Se a gripe chega antes, a conjuntivite vem junto

São Paulo, SP 3/3/2020 – Todo tipo de virose muito comum nos dias frios ou com maior amplitude térmica pode provocar irritação ocular.

Contrair conjuntivite quando se está gripado, de cama, pode parecer golpe baixo. Mas é exatamente o que costuma acontecer, já que a temporada de gripes e resfriados coincide com a época em que aumentam os casos de conjuntivite – doença ocular que causa sensação de areia e vermelhidão nos olhos, maior sensibilidade à luz, coceira e lacrimejamento excessivo – com secreção amarela e espessa, fazendo com que os olhos amanheçam ‘colados’. De acordo com o médico Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, os mesmos vírus que causam resfriados e gripes, como adenovírus e influenza, entre outros, também podem causar conjuntivite.

“Todo tipo de virose muito comum nos dias frios ou com maior amplitude térmica pode provocar irritação ocular. Da mesma forma que a pessoa pode vir a sentir congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva está ficando congestionada, irritada. Lavar bem as mãos sempre que se assoa o nariz é fundamental para evitar que o vírus afete os olhos – o que também pode acontecer através da conexão com o ducto lacrimal”, diz Neves.

Na opinião do oftalmologista, a melhor maneira de evitar conjuntivite durante estes meses é lavar bem as mãos várias vezes ao dia, evitar coçar os olhos sem que as mãos estejam limpas e cuidar do manuseio de lentes de contato. “Quando o quadro de conjuntivite surge na sequência de uma gripe ou resfriado, é quase certo que é do tipo viral e vai passar em uma ou duas semanas sem necessidade de antibióticos. Entretanto, é altamente contagiosa e sua propagação se dá por contato físico com pessoas ou objetos de uso comum. Já a conjuntivite provocada por bactéria apresenta um quadro mais sério, que deve ser investigado e tratado o quanto antes”.

Neves diz que a conjuntivite bacteriana pode ser resultado do uso abusivo de lentes de contato e se transformar numa úlcera de córnea, por exemplo. Nesse caso, a dor é algo constante e os olhos apresentam uma secreção cinza-amarelada. Colírios antibióticos devem ser prescritos o quanto antes por um oftalmologista, a fim de conter o avanço da doença. O médico também alerta para os riscos da automedicação, que pode elevar as chances de complicações.

A seguir, o oftalmologista indica cinco cuidados durante uma crise de conjuntivite:

1. Lavar os olhos várias vezes ao dia com água morna para eliminar a secreção;
2. Fazer compressas de água gelada para atenuar a irritação ocular;
3. Usar lágrimas artificiais para manter os olhos bem lubrificados;
4. Lavar as mãos várias vezes ao dia;
5. Evitar frequentar lugares fechados, como escola, cinema, transporte público etc..

“Durante o ápice da doença, essas medidas são decisivas para conter a propagação de conjuntivite. Sendo assim, quando o paciente apresenta sensação de areia nos olhos, dor, irritação, coceira, vermelhidão, lacrimejamento excessivo, febre, dor nas articulações e dor de garganta, é fundamental consultar um serviço de oftalmologia o quanto antes”, alerta Renato Neves.

Fonte: Dr. Renato Augusto Neves, médico oftalmologista formado pela Escola Paulista de Medicina, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos e do Neves Center. www.eyecare.com.br

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