4 motivos pelos quais os líderes perdem relevância

Campinas 27/4/2020 – Depois de pesquisar dezenas de empresas e líderes que perderam relevância ao longo do tempo, foi possível identificar algumas características em comum

Muitos líderes são bons em conduzir o chamado “dia a dia” da empresa, mas falham ao não enxergarem como novos comportamentos de consumo e novas tecnologias podem (e vão) impactar o seu negócio.

É comum ouvirmos falar sobre como a Kodak, que era líder em seu segmento na década de 70 e desenvolveu a tecnologia para a câmera digital, não usou a inovação ao seu favor e perdeu relevância até pedir falência em 2012.

São muitos os exemplos como esses, Blockbuster, Nokia, e tantas outras empresas que trilharam o caminho ladeira abaixo.

É claro que o insucesso de uma jornada profissional, não é o fim do mundo, mas sim uma oportunidade de recomeço para muitos desses profissionais.

Em todo caso, não repetir erros comuns é uma forma de se manter relevante na posição de liderança e alcance de objetivos.

A Hub Education (marca que oferece experiências imersivas e inovadoras em educação para transformação de carreiras), depois de pesquisar dezenas de empresas e líderes que perderam relevância ao longo do tempo, identificou algumas características em comum entre eles, veja:

1. Falta de visão de futuro.
É impossível não colocar como a principal característica pelo qual um líder perde relevância a ausência da visão de futuro. Na maioria dos casos em que as empresas perderam mercado, é possível identificar a ausência de um líder capaz de pensar “o amanhã” da empresa, é muito comum quando atingimos uma posição de liderança olharmos para a estrada que nos trouxe até aqui e achar que é ela quem irá conduzir a empresa ao futuro.

Muitos líderes são bons em conduzir o chamado “dia a dia” da empresa, mas falham ao não enxergarem como novos comportamentos de consumo e novas tecnologias podem (e vão) impactar o seu negócio.

Os ciclos de transformações do mercado são cada vez menores e a cada ciclo surgem novas companhias que resolvem problemas dos consumidores ou trazem valor para soluções até então estagnadas.

Essas empresas costumam crescer muito rápido e tomam o lugar de empresas tradicionais e consolidadas. Portanto, não é mais permitido aos líderes que querem conduzir empresas ao sucesso e se consolidarem profissionalmente, não mapear o futuro para entender como as tendências irão afetar o seu dia a dia.

Se isso não for feito, corre-se o risco de morrer profissionalmente e não saber nem qual foi a causa.

2. Preservação do negócio atual (mindset fixo)
Sabe o o ditado “Em time que está ganhando não se mexe”? Pois é, se o conhece, esqueça-o! Essa foi também uma das características mais comuns entre as identificadas em empresas e líderes que perderam relevância nos últimos anos.

Quem poderia imaginar que a Nokia, iria praticamente desaparecer do mercado depois da sua glória no início dos anos 2000.

Esse mindset fixo, do time que está ganhando não se mexe, também esconde uma característica interessante.

Muitos líderes que perderam relevância não foram capazes de diversificar a atuação da empresa, deixando-as vulneráveis por terem sua receita muito concentrada em um produto que apresenta bons resultados.

A Apple, que hoje tem cerca de 50% da sua receita vinda do iPhone tem feito grandes esforços para diversificar suas fontes de receita e os wearables por exemplo (Earpods e Apple Watch) trouxeram um faturamento superior a 10B de dólares para a empresa em 2019.

Portanto, um líder, para se manter relevante precisa ter a capacidade de criar a próxima versão do seu próprio negócio, ainda que isso possa custar desconstruir um produto que apresenta boa performance mas não tem uma boa perspectiva futura.

Além disso, deve conduzir uma empresa com várias unidades de negócios, minimizando assim o risco de morte da mesma. Se acontecer de perder uma unidade do negócio, terá outras rodando em paralelo para manter a perenidade da empresa.

3. Ego
Esse é o momento em que boa parte dos leitores sairá do artigo. É triste, mas a realidade é que muitos líderes são cheios de si, vaidosos e acreditam que acertos do passado garantirão o sucesso no futuro.

Quer um exemplo? No livro escrito por Marc Randolph, cofundador da Netflix ele conta que em uma reunião com o então CEO da Blockbuster – John Tioco – onde fizeram uma proposta de venda da Netflix para a Blockbuster, após apresentar o valor pedido de 50M de dólares, John teve uma atitude bastante comum nos CEOs com egos elevados: riu na cara dos fundadores da Netflix. Bom, o final dessa história já conhecemos.

O ego também é maior inimigo do desenvolvimento pessoal, o sentimento de achar que sabe tudo, cria um bloqueio de aprendizado que faz com que ao longo do tempo, esse líder se torne obsoleto e perca relevância.

E essa característica é rapidamente percebida por seus liderados, especialmente por gerações mais jovens, que chegam ao mercado de trabalho detentores de novos conhecimentos e habilidades fundamentais na era digital.

Por isso, líderes vaidosos, com ego inflado e que se acham superiores aos demais, estão com os dias contados nas empresas do futuro.

4. A forma como lidam com o sucesso
Muitos profissionais estabelecem sonhos e projetos e quando chegam lá, o que acontece? Simplesmente se contentam com os objetivos alcançados, perdem o foco, não se engajam em novos desafios e em pouco tempo se tornam a sombra de profissionais que já foram outro dia.

Manter-se faminto, não é tarefa simples para muitos profissionais. As distrações trazidas pelo sucesso profissional e financeiro, infelizmente, significam o começo do fim para muitos líderes. Por isso, é importante manter-se muito consciente em relação ao propósito, pois se ele for o prisma e gerar realização com a execução do trabalho, o sucesso e dinheiro conquistado, será apenas uma das formas de reconhecimento.

Em muitos casos é necessário ter a força e coragem de sair da zona de conforto, se reinventar e assumir novos os riscos, em novos projetos, empresas ou carreiras, preservando assim o legado e dando a si mesmo um novo recomeço.

Esperamos que possa não cometer esses erros que infelizmente são recorrentes em líderes que perderam a sua relevância nos últimos anos.

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