Diabetes atinge mais de 12 milhões de brasileiros

Copacabana, RJ 13/11/2019 – O diabetes ocorre quando o corpo não consegue armazenar e usar o açúcar transformado em glicose. Dessa forma, a glicose não atinge as células que deveria

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou o diabete como prioridade de saúde para 2019 doença crônica que atinge cerca de 12,5 milhões de pessoas apenas no Brasil – o que equivale a 7% da população. Para chamar a atenção para essa situação, a Federação Internacional de Diabete (IDF) e a OMS criaram o Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro, em homenagem ao aniversário de Sir Frederick Banting, que codescobriu a insulina. Todos os anos, a campanha do Dia Mundial do Diabetes se concentra em um tema, e o de 2019 é “Família e Diabetes”.

Segundo a dra. Luciana El-Kadre, coordenadora do Centro de Diabetes e Obesidade do Hospital São Lucas Copacabana, os motivos do aumento do número de pessoas acometidas pelo diabetes no Brasil são os mesmos vistos em outros países: alta taxa de obesidade – cerca de 20% da população -, consumo excessivo de álcool, hipertensão arterial e urbanização, com elevação dos níveis de poluição do ar.
“O diabetes ocorre quando o corpo não consegue armazenar e usar corretamente o açúcar transformado em glicose. Dessa forma, a glicose não atinge as células certas, o que pode levar a diversas complicações graves, como infarto, derrame, insuficiência renal, perda de visão e amputações”, explica a médica. A glicose alta mata 4 milhões de pessoas por ano.

Conhecendo os tipos de diabetes

O diabetes tipo 1, geralmente hereditário e responsável por cerca de 5% dos casos, acontece com maior frequência em crianças e adolescentes, mas também pode ocorrer em adultos. Nesses casos, o sistema imunológico ataca as células que produzem insulina no pâncreas. Atualmente, essa versão da doença não tem cura, mas o tratamento pode controlar os sintomas, incluindo abordagens como terapia genética, uso de células-tronco e transplante de ilhotas pancreáticas.

Já o tipo 2 aparece à medida que as pessoas ficam mais velhas, mas, atualmente, existem muitos casos em crianças e adolescentes. Aqui o pâncreas produz insulina, mas o corpo é incapaz de processá-la de forma adequada, tornando-se resistente a ela. Segundo a dra. Luciana, o estilo de vida pouco saudável pode ser determinante. Nos casos de diabetes tipo 2 na presença de obesidade, a partir da classe I (IMC > 30 kg/m2), a cirurgia metabólica pode colocar a doença em remissão. Muitas pessoas com diabetes apresentam características que dificultam a distinção entre os tipos 1 e 2.

Como diagnosticar

Os sintomas tanto do diabetes tipo 1 quanto do tipo 2 podem ser inespecíficos, o que pode atrasar o diagnóstico da doença. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais rápido o paciente poderá melhorar sua qualidade de vida.

“Para ser considerado diabético, o paciente deve apresentar níveis de glicose superiores a 126 mg/dL em jejum. O exame deve ser repetido constantemente para confirmar a condição”, afirma a dra. Luciana.

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