Pesquisadores brasileiros estudam detector precoce para câncer no pulmão

30/6/2013 –

A Clinics é a revista médica multidisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que mensalmente divulga estudos científicos. Na edição de junho, médicos da Universidade Federal de S.Paulo (UNIFESP) estudaram como células mieloides supressoras, que detectam o câncer no pulmão, podem ser marcadores de detecção precoce com uso de uretana, ácido de uso medicinal.
O trabalho destaca que a contagem dessas células em associação à terapêutica pode ser um marcador precoce de câncer de pulmão, principalmente em indivíduos com história familiar da doença e/ou tabagismo.

O artigo completo está na edição da Clinics – http://www.clinics.org.br/article.php?id=1090

Células mielóides supressoras e os eventos associados ao câncer de pulmão induzido por Uretana.

Contato: Dra Valquiria Bueno (11) 9 8962 2943 [email protected]

Resumo: A estimativa do INCA para novos casos de câncer de pulmão em 2012 foi de 27.320. O câncer de pulmão é detectado tardiamente por não apresentar sintomas no início da doença tornando essa neoplasia altamente letal (mortalidade/incidência=86%). Novos marcadores para diagnóstico precoce e desenvolvimento de terapias são essenciais para a diminuição da mortalidade. Células mieloides supressoras (MDSC) estão aumentadas em pacientes com câncer e sua mensuração é usada em alguns centros como prognóstico da doença e resposta ao tratamento. As MDSC diminuem a resposta imunológica favorecendo a neoplasia. Assim, alguns pesquisadores buscam formas de “deletar” essas células em associação á terapêutica usual para cada tipo de câncer. Contudo, é adequado entender melhor o papel fisiológico e patofisiológico dessas células antes de utilizar a “deleção” de MDSC como terapia. Modelos experimentais são extremamente úteis por permitir a avaliação de vários aspectos que, em pacientes, não de possível abordagem. Utilizamos a indução de câncer de pulmão pela Uretana e observamos que camundongos injetados com esse carcinógeno desenvolvem câncer pulmonar e aumentam a porcentagem de MDSC tanto no sangue quanto no pulmão.
Esse aumento é mais significativo quando o câncer está estabelecido, mas pode ser observado já com 20 dias de injeção de Uretana. As alterações observadas nos pulmões de camundongos com câncer são compatíveis aos achados em pacientes. Assim, acreditamos que as MDSC possam ser utilizadas como marcadores precoces de câncer de pulmão, principalmente em indivíduos com história familiar da doença e/ou tabagismo. Maiores estudos podem conduzir também a terapias baseadas em MDSC.

Vera Moreira / Assessora de Imprensa da revista Clinics / (11) 3253-0586 [email protected]

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