Impulsionar o comércio de alimentos entre os países é uma alternativa para evitar a pandemia da fome

São Paulo – SP 4/5/2020 – A pandemia causada pelo COVID-19 afetará no aumento da fome e da pobreza nos países da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC).

O novo coronavírus mostra que a cooperação internacional é crucial e que o bem-estar de uma nação sempre depende do bem-estar de outras.

Ministros e Secretários de Agricultura de 34 países das Américas se reuniram remotamente para compartilhar suas políticas, ações e planos para enfrentar o impacto da pandemia do COVID-19 na segurança alimentar de suas populações, na agricultura, nos sistemas alimentares e no mundo rural.

“Autoridades da América do Norte, América do Sul, América Central e Caribe compartilharam suas experiências e as medidas que estão implementando para garantir sua produção e a oferta de alimentos”, relata Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Os ministros destacaram a importância da disponibilidade de alimentos a preços convenientes e que sua produção, distribuição e venda sejam realizadas com o menor risco para a saúde de todos os que participam da cadeia alimentar. Eles também enfatizaram a necessidade de impulsionar o comércio intrarregional de alimentos.

A inédita Reunião Hemisférica de Ministros e Secretários de Agricultura foi organizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação em Agricultura (IICA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em resposta a uma solicitação do Ministério da Agricultura do Chile.

“O novo coronavírus mostra que a cooperação internacional é crucial e que o bem-estar de uma nação sempre depende do bem-estar de outras. A pandemia causada pelo COVID-19 afetará no aumento da fome e da pobreza nos países da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC), de acordo com um novo relatório da FAO. O relatório, desenvolvido a pedido da Presidência Pro Tempore do México ante a CELAC detalha uma série de recomendações para enfrentar a crise”, salienta Vininha F. Carvalho.

O relatório da FAO também recomenda que a CELAC reative seu Plano de Segurança Alimentar e Nutricional (Plano SAN CELAC), adaptando-o ao novo contexto e que fortaleça acordos políticos para impulsionar o comércio de alimentos entre os países da CELAC.

Para enfrentar a redução da capacidade de compra para acessar alimentos, a FAO recomenda o fortalecimento de programas de apoio nutricional para mães em idade fértil e menores de cinco anos, garantindo alimentação escolar, expandindo programas de proteção social e promovendo hábitos alimentares de consumo saudável.

No Brasil a quarentena que diversos Estados e municípios adotaram para combater a pandemia da coronavírus está impactando diversas famílias, principalmente as de menor renda, que encontram dificuldades para fazer as refeições. Nesse cenário, as hortas domésticas ganham um protagonismo maior, pois acabam sendo uma solução para garantir os nutrientes que propiciam uma dieta equilibrada.

De acordo com os indicadores internos, como os dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agro brasileiro deve aumentar 3% em 2020. Além disso, o levantamento “Perspectivas 2020” do CNA SENAR reportou que, na ausência de problemas meteorológicos, o Brasil poderá ser o maior produtor de soja do mundo, gerando 125 milhões de toneladas da oleaginosa. “Mas como a incerteza climática também faz parte da agricultura, sabemos que muita coisa pode acontecer, mudando completamente esse cenário”, conclui Vininha F. Carvalho.

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