Instituto de Engenharia revela o Eminente Engenheiro do Ano

13/10/2020 – “Estou muito honrado em receber um prêmio como esse. A Amazônia 4.0 é 75% engenharia”, afirmou Carlos Nobre

Um dos prêmios mais tradicionais do Brasil na categoria Ciência e Engenharia é concedido pelo centenário Instituto de Engenharia, o Eminente Engenheiro do Ano, será entregue em 2020 para o Engenheiro Carlos Nobre. A premiação será em outubro para o profissional que além de Engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), também é uma das principais referências científicas do Brasil e do mundo em mudanças climáticas e no desenvolvimento de uma bioeconomia que ao mesmo tempo preserve a floresta e coloque o Brasil na posição de potência ambiental.

O homenageado tem 69 anos e foi reconhecido pela trajetória da sua carreira, que nesse momento traz a Engenharia como um dos grandes pilares para estruturação da Amazônia 4.0. Nesse seu trabalho mais recente o cientista lança mão de conceitos da chamada Quarta Revolução Industrial e propõe soluções para desenvolver economicamente a região e o Brasil com a promoção de sistemas de produção baseados no uso e na conservação de recursos biológicos da floresta em pé, ou seja, tendo como princípio estrutural a proteção da região.

“Estou muito honrado em receber um prêmio como esse. A Amazônia 4.0 é 75% engenharia”, afirmou Carlos Nobre. Segundo o cientista para o Brasil se tornar uma potência na Bioeconomia no futuro, a rede de inovação existente no país precisa ser expandida, integrando os diferentes atores para a geração de novas tecnologias e a bioindustrialização, que é fundamental pois viabilizará produtos de maior valor agregado.

Na visão de Nobre e do Instituto de Engenharia, a Bioeconomia baseada na Amazônia 4.0 traz uma oportunidade única para que o Brasil ocupe um papel de destaque entre as economias mundiais. “Sua viabilização depende diretamente da engenharia para uma bioindustrialização, capaz de gerar produção em escala, renda e empregos”, explica o cientista.

Além da premiação, o Instituto de Engenharia se empenhou em discutir e desenvolver uma proposta de Desenvolvimento para o Brasil baseada no projeto da Amazônia 4.0 apresentada em um Estudo a ser lançado ainda esse ano. “Estamos muito honrados em conceder esse prêmio a Carlos Nobre pela grande importância do seu trabalho e da sua visão estratégica e entendemos que estamos cumprindo nosso compromisso de “promover a Engenharia em benefício do desenvolvimento e da qualidade de vida da sociedade brasileira, promovendo desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e a biodiversidade”, afirma Eduardo Lafraia, presidente do Instituto de Engenharia.

O caderno especial será lançado em dezembro, intitulado Amazônia 4.0: proposta de desenvolvimento para o Brasil. Nele, empreendedores, investidores e cientistas serão ouvidos sobre como o país pode se apropriar de forma sustentável dessa biodiversidade, e se reinventar para se tornar uma superpotência, o que se dará a partir da conexão entre Conhecimento e Empreendedorismo, como bases para a Inovação.

A proposta é discutir nesse estudo o desafio do Brasil para transformar a Amazônia em vantagem competitiva e tornar o país uma potência em bioeconomia, que atenda padrões internacionais na área de desenvolvimento sustentável, usando as várias Engenharias; além dos diversos profissionais ligados ao setor e responsáveis pelo planejamento, projetos, fabricação de equipamentos e estruturação de novos sistemas de produção.

“A Engenharia vai contribuir muito com à Amazônia 4.0. Temos que fazer com que muitos setores de pesquisa, engenharia e universidades comecem a buscar soluções para a valorização dos produtos da floresta. Também queremos que as empresas comecem a usar seus laboratórios de pesquisa e desenvolvimento para transformar algumas ideias e soluções em produtos. Quem transforma conhecimento científico aplicado em produto são os laboratórios de P&D das empresas. O projeto Amazônia 4.0 serve para fazer com que as companhias se interessem muito mais nessas cadeias de transformação da Amazônia”, afirma Carlos Nobre.

Para George Paulus, conselheiro do IE, o prêmio é de extrema importância frente ao momento vivido pelo homenageado. “Carlos Nobre depois de vivenciar uma carreira de sucesso como cientista e servidor público – cujas realizações já justificariam sua premiação como Eminente Engenheiro do Ano – voltou a engenheirar. Migrou sua atenção dos ‘riscos’ para construção das ‘soluções’ que o planeta precisa e o Brasil pode oferecer. Vejo a premiação de Carlos Nobre pelo IE como uma clara sinalização de relevância da Sustentabilidade para formação de engenheiros e engenheiras em todas as modalidades da profissão”.

“Foi uma surpresa muito grande e fiquei muito honrado em ser reconhecido por uma entidade do tamanho do Instituto de Engenharia. Neste momento ainda mais devido ao projeto da Amazônia 4.0, que vai precisar muito do brilho intelectual dos engenheiros e engenheiras, pois são eles que vão resolver os problemas de inovação tecnológica que teremos em um futuro bem próximo”, reforça Nobre.

“Precisamos respeitar a floresta Amazônica e trabalhar com todo o potencial produtivo que ela tem, e sempre com atenção a sua sustentabilidade. Vamos trabalhar em conjunto com o nosso Engenheiro do Ano na formatação deste caderno e nos dedicarmos dentro do IE em fazer que este tema ganhe cada vez mais relevância na esfera pública, privada e política”, explica o Presidente.

Para saber mais sobre todos os detalhes da premiação e cerimônia de entrega, acompanhe pelas Redes Sociais do IE e pelo site https://www.institutodeengenharia.org.br/site.

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