Brasil 6/4/2020 – Se as empresas não reconheciam a importância de apoiar os funcionários por meio de benefícios para a saúde mental, isso deve ficar claro agora
Em tempos de coronavírus, empresas adoram postura de preocupação com a saúde mental dos seus colaboradores, incluindo novos benefícios em seus programas de assistência e remuneração. As gerações Y e Z são as principais responsáveis pela mudança.
Aos poucos a pandemia do coronavírus vai mudando a realidade do Brasil e do mundo, nos mais variados e inesperados aspectos. Exemplo disso, é o que ocorre nos Estados Unidos, onde os profissionais de RH têm apontado uma valorização dos benefícios voltados para a saúde mental dos colaboradores.
Em um artigo que faz parte de uma série intitulada “Better Capitalism”, o portal de negócios Business Insider revela que esta mudança já é observada em grandes empresas, como StarBucks e PwC, e até mesmo pelos próprios players de produtos e serviços voltados à saúde mental.
Desde as últimas semanas, empresas têm seus colaboradores trabalhando de casa. Alguns fazem isso ao mesmo tempo que cuidam de seus filhos e familiares, outros completamente sozinhos, isolados da família e amigos. Em uma realidade como esta, os níveis de ansiedade e estresse podem se acentuar, resultando em transtornos mentais que afetam a saúde da pessoa como um todo.
Michael Fenlon, head de RH da PwC, afirma que “Se as empresas não reconheciam a importância de apoiar os funcionários por meio de benefícios para a saúde mental, isso deve ficar claro agora”.
A ansiedade no trabalho no Brasil e no mundo
O impacto do vírus preocupa tanto no ponto de vista da saúde, quanto da economia e da segurança. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, estas novas preocupações podem contribuir para níveis elevados de ansiedade.
No Brasil, segundo estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população) têm transtornos relacionados com a ansiedade. Este é o maior número de ansiosos por país no mundo.
Um exemplo de como os níveis de ansiedade são afetados pelo COVID-19 é apontado pelo Benefi, portal especialista em gestão e recursos humanos: a pesquisa pelo termo “Ansiedade” no Google atingiu seu pico na semana entre 22 e 28 de março no Brasil. Comparando com o mesmo período no ano anterior, o crescimento foi de 38%.
Fazendo outra comparação, agora com o termo “trabalho remoto”, a grande mudança no ambiente da maioria das empresas durante a pandemia, Benefi revela que em determinados dias os números são tão discrepantes que chegam a 3 buscas sobre a modalidade de trabalho à distância a cada 100 sobre ansiedade.
A valorização dos benefícios relacionados à saúde mensal
Segundo dados de 2019 revelados em relatório da SHRM (Society for Human Resource Management), cerca de 13% das empresas americanas fornecem acessos a programas de gerenciamento de estresse e 11% oferecem benefícios voltados a práticas de Mindfulness e Meditação.
Após a pandemia do coronavírus, segundo artigo da Business Insider, estes índices devem aumentar. Nas grandes empresas, este fenômeno já pode ser observado com mais facilidade. Fenlon afirma que a PwC recentemente introduziu sessões de coaching votadas ao bem-estar, onde os funcionários podem procurar um profissional para discutir qualquer assunto que pode estar lhe causando estresse. A empresa também criou uma comunidade online para que seus colaboradores possam discutir os desafios que estão enfrentando em decorrência do coronavírus.
O artigo também revela que esta valorização já é sentida pelos próprios provedores deste tipo de benefícios. É o caso do Headspace, aplicativo de meditação que registrou um crescimento de 400% nas solicitações de empresas que ainda não eram clientes, buscando oferecer suporte para o bem-estar mental de seus colaboradores. Para se ter uma ideia, a ferramenta já é parceira de gigantes como Starbucks, Adobe e GE.
Aos poucos a tendência pode se confirmar no Brasil
Embora o contexto social e econômico brasileiro seja bem diferente do americano, o artigo do portal Benefi defende que, aos poucos, situação parecida deve se repetir no mercado nacional. “Trancados em casa, aos poucos vamos entendendo a importância da se preocupar com a saúde mental. Mesmo que poucas empresas sejam capazes de incluir programas de bem-estar em seus benefícios, ainda mais em um momento como este, novas soluções e pontos de vista devem surgir. A prática de exercícios, busca de versões freemium de apps de meditação, e dicas relacionadas à análise de perfil e autoconhecimento devem ganhar nova relevância nesta realidade pós coronavírus”.
Leia artigo completo em: https://benefi.com.br/beneficios-para-saude-mental-sao-tendencia-em-empresas-apos-o-coronavirus/
Website: https://benefi.com.br