Arie Halpern: cidades mais inteligentes, mais qualidade de vida para todos

16/1/2020 – As cidades são o epicentro da inovação tecnológica, e nos últimos anos vem sendo preparada uma nova revolução.

A invenção das cidades é o maior feito da tecnologia na história humana. Desde sua criação, em Uruk, há 6 mil anos, convergiram para as cidades o que há de melhor na filosofia, nas artes, nas técnicas e nas ciências. Seu legado é a invenção da democracia política (a palavra vem do grego polis, que quer dizer “cidade”), ou, ainda mais profundamente, da própria civilização (do latim civitas, também “cidade”). Um ditado alemão da Idade Média, difundido por volta do século XI, afirmava que apenas nas cidades “é possível respirar o ar da liberdade”. Civilização, cidadania, política, urbanidade, cortesia… São hoje as melhores forma de expressar a ideia de que é possível viver em conjunto e em respeito mútuo.

As cidades são o epicentro da inovação tecnológica, e nos últimos anos vem sendo preparada uma nova revolução que vai torná-las ainda mais eficientes e dinâmicas. Os formuladores de políticas públicas, as universidades do mundo todo e os corpos técnicos mais qualificados estão empenhados em criar uma nova geração de equipamentos e conceitos de gestão que prometem transformar a experiência de viver nos aglomerados urbanos. O conceito de “cidades inteligentes” está avançando de maneira espetacular, e até o fim dessa década terá reinventado tudo o que conhecemos sobre qualidade de vida.

Um dos passos fundamentais para essa nova realidade é a conexão em banda 5G, que já está disponível de forma experimental nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, e deve chegar ao Brasil no máximo até o ano que vem. Com ela, será possível administrar de forma muito mais eficiente o uso de energia, os serviços de saúde, a segurança, o consumo e o descarte de materiais. Além disso, há uma série de informações disponíveis em tempo real, como, por exemplo, a qualidade do ar, a precipitação de chuvas, que vão ajudar no planejamento e na minimização de transtornos climáticos.

Um dos grandes pesadelos de quem vive nas grandes cidades, o trânsito, será atacado em várias frentes. A primeira delas, e talvez a principal, é que conexões mais eficientes, que melhorem a comunicação e simulem ambientes físicos, vão diminuir a necessidade de deslocamentos para o trabalho ou para locais de ensino e aprendizagem, por exemplo. Mas, de qualquer maneira, para o fluxo que se fizer necessário, haverá redes de aluguel instantâneo de carros, reorganização das malhas de transportes públicos, semáforos inteligentes e – um pouco mais adiante no futuro – veículos autodirigidos.

A América Latina já soma 77% das pessoas vivendo em cidades, um pouco abaixo da América do Norte, com 80%, mas já acima da Europa, com 72% e da Oceania, com 70%. Ainda têm um caminho maior a percorrer, a Ásia, com 40%, e a África, com 38% (o que está acontecendo num processo muito rápido). Hoje, o país mais urbanizado do mundo é a Bélgica, com 97%, enquanto em Ruanda esse índice cai para 17%. Evidentemente, razões históricas explicam a discrepância multifatorial entre a qualidade de vida desses lugares, mas o número ajuda a dar a dimensão que as cidades representam – e continuarão representando por muito tempo – mais soluções do que problemas. Principalmente com a implantação massiva e tecnologias que ajudem a administrá-las, como se deve assistir de forma espetacular nos próximos anos.

Com informações: BBC Brasil, Tecmundo; “Superinteressante”; “Brasil Escola”; Unesco.

Website: http://www.ariehalpern.com.br/cidades-mais-inteligentes-mais-qualidade-de-vida-para-todos/

Web Site:

Arie Halpern: cidades mais inteligentes, mais qualidade de vida para todos

16/1/2020 – As cidades são o epicentro da inovação tecnológica, e nos últimos anos vem sendo preparada uma nova revolução.

A invenção das cidades é o maior feito da tecnologia na história humana. Desde sua criação, em Uruk, há 6 mil anos, convergiram para as cidades o que há de melhor na filosofia, nas artes, nas técnicas e nas ciências. Seu legado é a invenção da democracia política (a palavra vem do grego polis, que quer dizer “cidade”), ou, ainda mais profundamente, da própria civilização (do latim civitas, também “cidade”). Um ditado alemão da Idade Média, difundido por volta do século XI, afirmava que apenas nas cidades “é possível respirar o ar da liberdade”. Civilização, cidadania, política, urbanidade, cortesia… São hoje as melhores forma de expressar a ideia de que é possível viver em conjunto e em respeito mútuo.

As cidades são o epicentro da inovação tecnológica, e nos últimos anos vem sendo preparada uma nova revolução que vai torná-las ainda mais eficientes e dinâmicas. Os formuladores de políticas públicas, as universidades do mundo todo e os corpos técnicos mais qualificados estão empenhados em criar uma nova geração de equipamentos e conceitos de gestão que prometem transformar a experiência de viver nos aglomerados urbanos. O conceito de “cidades inteligentes” está avançando de maneira espetacular, e até o fim dessa década terá reinventado tudo o que conhecemos sobre qualidade de vida.

Um dos passos fundamentais para essa nova realidade é a conexão em banda 5G, que já está disponível de forma experimental nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, e deve chegar ao Brasil no máximo até o ano que vem. Com ela, será possível administrar de forma muito mais eficiente o uso de energia, os serviços de saúde, a segurança, o consumo e o descarte de materiais. Além disso, há uma série de informações disponíveis em tempo real, como, por exemplo, a qualidade do ar, a precipitação de chuvas, que vão ajudar no planejamento e na minimização de transtornos climáticos.

Um dos grandes pesadelos de quem vive nas grandes cidades, o trânsito, será atacado em várias frentes. A primeira delas, e talvez a principal, é que conexões mais eficientes, que melhorem a comunicação e simulem ambientes físicos, vão diminuir a necessidade de deslocamentos para o trabalho ou para locais de ensino e aprendizagem, por exemplo. Mas, de qualquer maneira, para o fluxo que se fizer necessário, haverá redes de aluguel instantâneo de carros, reorganização das malhas de transportes públicos, semáforos inteligentes e – um pouco mais adiante no futuro – veículos autodirigidos.

A América Latina já soma 77% das pessoas vivendo em cidades, um pouco abaixo da América do Norte, com 80%, mas já acima da Europa, com 72% e da Oceania, com 70%. Ainda têm um caminho maior a percorrer, a Ásia, com 40%, e a África, com 38% (o que está acontecendo num processo muito rápido). Hoje, o país mais urbanizado do mundo é a Bélgica, com 97%, enquanto em Ruanda esse índice cai para 17%. Evidentemente, razões históricas explicam a discrepância multifatorial entre a qualidade de vida desses lugares, mas o número ajuda a dar a dimensão que as cidades representam – e continuarão representando por muito tempo – mais soluções do que problemas. Principalmente com a implantação massiva e tecnologias que ajudem a administrá-las, como se deve assistir de forma espetacular nos próximos anos.

Com informações: BBC Brasil, Tecmundo; “Superinteressante”; “Brasil Escola”; Unesco.

Website: http://www.ariehalpern.com.br/cidades-mais-inteligentes-mais-qualidade-de-vida-para-todos/

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