Uberlândia, Minas Gerais 11/6/2013 –

A maioria dos brasileiros fica torcendo para que a sexta-feira chegue logo. É o dia pensar em sair com os amigos, tomar aquela cervejinha e até ir mais light para o serviço. A consultoria de recrutamento Robert Half fez uma pesquisa para saber qual foi a última vez que os diretores de recursos humanos viram alguém se vestir de forma inadequada no ambiente de trabalho. Quase dois mil destes profissionais foram entrevistados de 19 países, entre eles no Brasil. O estudo revelou que no mundo todo se vestir de maneira imprópria no trabalho acontece com muita frequência, contabilizando 9% dos casos, 42% com certa frequência, e quase metade, 49%, disseram não terem presenciado esse descompasso na vestimenta.
A pesquisa revelou ainda que o Brasil é recordista nesse quesito. No país, 22% das pessoas entrevistadas observam profissionais que vão para o ambiente de trabalho vestidos inadequadamente com uma grande frequência. Já 54% fazem com certa frequência e os outros 24% nunca prestaram atenção em funcionários com roupas nesse perfil.
Ainda de acordo com a pesquisa, mundialmente, 50% dos administradores consultados acreditam que o estilo da vestimenta influencia “pelo menos um pouco” na hora da decisão de receber ou não uma promoção. Já 22% acham que interfere significativamente. Em nível de Brasil, 45% acham que a roupa influencia bastante, 41% avaliaram que pelo menos um pouco.
A gestora de Recursos Humanos da Inthegra Talentos Humanos, Vianei Altafin, afirma que a vestimenta é uma das principais ferramentas para manter a boa imagem perante o chefe, os colegas de profissão e os clientes. “Usar roupas decotadas, coladas, curtas demais e lingeries aparentes não combinam com ambiente de trabalho e prejudicam a imagem do funcionário e da empresa”, diz Vianei.
Ela afirma ainda que o estilo da vestimenta depende do perfil da empresa. “Em agências de propaganda, por exemplo, muitas vezes os profissionais vão mais à vontade, de bermuda, tênis e até camiseta, mas num escritório de advocacia não dá. O funcionário não pode se dar ao luxo de achar que pode ir para o trabalho com a roupa e estilo que quer. Em certos lugares, um determinado tipo de vestimenta é obrigatório, independente do dia da semana. Para evitar problemas, a melhor saída é oferecer o uniforme”, orienta Vianei Altafin.