Preservação dos sistemas florestais naturais representa um enfrentamento para a crise hídrica

São Paulo- SP 17/4/2020 – O rio Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água que entra nos oceanos do mundo.

A sustentabilidade dos recursos hídricos passa, necessariamente, pelo componente florestal presente em cada ecossistema.

Os cientistas apontam a incidência das maiores temperaturas desde que se iniciaram as medições no século XIX. A preocupação com o agravamento das condições climáticas no mundo e, em particular, com as altas temperaturas, a frequência e a intensidade das ondas de calor cresce a cada ano deste novo século.

“O calor excessivo pode causar hidratação, insolação, enjoo, acidentes vasculares e atingem principalmente as crianças, os idosos e os doentes. A criação de sistemas de enfrentamento da crise hídrica que se aproxima é urgente, com destaque para a informação correta da população”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

A escassez hídrica que está acontecendo nesse momento não aconteceu de imediato e não está ligada a um setor produtivo, mas é resultado de um longo processo em que diversos acontecimentos contribuíram para o desenvolvimento do problema. Dentre eles, destaca-se, sobretudo, a significativa redução das chuvas que vem ocorrendo desde 2013.

A sustentabilidade dos recursos hídricos passa, necessariamente, pelo componente florestal presente em cada ecossistema. Os sistemas florestais naturais são potencialmente o melhor uso do solo para a proteção dos recursos hídricos, enquanto que as práticas agrícolas tendem a alterar as características físicas, químicas e biológicas das águas.

Segundo Silvio Frosini e Barros Ferraz, professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, – “para que o Brasil consolide o uso de florestas, especialmente ripárias, como ferramenta de manejo ainda é necessário aprofundar o entendimento sobre as influências específicas de cada uso da terra em riachos, bem como os efeitos das florestas sobre as funções ecológicas de riachos que determinam a qualidade da água”.

Em um mundo onde milhões de pessoas não têm acesso à água potável e 40% da população mundial viverá em áreas de escassez de água em 2050, devido aos efeitos do aquecimento global e das alterações climáticas, a utilização eficiente e eficaz dos recursos hídricos tem um significado muito especial.

O rio Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água que entra nos oceanos do mundo. “As algas marinhas são responsáveis pela produção de 54% do oxigênio do mundo e os mares atuam como reguladores do clima no planeta. Os dados são do Instituto Brasileiro de Florestas. Sem os serviços prestados pelo oceano, a temperatura poderia ultrapassar 100ºC e inviabilizar a vida na Terra”, relata Vininha F. Carvalho.

Os países amazônicos Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, reunidos na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), são os maiores detentores de recursos de água doce no mundo (20% do total mundial) e estão determinados a facilitar e promover ações para a conservação, proteção e uso sustentável dos recursos hídricos na região amazônica.

Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que mais de 2,7 bilhões de pessoas deverão sofrer com a falta de água em 2025, se o consumo do planeta continuar nos níveis atuais. O estudo atribui essa condição à má administração dos recursos hídricos, ao crescimento populacional e às mudanças climáticas.

Apesar de leis ambientais, trabalho técnico e social que amparam o uso da água em todos os países, o processo de educação sobre o uso d’água nos diversos setores da economia ainda é incipiente. “Os impactos negativos de um manejo inadequado ou de ações imprudentes nas nascentes dos rios, mananciais, lagos e córregos poderão ser percebidos num futuro bem próximo e, provocarão grandes prejuízos financeiros, sociais e ambientais”, conclui Vininha F. Carvalho.

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