29/10/2019 –
Independentemente da região em que mora, basta chegar o período mais seco do ano, normalmente na virada de agosto para setembro em grande parte do Brasil, para encontrar fuligens nas casas e terrenos. São resquícios de incêndios que aconteceram – ou ainda acontecem – a quilômetros dali, colocando em risco a vida de diversas espécies da fauna e flora, e do ser humano também. O que poucos sabem, cidadãos conscientes, também podem fazer parte e combater esse grave problema.
Todo incêndio é criminoso
Nem sempre. Eles podem ocorrer por origem natural, como os raios, estarem ligados a ações antrópicas, ou seja, sem o objetivo principal de causar um incêndio (como jogar uma bituca de cigarro na mata próxima a uma rodovia). Mas, há também os propositais, com foco no desmatamento. Para este último caso, a estratégia de prevenção passa pela fiscalização e aplicação de multas. Devido à extensão territorial do Brasil e às dificuldades operacionais em algumas agências responsáveis, como o número reduzido de agentes, nem sempre é possível prevenir esta questão. Apesar disso, há satélites em tempo real que monitoram focos de incêndio para evitar que eles se alastrem e façam estragos maiores.
As melhores táticas para uma pessoa comum ajudar
A principal medida ainda é a prevenção. O ideal é evitar utilizar o fogo para limpeza de terreno ou como alternativa à coleta de resíduos urbanos. Infelizmente são práticas comuns em regiões sem saneamento, mas a divulgação dos malefícios associados aos incêndios revela-se eficaz. Além disso, a conscientização de crianças também auxilia na formação de cidadãos conscientes.
Procedimento para quando encontra um incêndio
A tarefa mais importante é ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros assim que identificá-lo. Jamais tentar apagá-lo, pois não possui os recursos adequados e pode se acidentar com as chamas.
Ainda hoje é comum encontrar pessoas que utilizam o fogo como técnica de preparo de terreno para agricultura. São necessárias medidas para reverter esse cenário.
Ainda faltam recursos financeiros e conhecimento técnico. A orientação adequada de profissionais da área e o acesso a órgãos públicos são avanços importantes.
A educação ambiental também possui impacto positivo para reduzir as práticas predatórias do ambiente. Quando há um entendimento do funcionamento dos ecossistemas, é possível entender que o fogo na agricultura prejudica o acesso à água e, consequentemente, à produção de alimentos.
O recente acontecimento em São Paulo, quando o dia virou noite devido à união das queimadas na Região Norte e Centro-Oeste com uma frente fria, serve de alerta para a população
É preciso compreender que há impactos locais e globais das atividades humanas e das atividades da própria natureza. Os impactos globais, por exemplo, devem-se à movimentação das massas de ar, que transportam umidade e poluentes de uma região para outra. Fenômeno semelhante foi visto nos principais aeroportos europeus com uma erupção vulcânica na Islândia, em 2014. No caso específico de São Paulo, uma conjunção de fatores contribuiu para esta ocorrência de céu escuro no meio da tarde: transporte de gases e material particulado proveniente de queimadas e condições meteorológicas locais, favorecendo a formação de nuvens.
Conscientizar as pessoas de que os problemas ambientais afetam a todos
É importante cobrar das autoridades maior comprometimento com questões básicas, como disponibilizar saneamento básico e fornecer melhoria à mobilidade urbana. Para o cidadão, a consciência ambiental e política o ajudará no sentido de saber que tem deveres, mas tem direitos a um meio ambiente saudável. O conforto não deve ser abandonado, mas certos padrões de consumo podem ser repensados. É preciso aprender com as escolhas de outros países no sentido de preservação de recursos. Há, no Brasil, vantagens climáticas e a tecnologia deve ser usada para o benefício. A consciência pessoal, aliada à cooperação entre os diversos membros da sociedade e entre nações, favorecerá os habitantes desse planeta.
29/10/2019 –
Independentemente da região em que mora, basta chegar o período mais seco do ano, normalmente na virada de agosto para setembro em grande parte do Brasil, para encontrar fuligens nas casas e terrenos. São resquícios de incêndios que aconteceram – ou ainda acontecem – a quilômetros dali, colocando em risco a vida de diversas espécies da fauna e flora, e do ser humano também. O que poucos sabem, cidadãos conscientes, também podem fazer parte e combater esse grave problema.
Todo incêndio é criminoso
Nem sempre. Eles podem ocorrer por origem natural, como os raios, estarem ligados a ações antrópicas, ou seja, sem o objetivo principal de causar um incêndio (como jogar uma bituca de cigarro na mata próxima a uma rodovia). Mas, há também os propositais, com foco no desmatamento. Para este último caso, a estratégia de prevenção passa pela fiscalização e aplicação de multas. Devido à extensão territorial do Brasil e às dificuldades operacionais em algumas agências responsáveis, como o número reduzido de agentes, nem sempre é possível prevenir esta questão. Apesar disso, há satélites em tempo real que monitoram focos de incêndio para evitar que eles se alastrem e façam estragos maiores.
As melhores táticas para uma pessoa comum ajudar
A principal medida ainda é a prevenção. O ideal é evitar utilizar o fogo para limpeza de terreno ou como alternativa à coleta de resíduos urbanos. Infelizmente são práticas comuns em regiões sem saneamento, mas a divulgação dos malefícios associados aos incêndios revela-se eficaz. Além disso, a conscientização de crianças também auxilia na formação de cidadãos conscientes.
Procedimento para quando encontra um incêndio
A tarefa mais importante é ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros assim que identificá-lo. Jamais tentar apagá-lo, pois não possui os recursos adequados e pode se acidentar com as chamas.
Ainda hoje é comum encontrar pessoas que utilizam o fogo como técnica de preparo de terreno para agricultura. São necessárias medidas para reverter esse cenário.
Ainda faltam recursos financeiros e conhecimento técnico. A orientação adequada de profissionais da área e o acesso a órgãos públicos são avanços importantes.
A educação ambiental também possui impacto positivo para reduzir as práticas predatórias do ambiente. Quando há um entendimento do funcionamento dos ecossistemas, é possível entender que o fogo na agricultura prejudica o acesso à água e, consequentemente, à produção de alimentos.
O recente acontecimento em São Paulo, quando o dia virou noite devido à união das queimadas na Região Norte e Centro-Oeste com uma frente fria, serve de alerta para a população
É preciso compreender que há impactos locais e globais das atividades humanas e das atividades da própria natureza. Os impactos globais, por exemplo, devem-se à movimentação das massas de ar, que transportam umidade e poluentes de uma região para outra. Fenômeno semelhante foi visto nos principais aeroportos europeus com uma erupção vulcânica na Islândia, em 2014. No caso específico de São Paulo, uma conjunção de fatores contribuiu para esta ocorrência de céu escuro no meio da tarde: transporte de gases e material particulado proveniente de queimadas e condições meteorológicas locais, favorecendo a formação de nuvens.
Conscientizar as pessoas de que os problemas ambientais afetam a todos
É importante cobrar das autoridades maior comprometimento com questões básicas, como disponibilizar saneamento básico e fornecer melhoria à mobilidade urbana. Para o cidadão, a consciência ambiental e política o ajudará no sentido de saber que tem deveres, mas tem direitos a um meio ambiente saudável. O conforto não deve ser abandonado, mas certos padrões de consumo podem ser repensados. É preciso aprender com as escolhas de outros países no sentido de preservação de recursos. Há, no Brasil, vantagens climáticas e a tecnologia deve ser usada para o benefício. A consciência pessoal, aliada à cooperação entre os diversos membros da sociedade e entre nações, favorecerá os habitantes desse planeta.