Impressão 3D e diagnóstico precoce auxiliam no tratamento de patologias do quadril do jovem

Curitiba – PR 5/11/2019 –

O uso da tecnologia 3D já chegou ao consultório dos cirurgiões especializados em joelho e quadril e contribui no tratamento de pacientes jovens que praticam atividades físicas e tem problemas nas articulações.

A partir de uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada da articulação do paciente o cirurgião solicita modelos confeccionados em impressoras 3D, com características idênticas ao original, e que permitem o planejamento prévio de uma cirurgia.

“Hoje temos a possibilidade de realizar uma reconstrução tridimensional das deformidades ósseas do paciente, o que pode ajudar tanto no planejamento cirúrgico como no tratamento e compreensão de algumas patologias biomecânicas do joelho, quadril e outras articulações”, explica o ortopedista e especialista em cirurgia do joelho e do quadril, Thiago Fuchs, do Instituto Fuchs.

No foco do uso da tecnologia, estão pacientes jovens – praticantes de atividades físicas – que têm alterações no formato dos ossos do quadril e sintomas.

O impacto femoroacetabular (IFA) do quadril é uma das principais causas da dor do quadril em atletas adolescentes e também nos adultos jovens. Além disso, o IFA é um importante fator de risco para o desenvolvimento de artrose no quadril no futuro.

Thiago Fuchs, explica que a dor no quadril dos adolescentes é um sinal de alerta e deve ser investigado, principalmente porque o tratamento precoce é um dos principais fatores para melhores resultados.
“Existe uma preocupação mundial no tratamento precoce, e em individualizar cada procedimento cirúrgico de acordo com a particularidade de cada paciente. Nestes casos, o uso de impressão em 3D contribui muito para conseguirmos avaliar antecipadamente o tipo da formação óssea e também para buscarmos uma solução técnica e cirúrgica, antes mesmo do procedimento”, completa Thiago.

COMO FUNCIONA – Ao detectar a deformidade óssea do paciente, o cirurgião busca reproduzir uma cópia de plástico da estrutura com o tamanho e as características idênticas ao original. Um exemplo de como o osso em 3D pode ser usado no diagnóstico, tratamento e planejamento em lesões do quadril já foi demonstrado pelo cirurgião Thiago Fuchs.
Recentemente ele fez a reconstrução em 3D de uma paciente com deformação morfológica e com diagnóstico de Impacto Femoroacetabular (IFA).
“Encontramos alteração do acetábulo e deformidade no fêmur, o que faz com que estes ossos se choquem durante movimentos de flexão e rotação interna. Essa associação de deformidades pode levar a lesão articular, a lesão do labrum, sintomas de dor na virilha e artrose no futuro”, enfatiza o cirurgião.

EXEMPLO DE SUCESSO – O jovem, Guilherme Lamana, 29 anos – praticante de corrida de rua, triathlon e ciclismo – sentia dores fortes no quadril e nos glúteos com sensação de músculos encurtados. Para ele, as dores refletiam na prática intensa de atividade física.
Ele conta que, certo dia, após uma competição de corrida, sentiu muita dor e não conseguia mais ficar em pé. “Não era uma dor normal”, relata. Consultou médico, fez exames onde foi diagnosticado com IFA bilateral, bursite e tendinite. Na época lhe foi recomendado 20 sessões de fisioterapia e depois disso ele foi liberado para correr. Na primeira corrida voltou a sentir dores. Buscou especialista em quadril e descobriu que seu caso era cirúrgico. Em 2018, foi submetido à artroscopia bilateral nos quadris, com o Dr. Thiago Fuchs.
“Foi a melhor coisa que eu fiz. Os resultados apareceram muito rápido. Com 14 dias tirei as muletas, em um mês já estava pedalando 30 minutos e com 5 meses comecei a correr. Hoje pedalo 70 quilômetros”, conta Guilherme.
“Estou sem dor nenhuma, minha mobilidade aumentou e não sinto mais dores nos glúteos. Estou muito feliz com o resultado, pois não conhecia este problema e percebo que muitas pessoas têm e não sabem. Buscar o médico especialista o quanto antes, é sempre a melhor opção”, finalizou.

Saúde do Quadril – Para a preservação da saúde do quadril é recomendada a manutenção do peso ideal, o fortalecimento da musculatura abdutora, que é responsável por abrir a perna e dar sustentação ao quadril, e o fortalecimento dos músculos do CORE.
“Fortalecer sempre a musculatura do CORE, que envolve o abdômen, a região lombar, os glúteos e parte anterior da coxa, preserva a articulação e distribui a carga do peso do corpo. Caminhada, bicicleta e natação são exercícios aeróbicos de baixo impacto, sendo muito bons para preservar o movimento do quadril”, garante Fuchs.

Website: http://institutofuchs.com.br/

Web Site: