Profissionais em home office optam por refúgio no interior para fugir dos grandes centros

São Paulo, SP 27/3/2020 –

O Covid-19 (coronavírus), declarado como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março, tem mudado o cotidiano de pessoas do mundo. Entre essas mudanças estão as relações trabalhistas. De acordo com a Betania Tanure Associados, um empreendimento de consultoria, 43% das empresas brasileiras estão adotando o home office como modelo de trabalho para uma parte dos funcionários. Nesse montante de negócios que estão adotando esse esquema, cerca de 60% dos funcionários estão atuando de casa.

E enquanto muitas pessoas trabalham em suas casas nos centros urbanos, outras optam por exercer suas atividades profissionais no interior do país. A tranquilidade, contato com a natureza e a possibilidade de continuar produzindo em isolamento mesmo fora das grandes metrópoles é o que atrai essas pessoas.

O advogado e empresário Arquimedes de Oliveira conta que está atuando em home office, em sua casa de campo no município de Itanhandu, Minas Gerais, desde 13 de março, dois dias após a declaração de pandemia do coronavírus. O refúgio de Arquimedes é o Clube Hípico Pegasus, projetado pela incorporadora Alphaz, que possui outros imóveis na região como o Antares, Estação 35, Clube Olive (Passa Quatro) e Vésper (Passa Quatro).

Arquimedes defende que o trabalho em casa pode ser tão produtivo quanto no escritório e diz que atuar longe das capitais é uma boa forma de manter a mente serena.

“O ambiente tranquilo favorece muito e isso é uma dádiva pouco comum para os moradores dos grandes centros, já que a grande maioria reside em apartamentos. A possibilidade de sair do ambiente de quatro paredes, andar um pouco e respirar ar puro e olhar as montanhas é muito bom”, pontua.

Dicas de produtividade
Arquimedes diz que em seu empreendimento a previsão é que é possível continuar com todos os funcionários trabalhando em regime remoto. Em seu caso particular, em que trabalha em um município distante a mais de 430 km de Belo Horizonte, o empresário afirma que é necessário ter toda uma estrutura. Para trabalhar no interior, são necessários os equipamentos digitais, como computadores e celulares, e também acesso a uma boa conexão de internet.

Em relação ao próprio modelo e especificidades de trabalho, ele afirma que por causa do setor de atuação de sua empresa (área de Tecnologia de Informação), o trabalho à distância já está bastante configurado.

“No caso dos telefones fixos, por exemplo. As chamadas são direcionadas para as secretárias que distribuem as solicitações para quem de direito. O meu pessoal de TI que presta suporte aos clientes já está acostumado a acessar os ambientes deles remotamente, então não houve grande mudança para eles também. No caso do escritório de advocacia, a solicitação é passada diretamente para o advogado interagir com o cliente”, explica.
Além disso, Arquimedes salienta que a comunicação entre os colaboradores é feita a partir de programas e softwares. “Utilizamos uma variada gama de tecnologias, a depender do cliente que permitem até reuniões ao vivo”, indica.

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