Obesidade é fator de risco para a COVID-19

Goiânia 25/5/2020 – Um corpo desprotegido é um campo aberto para a invasão de infecções bacterianas e viroses, alerta Arthur Rocha

Para Arthur Rocha, membro da ABESO, a obesidade possui uma forte influência na queda de imunidade o que pode contribuir para a contaminação do coronavírus

A obesidade está relacionada a uma série de doenças como cardiopatias, hipertensão, diabetes, asma, insônia, colesterol alto, infertilidade, alguns tipos de câncer, dente outras. Boletim do Ministério da Saúde, divulgado no último mês, aponta uma nova tendência: a obesidade é um importante fator de risco para a COVID-19.

De acordo com os dados divulgados no boletim, a mortalidade dos jovens obesos é mais alta do que os idosos obesos acometidos pelo novo coronavírus. Entre aqueles com menos de 60, a mortalidade é de 57%, os com mais de 60, é de 43%.

Estudo divulgado pelo serviço de saúde inglês NHS, com dados obtidos a partir de admissões nas UTIs do Reino Unido, mostra que a obesidade está relacionada à COVID-19: sete em cada dez pacientes graves por coronavírus são obesos ou estão acima do peso. A pesquisa, liderada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Auditoria em Terapia Intensiva, relata que 71,7% dos que estão nas UTIs por Covid-19 têm excesso de peso. Foram analisados 196 pacientes internados. Destes, 16 morreram.

Apesar de causar medo, a notícia não chega a ser uma grande surpresa, de acordo com o médico Arthur Rocha, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. “A obesidade possui uma forte influência na queda da imunidade. Um corpo desprotegido é um campo aberto para a invasão de infecções bacterianas e viroses, como é o caso da Covid-19”, alerta.

Arthur explica que a obesidade é uma doença crônica que implica em uma inflamação contínua no organismo, o que leva ao aparecimento de diversas doenças e influencia diretamente o sistema imunológico. Esta não é a primeira vez que a obesidade é relacionada com uma infecção viral. Segundo a OMS, em 2009, estudos já alertavam sobre a relação entre a H1N1 e a doença.
Neste enfrentamento da pandemia, Arthur ressalta que é preciso um cuidado especial com os obesos, pois estão no grupo de risco. “Siga as orientações da Organização Mundial da Saúde. Fique em casa, lave as mãos, higienize os ambientes e cuide da sua saúde e de sua família”, salienta.

Saúde em dia
Manter o foco na luta contra a obesidade é uma tarefa difícil nesta época de quarentena. Mas cuidar da alimentação é fundamental para tratar a obesidade e também para evitar o ganho peso, de acordo com Arthur. “A ansiedade neste momento é grande e a facilidade no consumo de alimentos industrializados piora o quadro”, atenta. Por isso, Arthur dá algumas dicas:

– Tenha uma boa noite de sono;
– Prefira os alimentos naturais, como frutas e verduras;
– Tome sol em horários adequados para manter uma boa taxa de Vitamina D;
– Tente lidar com o estresse e ansiedade fazendo atividades que dão prazer;
– Faça exercício físico, mesmo em ambientes limitados;
– Hidrate-se;
– Planeje seu dia e suas atividades. Movimente-se!

Website: http://drarthurrocha.com.br

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