Processo de envelhecimento é implacável com a visão

São Paulo, SP 16/12/2019 – Ao envelhecer, a pessoa normalmente precisa de mais luminosidade para ler e perceber objetos próximos.

Novas tecnologias desafiam constantemente o processo de envelhecimento. Hoje, quem tem 60 anos pode muito bem parecer 20 anos mais jovem com ajuda de novos produtos e equipamentos empregados na indústria da beleza. Já com relação aos olhos a coisa não é tão simples assim. A visão, com o passar do tempo, sofre modificações resultantes do processo de envelhecimento e altera a forma com que a pessoa enxerga o mundo e se relaciona com tudo à sua volta. Mesmo assim, na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, nem tudo está perdido.

“Nem todo mundo experimenta o mesmo nível de dificuldade para enxergar. Ao envelhecer, a pessoa normalmente precisa de mais luminosidade para ler e perceber objetos próximos. Mas um dos maiores incômodos mesmo é a dificuldade encontrada para fazer coisas que antes pareciam simples e fáceis. Ler a bula de um remédio, por exemplo, ou fazer a barba, ou ainda tirar a sobrancelha, são atividades que podem se transformar num pesadelo diário para quem tem mais de 40 ou 50 anos. Afinal, não existe solução mágica que impeça o processo de envelhecimento dos olhos”, diz o médico.

A partir da meia-idade, os olhos encontram muito mais dificuldade para focar objetos próximos com a mesma habilidade de antes, na faixa dos 20 ou 30 anos. Até mesmo dirigir à noite se torna mais perigoso, já que a formação de halos e reflexos aumenta consideravelmente. Mas um dos problemas que mais preocupam os oftalmologistas é a redução na produção de lágrimas. “Isso é um problema que tem de ser controlado e observado de perto, principalmente em pacientes do sexo feminino na fase pós-menopausa. Afinal, se os olhos começam a ficar ressecados, a irritação ocular é uma constante – provocando um mal-estar frequente nas pacientes. Ter uma certa quantidade de lágrimas é essencial para manter os olhos saudáveis e a visão clara”, diz Neves.

Na opinião do oftalmologista, é durante a meia-idade que as pessoas têm de cuidar muito bem da visão, impedindo que as modificações que naturalmente ocorrem comprometam sua qualidade de vida, as relações familiares, ou ainda o desempenho profissional. “A presbiopia é um problema que costuma deixar o paciente muito aborrecido. Quando menos se espera, ele já não consegue ler mensagens no celular, conferir as horas ou checar o cardápio de um restaurante sem colocar os óculos para perto. Isso tudo porque o cristalino vai perdendo elasticidade com o passar dos anos até que, em determinado momento, o sistema de acomodação da visão de perto fica totalmente ineficiente”.

Segundo o especialista, a cirurgia a laser ainda é um dos recursos mais indicados para quem tem presbiopia e quer pôr fim ao interminável tira-e-põe dos óculos. “Além do grau, a cirurgia personalizada a laser trata de pequenas aberrações da córnea de cada paciente, com resultados tão precisos que permitem dispensar os óculos em mais de 90% dos casos, inclusive para perto. O implante de lentes intraoculares para corrigir vista cansada leva menos de meia hora. Uma lente fina e circular é implantada no lugar do cristalino. Além de corrigir vista cansada, as lentes do tipo multifocal e acomodativa corrigem problemas para enxergar de perto, média distância, e de longe. Já para quem sofre de astigmatismo, as lentes tóricas são mais indicadas”. Para o paciente, trata-se de um grande ganho em qualidade de vida.

Além da presbiopia, outros problemas de visão vão ficando mais comuns nessa fase da vida. Ainda que não tenha necessidade de usar óculos, qualquer adulto com mais de 40 anos deve ser examinado para que se descartem doenças oculares como hipertensão, glaucoma, degeneração macular etc. Quem tem diabetes, hipotireoidismo, colesterol alto, hipertensão, depressão e artrite – e que, portanto, toma medicamentos de uso contínuo – está sempre mais sujeito a efeitos colaterais que resultam em doenças oculares importantes. Nesse sentido, o médico recomenda que esses pacientes consultem um oftalmologista uma vez por ano, pelo menos.

Fonte: Prof. Dr. Renato Augusto Neves, cirurgião-oftalmologista com mais de 60 mil cirurgias a laser realizadas, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br, www.drrenatoneves.com.br

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