meio de ações de prevenção e acesso aos tratamentos de qualidade. Com isso, será possível melhorar saúde e qualidade de vida da população, reduzindo custos e impactos à toda a sociedade”, aponta o fundador do FórumDCNTs.

De acordo com Barone, a grande aproximação com multilaterais e organizações internacionais incluindo a OPAS (Organização Pan Americana da Saúde), a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Banco Mundial e a Novartis Foundation permitirá contar com um painel internacional de peso, “além de especialistas internacionais que conhecem bem o Brasil e podem traçar paralelos entre as melhores estratégias globalmente implementadas, com potencial de otimização de resultados para prevenção e cuidados com DCNTs.”

Nesta edição do evento, os objetivos são:
• Compreender o cenário internacional, identificar desafios comuns e aprender com cases de sucesso;
• Atualizar os participantes sobre plano nacional de enfrentamento às DCNTs no Brasil e entender como prioridades da carta produzida pelo 5º Encontro do Fórum DCNTs estão sendo contempladas nesse plano;
• Alinhar-se com o poder público para políticas e ações efetivas no combate às DCNTs no Brasil;
• Valorizar a perspectiva multi-stakeholder, em especial da pessoa com DCNT para a construção, monitoramento e melhoria de políticas e programas para enfrentamento às DCNTs;
• Facilitar o progresso dos Grupos Temáticos por meio de oportunidades de debate, planejamento conjunto e formação de novas parcerias.

“Estamos juntos com o Ministério da Saúde, OMS, governos municipais e estaduais para fazer funcionar as parcerias intersetoriais. Programas semelhantes são desenvolvidos, simultaneamente, na África do Sul e na Índia. Atualmente, o FórumDCNTs conta com mais de 50 instituições participantes em prol da causa. Cada um dos stakeholders envolvidos tem seu papel de destaque dentro da sua área de atuação: obesidade, poder público, diabetes, hipertensão, tabaco, obesidade e saúde mental são alguns dos principais”, complementa Ricardo Lauricella, Superintendente na Turma do Bem e membro da Comissão Organizadora e Cofundador do FórumDCNTs.

Cenário brasileiro
O Ministério da Saúde e OPAS/OMS entendem o tema como prioritário. “Por isso, dentro de diferentes Secretarias do Ministério (Vigilância – SVS, Atenção Primária – SAPS) existem diretorias focadas em DCNTs. Em relação à OMS, estamos em contato próximo do Mecanismo Global de Coordenação às DCNTs (fazemos parte desse grupo através da ADJ), compartilhando nossas estratégias e boas práticas, aprendendo as melhores práticas em outros países, e nos mantendo alinhados com o monitoramento global, estratégias e prioridades”, revela Barone.

Para Lauricella, dois aspectos importantes do Fórum serão a valorização da saúde mental, “que entrou como 5° aspecto de prioridade para a OMS, mas não está bem integrada às DCNTs no Brasil e carece de políticas públicas que a estruturem dentro da Atenção Primária. Já o segundo é o direito à vacina, fundamental para populações com DCNTs por estarem em grupos de risco de contágio e de piores resultados no tratamento de doenças infecciosas.”

Grade do Fórum DCNTs
O evento online será realizado no dia 29 de abril, das 8h às 16h, para convidados representando as principais instituições nacionais e internacionais que já atuam no enfrentamento às DCNTs, valorizando estratégias inter e multissetoriais, e multistakeholders dos setores público, privado e terceiro setor.

Na mesa de abertura estão confirmados: Eduardo Marques Macário, SVS-MS; Johannes Boch, Novartis Foundation; Katia de Pinho Campos, OPAS/OMS; Mark Barone, Fórum DCNTs.

Entre os participantes, destaque para Ann Aerts, MD – (Novartis Foundation); Edson Araújo, PhD (The World Bank); Deborah Malta, MD, PhD (UFMG); Eduardo Marques Macário, MSc, PhD (Ministério da Saúde); Guy Fones, MBA (Organização Mundial da Saúde); José Otávio Corrêa, MBA (Abbott); Kátia de Pinho Campos, MHSc, MBA, PhD (OPAS/OMS); Luciana Monteiro Vasconcelos Sardinha, MSc, PhD (Ministério da Saúde); Maria de Fátima Marinho, MD, PhD (Vital Strategies); Mônica

Website: http://www.ForumDCNTs.org/post/6encontro

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