Sociedade pede o fim da violência contra as mulheres

Campinas 11/12/2019 –

Milhares de pessoas saíram às ruas neste domingo em todo o país e também no exterior, vestindo laranja, na Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma iniciativa do Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra as Mulheres, que mobilizou toda a sociedade e reuniu homens e mulheres, adultos, jovens e crianças.

Ao todo, foram 30 cidades participantes, no Brasil e no exterior. A organização estima que, aproximadamente, 15 mil pessoas participaram da caminhada. Somente em São Paulo foram 2 mil pessoas, que levaram suas vozes pacíficas, porém firmes no propósito de conscientizar sobre o problema da violência contra as mulheres, ao longo da Avenida Paulista.

Em Campinas, a caminhada foi realizada na Lagoa do Taquaral. O Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Campinas, contou com o apoio da OAB Campinas e do CEAMO para esta mobilização.

Segundo Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil, os resultados superaram as expectativas. “Inicialmente esperávamos ter por volta de 5.000 participantes pelo mundo. O engajamento foi intenso em diversas localidades e nos surpreendeu com o forte resultado”, diz Marisa.

Para Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, esse é um momento histórico para o país e também para o nosso Grupo. “Nós saímos às ruas para mostrar que a sociedade não aceita mais essa triste realidade e nós estamos mudando isso. E para mudar essa realidade a gente precisa se mexer, precisamos nos unir, é o poder público e a sociedade civil, homens e mulheres, todos juntos, exigindo que a Lei Maria da Penha seja cumprida, que se tenham mais Delegacias da Mulher e mais políticas públicas que protejam e acolham a
mulher vítima de violência”, afirma Luiza.

Ainda de acordo com Marisa Cesar, a grande mobilização deste domingo atesta que as pessoas finalmente estão entendendo que a violência contra as mulheres é um tema que diz respeito a todos e todas. “Não é um assunto apenas da vítima, mas é de todos nós que convivemos, e mais ainda, precisamos ‘meter a colher sim’, denunciando e encorajando as mulheres a denunciarem e a saírem do ciclo vicioso da violência”, ressalta a CEO do Grupo Mulheres do Brasil.

A líder do Comitê de Combate a Violência contra a Mulher, Elizabete Scheibmayr, destaca a importância de um trabalho em rede com todos os Núcleos do Grupo Mulheres do Brasil. “Este é um assunto prioritário, uma das nossas causas globais. A largada foi dada e nosso próximo foco é contribuir na solução do problema e reduzir os altos índices de violência e feminicídio, principalmente no Brasil”, conclui a líder.

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