Brincadeiras criativas favorecem o convívio com os pets durante a quarentena

São Paulo – SP 20/4/2020 – São falsos os conteúdos que associam o atual surto de Coronavírus humano (SARS-CoV-2) ao Coronavírus Entérico Canino (CCoV).

Tutores de animais de estimação têm sentido o quanto o carinho deles é fundamental nesse momento de quarentena, eles colaboram para manter a saúde mental.

Em tempos de quarentena, mudanças de rotina são de suma importância e a situação também afeta os animais de estimação. “Este é o momento de sermos ainda mais responsáveis com o compartilhamento de informações sobre o novo coronavírus”, ressalta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

São falsos os conteúdos que associam o atual surto de Coronavírus humano (SARS-CoV-2) ao Coronavírus Entérico Canino (CCoV). Trata-se de espécies diferentes (humanos e cães) e vírus diferentes que, apesar de pertencerem à mesma família, têm características distintas e não possuem os mesmos hospedeiros e capacidade de provocar doença. Em cães, por exemplo, já foram identificadas duas espécies de coronavírus: o entérico canino (CCoV) e o respiratório canino (CRCoV). Em gatos, é o coronavírus felino (FCoV). O coronavírus que acomete os gatos, não é o mesmo que acomete cães, que também não possui relação com o encontrado em suínos, aves, bovinos e outros.

“Se fosse alta a transmissão do novo coronavírus de humanos para os animais já teríamos muitos casos registrados no mundo todo”. A avaliação é da médica veterinária Cinthya Ugliara, que atende na rede de clínicas Dra. Mei. Ela lembra que, nos casos relatados de pets supostamente infectados com COVID-19 por seus tutores – na Bélgica (um gato) e em Hong Kong (dois cachorros e três gatos) -, nenhum apresentou sintomas.
De acordo com a médica veterinária, Cinthya Ugliara, o teste de PCR detecta a existência do vírus ou a reação cruzada com outros tipos de coronavírus em cães e gatos. A IDEXX obteve mais de quatro mil amostras de cães, gatos e cavalos aplicadas com o novo teste SARS-CoV-2 e todas deram negativo.

“Tutores de animais de estimação têm sentido o quanto o carinho deles é fundamental nesse momento de quarentena, eles colaboram para manter a saúde mental. Os pets transmitem a sensação de segurança e bem-estar, além de nos ajudar a lidar melhor com o estresse, a ansiedade e a depressão. principalmente neste momento de isolamento social em que muitas pessoas estão sozinhas em casa, se adaptando com uma nova rotina”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

As pessoas precisam manter limpos os ambientes da casa e dos aparelhos mais usados, como celulares e computadores. A WSAVA – World Small Animal Veterinary Association (Global Veterinary Community) recomenda que as pessoas positivas para COVID-19 não tenham contato muito próximo com seus pets. Evitar abraços, beijos e lambidas no animal de estimação, se estiver com gripe ou resfriado.

Os cães precisam de atividade física para manter corpo e mente ativos. Quando um animal fica confinado e sem o estímulo necessário, ele pode apresentar distúrbios de comportamento, irritação e até mesmo episódios de agressividade. Não é interessante neste período levar o animal para passear, mas se isso for inevitável, é necessário higienizar as patas e o focinho quando voltar para casa.

Segundo Vininha F. Carvalho, – “para que essa mudança de rotina tenha o menor impacto possível, é preciso investir no enriquecimento ambiental e cuidar para que o seu animal de estimação tenha variados estímulos. No entanto, a técnica não se resume a dar um ursinho de pelúcia ou uma bolinha para o cão. Para entreter o pet, é preciso investir em brinquedos especiais e brincadeiras criativas. É possível produzir o brinquedo em casa com uma garrafa pet. Basta retirar o rótulo, colocar o alimento dentro e fazer furinhos na embalagem. É importante que o pet consiga pegar o seu prêmio, caso contrário, ele perderá o interesse no brinquedo”.

Recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (World Small Animal Veterinary Association – WSAVA):

1 – Passeios com os pets devem ser mais breves e o tutor deve procurar áreas ao ar livre e sem aglomeração de pessoas;

2 – Recomenda-se evitar o contato com outros tutores e outros pets quando sair;

3 – O mais indicado é que apenas um tutor fique responsável por passear com o cãozinho;

4 – Se o animal tiver apenas um tutor e este estiver infectado, o ideal é que o pet fique na casa de um familiar ou amigo de confiança;

5 – Ao voltar dos passeios, é preciso passar um lenço umedecido no pelo e nas patas do animal. Existem lenços antissépticos para pets, mas na falta deles é possível usar um sabão neutro comum ou lenço de bebê;

6 – Quem tem gato deve evitar as saidinhas e manter o animal em casa sempre que possível;

7 – Brincar bastante com o pet dentro de casa é uma boa opção. Cães adoram correr em busca de brinquedos. No caso dos gatos, é indicado disponibilizar arranhadores e usar Feliway (versão sintética do feromônio felino FR, responsável pela sensação de tranquilidade e segurança) ou Catnip (erva indicada para deixar gatos mais tranquilos) para atraí-los para o objeto, uma vez que arranhar ajuda aliviar estresse e ansiedade;

8- Após as brincadeiras, é indicado lavar bem com água e sabão os objetos como bolinhas, bichinhos de borracha, entre outros;

9 – Não é recomendado dormir com seu pet e, por ora, evite beijos, abraços e lambidas;

10 – E por último, mas não menos importante, é preciso higienizar bem as mãos após os passeios e interações com o animal de estimação.

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