Compromissos assumidos colaboram para a construção de um futuro sustentável

São Paulo – SP 7/12/2020 – O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu que o país será zero líquido até 2050.

O governo dinamarquês, maior produtor de petróleo da União Europeia, acaba de anunciar que proibirá toda a produção de petróleo progressivamente até 2050.

Os próximos anos são cruciais para lidar com a emergência climática. A desaceleração industrial devido à pandemia de COVID-19 não reduziu os níveis recordes de gases de efeito estufa concentrados na atmosfera e que favorecem condições climáticas extremas, afirma a Organização Meteorológica Mundial (WMO).

“O ano de 2020 trouxe consigo enormes desafios. Um dos que chamou atenção em nível nacional e internacional foram as questões ambientais. Isto tem tomado grandes proporções e gerado excelentes iniciativas”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

O Painel de Alto Nível para a Economia Sustentável do Oceano (Painel do Oceano) apresentou no dia 2 de dezembro uma nova agenda de ação do oceano, juntamente com compromissos assumidos e nova investigação. Os 14 líderes mundiais do Painel do Oceano comprometeram-se a gerir de forma sustentável 100% da área oceânica sob jurisdição nacional até 2025, orientada pelos Planos de Oceano Sustentável. Os países irão trazer uma abordagem holística à gestão dos oceanos que equilibre a proteção, produção e prosperidade em quase 30 milhões de km2 de águas nacionais-uma área do tamanho de África.

O Painel do Oceano também apelou a líderes de estados costeiros e oceânicos em todo o mundo para se juntarem no compromisso, com o objetivo de realizar em 100%, para que todas as Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) sejam geridas de forma sustentável até 2030.

O Canadá acaba de se juntar a um número crescente de grandes economias, incluindo Japão e Coréia do Sul, que se comprometem a atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. A notícia foi dada pelo governo liberal de Justin Trudeau a partir da introdução de uma nova lei que ainda precisa ser aprovada no legislativo. O anúncio canadense segue de perto uma tendência global.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu que o país será zero líquido até 2050. Antes a China já havia anunciado que será neutra em carbono até 2060. Mas outros países, incluindo Nova Zelândia, Dinamarca e Reino Unido, têm uma legislação que torna obrigatórios os objetivos de redução de emissões de curtos e longos prazos, enquanto a legislação canadense apresentada agora mira apenas em metas tardias. “Há outras diferenças: as emissões do Reino Unido diminuíram em 45% desde 1990 e mais acentuadamente desde que a Lei de Mudança Climática do país foi aprovada em 2008, enquanto as emissões do Canadá aumentaram em 21% no mesmo período”, relata Vininha F. Carvalho.

O governo dinamarquês, maior produtor de petróleo da União Europeia, acaba de anunciar que proibirá toda a produção de petróleo progressivamente até 2050. E já a partir da sexta-feira, 4 de dezembro, não serão mais emitidas novas licenças de exploração e produção nas águas offshore dinamarquesas no Mar do Norte. Com a decisão, a Dinamarca se torna o primeiro grande produtor de petróleo a colocar uma data final nas atividades de exploração e produção.

“Com sua decisão de encerrar permanentemente as rodadas de exploração, a Dinamarca se destaca como a primeira nação desenvolvida a reconhecer não apenas a prioridade da transição energética, mas também a necessidade de se afastar desse mercado e deixar que outras nações menos afortunadas economicamente sejam as que se beneficiarão de qualquer orçamento remanescente para o desenvolvimento de petróleo e gás”, afirma Amy Myers Jaffe, professora da Tufts University Fletcher School e diretora administrativa do Centro do Climate Policy Lab.

“Existe ainda um longo caminho a ser percorrido para a construção de um futuro sustentável. Ele exige firmeza no objetivo. O mais importante, no momento, é saber compartilhar as experiências internacionais. Juntos, os países poderão traçar estratégias e encontrar uma situação que trará muitos benefícios ao planeta”, conclui Vininha F. Carvalho.

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