Tecnologia ganha espaço em serviços ambientais

São Paulo, SP 2/9/2019 –

A tecnologia vem ganhando espaço como ferramenta essencial para a inovação nos serviços ambientais. O uso de informações geoespaciais e de tecnologia de geoprocessamento vem revolucionando a coleta e o tratamento de dados ambientais. A Agência Europeia do Ambiente, na Europa, e o INPE, no Brasil, são exemplos de órgãos governamentais que usam a tecnologia para prestar informação sólida e transparente.

A tecnologia é, atualmente, ferramenta essencial na maior parte dos segmentos de negócio por trazer mais eficiência aos resultados visados. Na área ambiental, a regra não é diferente.

A tecnologia deixou de ser acessória e passou a ter papel também de protagonista para os serviços de coleta, análise e processamento de dados ambientais prestados tanto por órgãos públicos, quanto por consultores que atendem a demandas ambientais no mercado privado.

Quem utiliza tecnologia no segmento ambiental

De acordo com a Agência Europeia do Ambiente (AEA), uma agência da União Europeia cujo escopo é fornecer informação sólida e independente sobre o meio ambiente, a era digital promoveu uma revolução – ainda em curso – na coleta e tratamento de dados ambientais.

Segundo Hans Bruyninckx, seu Diretor Executivo , “Uma parte crescente dos dados recolhidos provém de informações geoespaciais, que nos permitem ver a mudança ao longo do tempo e em todo o continente. Podemos agora ampliar um mapa, ver as áreas protegidas da rede Natura 2000 da UE e obter informações sobre as espécies protegidas que aí vivem. Alguns dos dados são comunicados e disponibilizados em tempo real”.

No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão integrado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, conta com a plataforma TerraBrasilis , desenvolvida para organização, acesso e uso de dados geográficos produzidos pelos seus programas de monitoramento ambiental.

A partir dessa tecnologia, o INPE desenvolveu ainda o DETER , um sistema de alerta de evidências de alteração de cobertura florestal que dá suporte aos órgãos de fiscalização, e o projeto PRODES , que realiza o monitoramento, via satélite, do desmatamento na Amazônia Legal, com dados anuais.

No meio privado, empresas de produtos e serviços voltados às questões ambientais apresentam melhores resultados e produtos inovadores quando empregam tecnologia em seus processos.
A empresa ECCON Soluções Ambientais, conhecida no mercado de consultoria como uma das mais inovadoras e premiadas por criar um Banco de Áreas Verdes com valor superior a 2 bilhões de reais, acaba de disponibilizar uma ferramenta que utiliza tecnologia de geoprocessamento e que deve facilitar bastante a busca por ativos verdes.
Mercado de ativos verdes

A busca por áreas preservadas, além de enfrentar a escassez de boas ofertas, é bastante complexa. Isso porque os ativos podem apresentar irregularidades e trazer riscos de responsabilidade ambiental a quem os adquire.

Empresas e pessoas que buscam essas áreas precisam se atentar à existência de restrições e regras protetivas que envolvem unidades de conservação, embargos, sobreposições etc. Na prática, a verificação desses aspectos e riscos pelos interessados depende, sem o uso de ferramentas digitais, de uma busca pontual e individual por áreas à venda e, necessariamente, da realização de um processo de auditoria ambiental caso a caso.

Nesse cenário, o Banco de Áreas Verdes da ECCON figura como uma plataforma inovadora e eficiente: conta, atualmente, com 6 bilhões de m2 cadastrados de áreas com florestas, compostos por mais de 130 propriedades localizadas em diferentes Estados do Brasil, todas disponíveis para compensação ambiental. A empresa desenvolveu e disponibilizou um mapa interativo que indica, de forma aproximada (visando à segurança dos dados e dos proprietários), a localização das áreas verdes dentro do Município em que estão inseridas.

De acordo com seu CEO, Yuri Rugai Marinho, “pensando em como melhorar a navegação e a pesquisa em nossa plataforma, nós investimos em tecnologia para incluir novas camadas de informações que trazem dados importantes para demonstrar o potencial das áreas verdes para compensação ambiental. Por meio das camadas, é possível identificar, para cada área, o bioma a que pertence, a existência ou não de áreas embargadas em seu entorno, as Unidades de Conservação instituídas no país, a presença de sítios arqueológicos brasileiros e áreas prioritárias para conservação instituídas pelo Ministério do Meio Ambiente, tornando mais eficiente e seguro o processo de escolha por ativos verdes regulares”.

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