Dicas para começar 2020 sem dívidas e tranquilo

18/11/2019 –

O número de famílias endividadas caiu no mês de outubro, mas o índice continua alto. Projetar as despesas e diminuir gastos é o primeiro passo para ter um 2020 no azul

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo -, mostrou que o brasileiro passou mais um ano no aperto. Guardar dinheiro e realizar alguns sonhos estão entre as principais promessas das pessoas, porém, por diversos motivos, nem todos conseguem colocar este planejamento em prática.

Embora tenha caído, o número de desempregados no país continua alto: 12,5 milhões de pessoas, segundo do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Vários indivíduos optaram pelo trabalho informal para obter algum tipo de remuneração, valor este que oscila bastante, afinal o rendimento varia de um mês para o outro. Uma queixa que tem se tornado muito comum, são os salários baixos; para recolocar-se no mercado de trabalho, muitos chefes de famílias têm preenchido vagas que oferecem 30% a menos do salário anterior do profissional…E seja qual for a situação, todos necessitarão de um reajuste orçamentário no lar”, declara o Professor Carlos Afonso, que também é autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho.

De janeiro a setembro, o ano de 2019 registrou alta no número de endividados, sequência que só foi quebrada apenas em outubro. Segundo a CNC, 64,7% do total de famílias relatou ter dívidas – contra 65,1% no mês anterior. Contudo, este percentual aumentou em relação a outubro de 2018, quando o índice foi de 60,7%.

Na comparação mensal, houve aumento das famílias com dívidas ou contas em atraso (24,9% contra 24,5%), e aquelas que declaram não ter condições de pagar as contas ou dívidas atrasadas e que, portanto, permaneceram inadimplentes (10,1% antes 9,6%). O cartão de crédito configurou como o principal tipo de dívida do brasileiro, sendo apontado por 78,9% das famílias endividadas. Em seguida aparecem os carnês (15,5%) e o financiamento de carro (9,5%).

Mediante as circunstâncias, o Professor Carlos dá quatro dicas para terminar o ano sem dívidas e começar 2020 com o pé direito. “É preciso que cada um reflita: o que foi feito em prol da sua saúde financeira e da família? Se a pessoa trabalhou para colocar as finanças em ordem, isso é bastante positivo. Mas, se nada foi feito, vamos trabalhar para reverter essa situação”, aponta ele, que compartilha:

Orçamento para os presentes de Natal: estipule um orçamento para os presentes de final de ano. Faça uma lista com os nomes daqueles que receberão presentes ou lembrancinhas de Natal. Lembre-se que, quanto antes você começar a comprar os presentes, mais tempo terá para pesquisar preços e pechinchar. Além disso, recomenda-se não deixar para fazê-lo na última hora.

Ainda, dependendo da situação, vale uma decisão mais radical e optar por não comprar presentes ou lembrancinhas, e deixar os agrados para o ano seguinte, com mais alegria e sem preocupações com as contas.

O mundo não acabará em 31/12/2019: acredite, após a meia noite do dia 31 de dezembro, teremos o dia 01 de janeiro, ou seja, o mundo não acabará. Portanto, é certeza que você precisará de reservas para pagar contas tradicionais de início de ano: IPVA, IPTU, material escolar e a fatura do cartão de crédito com os gastos das férias. Dica: reserve uma parte do 13º salário para fazer frente a essas despesas.

Ainda não está controlando suas despesas? Se você ainda não está fazendo o controle das suas despesas por meio de uma planilha ou através de um aplicativo, saiba que você está incorrendo em pecado mortal. Quem não sabe onde emprega o dinheiro, não tem a menor condição de planejar o futuro. Colocar as contas em ordem e monitorá-las é o primeiro passo.

Controle a compulsão por gastar: precisamos aprender a consumir somente aquilo que realmente é necessário para sobrevivência. O consumo desenfreado e sem planejamento, além de ser um problema para nossas finanças (pois normalmente ocorrem por impulso), também é um problema para a natureza, uma vez que usamos mais e mais recursos. Consumo consciente é a grande sacada. Todos ganham: nós e a natureza.

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