O uso excessivo de smartphones e tablets pode gerar problemas nas mãos e no punho

São Paulo – SP 18/12/2019 – Esse hábito também pode gerar inflamações dos tendões: “É muito frequente, na nossa rotina, nos depararmos com paciente com esse tipo de queixa…”

Com a evolução da tecnologia, a dependência pelos aparelhos eletrônicos foi se tornando algo cada vez mais comum, seja por questões profissionais ou apenas por entretenimento.

Atualmente, é grande o número de pessoas que passam horas utilizando aparelhos eletrônicos como tablets e smartphone, e com certeza muitas nem sabem o quanto o uso excessivo destes itens pode causar sérios problemas, como lesões nos polegares e nos punhos, devido aos movimentos repetitivos dos tendões e músculos.

De acordo com o médico especialista em mãos, dr. Fernando Moya, esse hábito também pode gerar inflamações dos tendões: “É muito frequente, na nossa rotina, nos depararmos com paciente com esse tipo de queixa – de dores em setores da mão e punho. – Durante a anamnese, história clínica, tentamos identificar se tais pontos têm relação com o uso excessivo das mãos nas atividades rotineiras. Não raro temos essa associação entre o uso exagerado dos aparelhos eletrônicos e o aparecimento das alterações. A inflamação por sobrecarga de músculos e tendões pela repetição de movimentos e posturas inadequadas são bastante comuns”.

Doenças causadas pelo uso excessivo dos aparelhos eletrônicos

A tendinite é a doença mais frequente em indivíduos que utilizam smartphones e tablets em excesso. A princípio, a lesão pode surgir apenas como uma pequena dor, ou seja, um desconforto nos músculos da mão, a chamada mialgia. Mas logo pode evoluir para outras doenças, como a artrite e a tendinite.

Na maioria dos casos, o dedo mais afetado é o polegar, por ser o mais utilizado durante a digitação nos aparelhos eletrônicos “O polegar em si tem uma gama de movimentos muito ampla, sendo então bastante suscetível a alterações. A alteração mais observada realmente são as tendinites, São registrados tanto o acometimento dos tendões extensores como dos flexores.”, afirma o dr. Fernando Moya.

Um dos maiores indicativos de tendinite é a dor recorrente, que pode permanecer ativa por pelo menos um mês, além da rigidez muscular e o inchaço, que também podem afetar a região. Quando o indivíduo começa a sentir sensações como estas, o ideal é que ele consulte o médico especialista em cirurgia da mão, que indicará o tratamento adequado.

Como evitar a tendinite

O uso do smartphone ou tablet é algo difícil de ser evitado, principalmente porque já fazem parte do dia a dia das pessoas. Porém, existem algumas maneiras corretas de utilizá-los, e que podem ajudar a evitar esse tipo de problema. “O ideal quando se trata de prevenção, na minha opinião, se resume a alguns cuidados: não permanecer muito tempo executando a mesma tarefa, ou seja, programar pausas durante a atividade; manter-se bem alongado e fortalecido – as estruturas envolvidas são músculos e tendões, portanto quanto mais desenvolvidos estão, menor a chance de desenvolver lesões; postura adequada também ajuda a evitar maiores compressões articulares e sobrecargas tendíneas”, explica Fernando.

A melhor forma de tratamento

Em geral, o processo de recuperação da tendinite pode ser dividido em partes, por exemplo, a primeira é focada em aliviar os sintomas, e a segunda nos procedimentos que podem até mesmo evitar que o problema aconteça novamente.

A reabilitação e o repouso são estratégias que compõem a primeira parte da recuperação e precisam ser seguidas à risca, principalmente o tempo de repouso, para que as lesões do tendão sejam recuperadas e o paciente retome suas atividades.

A segunda parte do tratamento consiste em evitar que o problema reapareça, desta forma, a prática de atividades físicas poderá fortalecer a região dos antebraços, fazendo com que os tendões não sofram tanto com o desgaste.

Em alguns casos, um pouco mais críticos, o médico poderá indicar uma cirurgia no local afetado. “Existem casos muito raros de necessidade cirúrgica nesses tipos de lesão. Apenas situações muito peculiares levam para esse caminho. Portanto, na minha prática do dia-a-dia, eu invisto muito minhas fichas no processo de reabilitação. Aqui podemos incluir não somente a fisioterapia bem como a terapia ocupacional para o auxílio e recuperação dos pacientes”, finaliza.

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