Cuiabá, MT 8/12/2020 –
Soluções estão sendo criadas para mudar o patamar da educação no Brasil, tornando aulas abertas para a população e diminuindo as barreiras que o alto custo proporciona. Atingindo principalmente os jovens, os que mais sofrem para entrar e permanecer no mercado de trabalho.
As rotinas repetitivas, acordar, ir para o trabalho, dormir, estão presentes na rotina da população brasileira. Mesmo após 30 anos de serviço prestado, contar com a aposentadoria tornou-se exceção. Pelo menos é o que indica os dados mostrados por Tharcísio de Souza,diretor do curso de MBA da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), que realizou cruzamentos estatísticos com os números do IBGE, mostrando que apenas 1% dos aposentados conseguem arcar com seus custos.
E a situação pode piorar, segundo dados da UnB, 30 milhões de postos de trabalho substituíveis daqui 6 anos, causando uma dependência pelo básico na sua subsistência caso nada seja feito. No final, os trabalhadores poderão ser descartados para outras máquinas entrares no lugar e continuar o ciclo que não tem fim.
Por definição, a Universidade surge como o precursor do desenvolvimento das sociedades ao longo do mundo, dando suporte aos acontecimentos que a sucedem, como as revoluções industriais. Infelizmente, as Brasileiras demoraram 375 anos para existir em comparação com a primeira das américas (Universidade de São Domingos-1538;Wikipédia). E esse atraso não se reflete apenas em números, o Brasil possui investimentos em educação acima da média mundial, com a pior nota do World Competitiveness Yearbook – WCY
Parafraseando Ozires Silva, ex-ministro da Infraestrutura e ministro das Comunicações do Brasil, em conversa com os juízes que avaliam o nobel “estamos matando nossos heróis” – Referindo-se não apenas ao Nobel, mas em outras as áreas, pois a faculdade tende a não conseguir manter sua missão de formar cidadãos.
Diante deste cenário, muitas soluções para a educação vem sendo desenvolvidas, e destaca-se o empenho dos próprios estudantes na luta por uma educação mais democrática e atualizada com a realidade atual. Em meio ao ano em que milhões de estudantes foram inseridos no EAD, o exemplo do Zenite, plataforma planejada por estudantes que visa deixar disponível conteúdos educacionais e interativos para estudo.
De acordo com os responsáveis pela plataforma, o objetivo é tornar o conhecimento mais acessível, pensando na necessidade das pessoas que têm dificuldade de encontrar um emprego, pessoas que buscam ficar atualizadas, aqueles que pensam em mudar de profissão e se sentir mais realizado, entre outros.
Observando a taxa de desemprego de 29,7% entre jovens de 18 a 24, o Zenite pretende dar atenção redobrada para os jovens, que tem mostrado grande dificuldade no ingresso ao mercado de trabalho.
“Muitas escolas e faculdades não nos preparam para o mercado de trabalho. Em meio a tanta inovação e tecnologia, ainda tem estudantes com dificuldades em informática, oratória, finanças pessoais e não sabem o básico de um segundo idioma, precisamos avançar.” Segundo Marcos Vinicius, um dos responsáveis pela criação da plataforma.
Para desenvolver, os estudantes estão buscando doações por meio do crowdfunding – financiamento coletivo para ideias, projetos e ajudas – conhecido por muitos como “vaquinha”. Por isso, a plataforma promete que não será preciso gastar dinheiro para assistir às aulas. E segundo os criadores se for preciso gastar para se equiparar com o restante do mundo, não será necessário ter “nascido em berço de ouro”. Com planos acessíveis, buscam possibilitar que as pessoas igualem-se com grandes referências do mundo.
A startup terá 60 dias para alcançar a meta de 15 mil reais para financiar a criação da plataforma, formalização do projeto e lançamentos dos cursos a serem disponibilizados para a comunidade. E convocam apoiadores, estudantes e todos os cidadãos por meio da missão de quebrar as estatísticas educacionais brasileiras, e impedir o desmonte em massa que a tecnologia irá causar no futuro.
Baseado na pesquisa de Oxford, que estudou os Estados Unidos, conclui-se que “47% dos empregos estão sujeitos a automatização”. A velocidade de surgimento e morte de empregos aumenta com o avanço da tecnologia e um exemplo são os motoristas de transporte coletivo como a Uber, possibilitando o inimaginável como gerar renda com seu carro. Com o investimento dela e de outras empresas em automatização, a Uber (na faixa de 1 bilhão de dólares) não precisará de muito tempo para incluir veículos autônomos em sua realidade.
Os membros do Zenite, terão o poder de tomada de decisões coletivas, com modalidades criadas na mesma necessidade dos usuários. Remunerando os membros ativos da plataforma e destinando parte do faturamento da startup para ONGs que são fundamentais na manutenção da sociedade.
Segundo os idealizadores, o projeto tem como objetivo ser um ciclo para levar a inovação para dentro das faculdades, trazendo facilidades e melhorando a vida do estudante e dos futuros ingressantes.
Mais de 30 milhões de jovens atuam no mercado informal e 23 milhões não estudam, nem trabalham, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Piorando este cenário, são os mais atingidos pelo desemprego, com a taxa de desemprego em 29,7%, segundo dados indicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E ainda que sejam os possíveis precursores da inovação no futuro, perdem oportunidade e a possibilidade de mudar o país.
Website: https://www.kickante.com.br/campanhas/plataforma-educacional-zenit