“Não podemos retroceder”, diz Luiz Alberto sobre novo presidente da CDH

Brasília, DF 7/3/2013 – Não podemos retroceder na luta pela garantia dos direitos humanos no Brasil. Com tal indicação teremos uma Comissão baseada nos princípios conservadores de um grupo religioso

O presidente da Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombos, deputado federal Luiz Alberto (PT/BA), criticou nesta quarta-feira, 06 de março, a indicação do deputado pastor Marco Feliciano (PSC) para presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. Foi do cristão a declaração, postada no Twitter, em 2010, que “os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”.

“Não podemos retroceder na luta pela garantia dos direitos humanos no Brasil. Com tal indicação teremos uma Comissão baseada nos princípios conservadores de um grupo religioso. O deputado Feliciano já deu provas de uma conduta racista, homofóbica e machista”, disse Luiz Alberto.

O parlamentar baiano lembrou que o Brasil já teve avanços significativos na luta em defesa dos negros, das mulheres, dos movimentos LGBTT e contra a intolerância religiosa. Para ele, a CDH tem um papel de contribuir para garantir e consolidar os direitos de grupos que sempre tiveram suas garantias negadas pelo Estado. “Portanto, não pode ser ocupada por alguém que vem caminhando na contramão do processo democrático do nosso país, declarou o petista baiano”, disparou.

“O referido deputado incita de forma bastante preconceituosa e violenta o ódio a comunidade LGBTT. O mesmo postou em seu Twitter que ‘os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé’ e que essa ‘maldição’ é o que explicaria o ‘paganismo, o ocultismo, miséria e doenças como ebola’ na África. Ele já se manifestou também contra a legalização do aborto”, afirmou o petista.

Foto: Agência Câmara

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