O papel do arquiteto de softwares em 2020

São Paulo – SP 30/4/2020 – No passado as opções estavam com grandes e poucas empresas. Praticamente um clube restrito que tinham o poder e ditavam o rumo da tecnologia.

Há 15 anos, os recursos disponíveis para o desenvolvimento de software enterprise eram limitados a soluções proprietárias oferecidas por algumas empresas de tecnologia. Hoje, porém, a colaboração com o código open source (termo em inglês que significa código aberto de um software, que pode ser adaptado para diferentes fins) é prática comum em equipes de desenvolvimento de grandes empresas de qualquer tipo de serviço.

Quem detalha o assunto é o Diretor de Gerenciamento de Produto, Fábio Borges da Silva, que já trabalhou em diversas áreas relacionadas ao desenvolvimento de software, onde entre outras experiências, participou da criação do zero de dois provedores de hospedagens que na data deste artigo já foram usados por mais de 563 mil pessoas.

Silva afirma que “No passado as opções estavam com grandes e poucas empresas. Praticamente um clube restrito que tinham o poder e ditavam o rumo da tecnologia. Atualmente vemos tecnologias e modelos arquiteturais como Cassandra, GraphQL, React, Microservices, Microfrontends, e muitos outros emergindo com equipes de desenvolvimento de empresas como Facebook, Netflix, Uber, Airbnb, Spotify, entre outras e se tornando, muitas vezes, o novo standard. Além disso, essas equipes também contribuem para tecnologias open source de terceiros mantidas pela comunidade e assim todos se beneficiam”.

A colaboração com o código aberto gera um ciclo virtuoso que multiplicam as opções disponíveis, o que facilita muito o desenvolvimento de software. “Costumo dizer que não há o que não haja, e oriento sempre os times a pesquisarem bem antes de desenvolver qualquer coisa porque a chance de já existir algo pronto que resolve determinado problema com excelência é realmente grande” explica o Diretor.

Se por um lado, a grande quantidade de opções facilita o desenvolvimento de software, por outro lado, o excesso de opções dificulta o trabalho de design da arquitetura de software. Na prática Fábio detalha que é como um menu onde se tem muitas opções de qualidade e deve agradar o maior número de pessoas com o melhor custo benefício. “Enquanto arquiteto, você precisa escolher as tecnologias e modelos que melhor se encaixam no orçamento e requisitos de curto, médio e longo prazo, ao mesmo tempo que as pessoas do seu time se sintam motivadas em usar tais tecnologias e que você consiga encontrar pessoal no mercado pronto para trabalhar com as tecnologias que você escolheu ou pelo menos que a curva de aprendizado não seja tão alta.”

Com dados atuais o especialista lembra que o crescimento exponencial das tecnologias pode ser analisado pela quantidade de aplicativos disponíveis nas principais lojas: Google Play com 2.570.000; Apple App Store 1.840.000; Windows Store 669.000; Amazon Appstore 489.000.  “A alguns anos essas plataformas simplesmente não existiam, e agora somadas totalizam 5.568.000 de novos aplicativos que geralmente, foram desenvolvidos utilizando as linguagens e frameworks geralmente desenvolvidos especificamente para a respectiva plataforma”.

Silva cita o escritor americano Mark Twain que afirma que “Sempre que você se encontra do lado da maioria, é hora de fazer uma pausa e refletir” e afirma que para o profissional isso significa perceber que muitas decisões não podem ser tomadas na base do voto e da vontade da maioria, mas sim com pragmatismo considerando de fato o que for mais adequado considerando as restrições para o futuro do produto ou projeto em questão. “O arquiteto deve ser a pessoa mais preocupada com a criação de um ambiente fértil para a criatividade e inovação dentro de qualquer time, abrindo espaço e motivando as outras pessoas a colaborarem, mas sempre ponderando para que o time não acabe caindo no ciclo vicioso da adoção da ferramenta mais legal desta semana”.

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