Trata Brasil divulga ranking de perda de água nas cidades brasileiras e especialista da Itron aponta soluções minimizar o problema

15/4/2020 –

As 100 maiores cidades brasileiras conseguiram reduzir perda de água. Segundo especialista, os principais motivos para perda de água são vazamentos nas tubulações e conexões, erros de leitura de hidrômetros, hidrômetros desgastados e mal dimensionados, além de roubos e fraudes

As 100 maiores cidades brasileiras, que concentram 40% da população do país, em média conseguiram reduzir a perda de água nos sistemas de distribuição, mas há ainda muito por fazer. Dentro deste universo, existem cidades com índices de perdas na distribuição alarmantes, acima dos 70%.  É o que mostra o ranking realizado, recentemente, pelo Instituto Trata Brasil, baseado no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS – base 2018). Segundo o estudo, o nível de perdas brasileiro ainda é alto e chega a mais de um terço da água tratada, em média — 38,5% de água distribuída é desperdiçada no caminho, ou seja, a cada 10 litros de água tratada, 3 são perdidos. 

Imagem revela os melhores no ranking.

Para comentar este ranking e apresentar sugestões de como as cidades podem minimizar o problema com desperdício de água, vale conferir a entrevista com Sandro Moretti, diretor comercial da Itron, empresa líder mundial de tecnologia e serviços, dedicada ao uso eficiente de energia e água. O estudo aponta que esse tipo problema pode levar a três tipos de perdas.

  • Perda ambiental: quando se perde água, existe um problema hídrico, pois é necessário tirar mais água da natureza para cobrir o desperdício.
  • Perda social: com a perda, a pressão da rede diminui e quem fica primeiro sem água é quem mora mais distante, em periferia
  • Perda econômica: a perda econômica significa a receita que deixou de entrar na empresa. É onde se tem custo de funcionário, estrutura e produto químico para tornar a água potável, mas não se consegue receber pela água que distribuiu.

 
Para Moretti, os principais motivos para um índice tão alto de perdas de água são: vazamentos nas tubulações e conexões, erros de leitura de hidrômetros, hidrômetros desgastados e mal dimensionados, além de roubos e fraudes. Das 100 cidades analisadas, apenas 3 possuem níveis de perda de distribuição menores que 15%, um valor considerado ótimo. Mais de 70% das cidades têm perdas superiores a 30%, o que, segundo o estudo, aponta um grande potencial para melhorias nas redes.
 
De acordo com o estudo, o índice de perda e água é importante não apenas para medir os volumes ou recursos financeiros desperdiçados, mas também para analisar os níveis de eficiência dos serviços de saneamento nos municípios.

O relatório completo está disponível por meio do link: http://tratabrasil.com.br/images/estudos/itb/ranking_2020/Relatorio__Ranking_2020_18.pdf
 
Sobre a Itron
Desenvolvendo soluções abrangentes para medir, gerir e analisar recursos que incluem tecnologia de controle e medição de eletricidade, gás, água e energia térmica, sistemas de comunicação, software e serviços de administração, a Itron possui cerca de 8 mil clientes em mais de 100 países. 

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