Coisas que levei um tempo para aprender: o termo “bolha” no mercado imobiliário.

23/4/2013 –

O termo “bolha” preocupa todos os interessados no mercado imobiliário. A crise nos Estados Unidos, por exemplo, foi motivada por esse fato. Mas o que significa isso? Será que o Brasil também corre esse risco? Antes de bater o martelo é preciso considerar alguns fatos.

De acordo com pesquisas com os corretores de imóveis, entre 40% e 60% dos imóveis vendidos no Brasil são comprados por investidores, ou melhor, por pessoas que querem vender por mais caro depois. Isso porque, nesse momento de fortalecimento econômico e facilidade ao crédito, através dos programas do governo, a demanda sobe e, como a oferta não supre, os preços também aumentam. Com a elevação dos preços, as pessoas passam a acreditar que investir em imóveis é uma ótima opção.

As próprias imobiliárias preferem vender para investidores, pois o pagamento é mais rápido, o investidor não pode pagar muito juro, se não como irá lucrar posteriormente? Esse contexto traz uma sensação de que faltam imóveis disponíveis no mercado. Consequentemente, os preços sobem ainda mais. É importante ressaltar que o Brasil sofre um déficit de habitação histórico, por isso os preços elevados duram um tempo maior.

Alguns especialistas afirmam que quando houver uma crise, essa bolha vem à tona. Basta a falência de algum dos envolvidos no processo, seja os bancos que financiam, seja nas construtoras ou também na população que dará um calote geral nos pagamentos, deixando a situação insustentável. Bancos e construtoras irão se agarrar no governo, que deverá tomar medidas para salvar esses instituições, soluções que certamente irão contra os objetivos da população. Os investidores ficarão com os imóveis vazios, tendo que arcar com os gastos da manutenção e além disso, o imóvel irá valer menos do que ele pagou, já que pela falta de dinheiro, a demanda reduz drasticamente.

Os fatos mencionados acima caracterizam uma bolha no futuro, porém, um estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta que o Brasil não corre esse risco nesse momento. Todavia, é preciso estar atento ao fenômeno que jamais deve ser descartado.

O estudo aponta que no Brasil, o aumento dos preços dos imóveis foram ocasionados por condições naturais e peculiares da economia do país, e não exclusivamente pela ação dos investidores, portando é uma elevação condizente ao mercado. “A demanda no ramo imobiliário não supre a oferta, devido ao tempo que se leva para construir novos empreendimentos e, por isso, o resultado é o encarecimento dos imóveis”, aponta o estudo.

Sobre o futuro, a análise indica que, em caso de não haver “bolhas”, os preços devem se consolidar, ou seja, uma situação sem constantes aumentos. Uma padronização dos preços.

http://www.imoveispontagrossa.com/

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