Brasil lidera demanda por leites e derivados à base de vegetais na América do Sul

São Paulo, SP 2/12/2019 – O estudo da Mordor Intelligence calcula que 85% dos brasileiros possuem algum nível de intolerância à proteína do leite de origem animal.

O crescimento das doenças alérgicas e de intolerância à proteína dos leites de origem animal deve impulsionar em mais de 5% a demanda no mercado sul-americano dos leites e derivados vegetais, nos próximos cinco anos. O movimento também é favorecido pelo aumento na popularidade das dietas veganas, comprovadamente mais benéficas e funcionais para o organismo. O estudo da Mordor Intelligence calcula que 85% dos brasileiros possuem algum nível de intolerância à proteína do leite de origem animal, ante 69% dos chilenos e 60% dos argentinos.

Transformação mundial

Mundialmente, cerca de 70% dos consumidores estão mudando de dieta para prevenir obesidade, diabetes e colesterol, segundo a rede de supermercados britânica Sainsburys. A transformação é impulsionada pela mudança sem precedentes da população, cada vez mais consciente em relação às causas ambientais e ao cuidado com os animais. De acordo com projeções de um estudo realizado pela Sainsburys, tradicional rede de supermercados britânica com mais de 150 anos de existência, um quarto da população britânica será vegetariana e metade ‘flexitariana’, em 2025.

Mercado consolidado no Brasil

A consolidação do mercado brasileiro de leites e derivados vegetais tem atraído uma série de investimentos. A Consultoria Mordor intelligence calcula que o mercado brasileiro deverá movimentar mais de US$ 600 milhões em 2020.

Empresas como a brasileira Vida Veg apostam alto nessa tendência. A companhia deve inaugurar no final deste ano a maior e mais moderna fábrica de produtos frescos à base de vegetais do País, o que irá causar um grande impacto no segmento de produtos veganos e substitutos lácteos, nos próximos anos. O portfólio de produtos 100% vegetal oferece aos consumidores iogurtes, shakes, queijos, requeijões e a nova linha de leites vegetais frescos nos sabores de coco, amêndoas e castanha de caju.

Anderson Rodrigues, diretor executivo da Vida Veg, afirma que os lácteos de origem vegetal produzem menor impacto ambiental em comparação com os produtos de origem animal. “A produção de cada litro de leite de amêndoas ou de coco demanda 70% menos água em comparação ao leite de vaca, além de não precisar explorar nenhum animal”, explica.

Aposta no Brasil

A multinacional de origem grega Violife também desembarcou oficialmente no Brasil e já pode ser encontrado em diversos pontos de vendas pelo país. O portfólio contempla uma linha completa de “queijos” do tipo mozzarela, prato, parmesão, feta entre outros. Os alimentos são livres de alergênicos comuns, lactose e glúten, por tanto atendem a uma demanda crescente de pessoas com intolerância a estes tipos de alimentos e de pessoas celíacas.  Os queijos veganos da Violife estão entre os mais consumidos nos Estados Unidos e ficaram entre as 20 marcas de queijo mais vendidas no Reino Unido em 2018 – sendo o primeiro do tipo vegano a aparecer na tradicional pesquisa da The Grocers.

“O mercado brasileiro apresenta um grande potencial no atual cenário e certamente o consumidor vai gostar dos nossos produtos. No teste cego, é muito comum confundirem com o queijo de origem animal”, explica Paulo Treu, diretor da Global Picks Brasil, empresa responsável pela venda no País.

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