Para advogado, RJ no agronegócio tende a ter ainda mais sucesso do que em outros setores

Cuiabá, MT 23/1/2020 – “Apesar do agronegócio também ter sido atingido pela crise, é um setor que tem garantias mais sólidas para oferecer ao mercado”

O advogado Antônio Frange Júnior acredita que a Recuperação Judicial no agronegócio tende a ter ainda mais sucesso do que em outros setores. Frange já realizou mais de 200 recuperações judiciais em todo o país.

A Revista Valor Econômico divulgou recentemente uma análise da consultoria Alvarez % Marsal, que aponta que o volume de dívidas das empresas em Recuperação Judicial é 62% maior do que em dezembro de 2019, levando-se em consideração somente os dados das 20 maiores RJs do país.

Um dos apontamentos no relatório é que empresas ligadas à construção civil, como UTS, OAS e Odebrechet, passam a demonstrar fragilidade em um momento que a sociedade, com a eleição de Jair Bolsonaro, espera a retomada econômica do país.

O estudo aponta também que os setores de construção e energia respondem por metade das 20 maiores RJs em andamento no país. E, em pelo menos 80% dos casos, há envolvimento de empresas e ou acionistas na Lava Jato. Frange vê com preocupação a saída dessas empresas da Recuperação judicial, pois eles poderão ter dificuldades a ter acesso ao crédito existente no mercado.

Frange diz que o processo inverso acontece com as empresas do agronegócio que entram em RJ. Segundo ele, a recuperação judicial no segmento do agronegócio terá um efeito ainda mais consolidador.

“Apesar do agronegócio também ter sido atingido pela crise, é um setor que tem garantias mais sólidas para oferecer ao mercado e, portanto, acredito que continuará tendo acesso ao crédito, facilitando sua recuperação”, explicou Frange.

Sete empresas do agronegócio, a maioria usinas de açúcar e álcool, figuram na lista de maiores recuperações judiciais em andamento.

O número de dívidas em 2019 chega a R$ 242 bilhões. Esse aumento exponencial neste ano foi alavancado devido a recuperação da Odebrechet, que envolve uma renegociação de R$ 80 bilhões.

Um dos apontamentos no relatório é que empresas ligadas à construção civil, como UTS, OAS e Odebrechet, passam a demonstrar fragilidade em um momento que a sociedade, com a eleição de Jair Bolsonaro, espera a retomada econômica do país.

Para Frange, se empresas do setor da construção e energia estão em recuperação ou estão reestruturando os negócios, a retomada tende a demorar mais.

“Porém é uma grande oportunidade para que empresas que pertencem a grupo menores, possam expandir os seus negócios”, afirmou ele. Frange já participou de mais de 200 recuperações judiciais em todo o país.

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