Pacientes com alergias de pele necessitam de alguns cuidados na escolha de produtos de proteção ao Coronavírus

Rio de Janeiro 14/7/2020 – Algumas pessoas que possuem a doença na pele relatam que o uso constante do álcool 70% aumentou o ressecamento e irritação.

Algumas recomendações podem ajudar o paciente que possui dermatite a utilizar produtos com uma fórmula menos ressecante e evitar a piora da doença.

Desde que o Coronavírus surgiu um dos principais aliados no combate e prevenção é o uso de álcool 70%. Seja na composição líquida ou em gel, ele é um dos produtos mais indicados para a higienização das mãos e proteção contra o vírus, que já infectou milhões de pessoas em todo o mundo. Mas para algumas pessoas o uso contínuo desse produto pode ocasionar alguns problemas na pele, é o caso de pacientes que sofrem de dermatite atópica. A dermatite é uma doença multifatorial, ou seja, ela pode ser causada por diversos e diferentes tipos de problema. Podendo ser alérgica, irritativa ou de outras causas. Algumas pessoas que possuem a doença na pele relatam que o uso constante do álcool 70% aumentou o ressecamento e irritação. Esse quadro quando não tratado, pode levar o paciente a desenvolver feridas nas regiões mais irritadas. Essa maior sensibilidade deve ser acompanhada para que o quadro não evolua e a pessoa possa continuar a usar produtos de higiene que realizam a proteção contra a Covid-19.

A dermatite precisa ter um acompanhamento médico para indicar o tratamento adequado para cada caso. A doença geralmente afeta pessoas mais jovens, abaixo dos quarenta anos. Mas em alguns raros casos ela pode ser diagnosticada em pessoas acima dessa faixa etária. Uma informação que pode ajudar os pacientes na hora de escolher o produto de higienização e combate à Covid-19 é dar preferência para as fórmulas que possuam componentes hidratantes. Outra recomendação para a maioria dos casos é o uso abundante de hidratante na pele, principalmente das regiões mais sensíveis. Contudo, é preciso destacar que o produto precisa ser antialérgico, assim como outros produtos de higiene como sabonetes e desodorantes. É o que orienta o médico Marcello Bossois, que coordena o Projeto Brasil Sem Alergia, que já atendeu mais de quatrocentos mil pacientes em todo o país. Ele explica que a dermatite pode vir acompanhada de algumas alergias respiratórias como a rinite ou bronquite, por exemplo. Ele esclarece que isso acontece devido a algo chamado “marcha atópica”, que é quando ocorre uma sequência de processos alérgicos que podem causar determinadas inflamações no organismo do paciente. O médico destaca que processos inflamatórios de causa alérgica, principalmente os de origem respiratória, devem receber mais atenção devido à epidemia de Coronavírus, que ataca principalmente o sistema respiratório das pessoas. Por estar recebendo diversas dúvidas sobre dermatite atópica e a relação com o Coronavírus, Marcello criou uma lista de reprodução de vídeos no YouTube especialmente sobre o assunto.

Por ainda não existir uma vacina ou tratamento que seja comprovadamente eficiente, as medidas de prevenção e autocuidado devem ganhar mais importância no dia a dia. Principalmente com a reabertura gradual das atividades comerciais em todo o país, ações de higienização constante das mãos e pulsos, além do constante uso de máscara podem ser essenciais na queda do contágio e consequentemente da taxa de morte nos municípios brasileiros.

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