São Paulo, SP 4/3/2020 – A procura, no Brasil, por empresas que possuem know-how na gestão de CMEs já é uma realidade e companha uma tendência que há anos vem sendo adotada na Europa.
Ao longo das décadas, o bom desempenho das Centrais de Materiais e Esterilização (CMEs) tem sido estratégico à engrenagem de toda cadeia produtiva da unidade hospitalar. Elas são elementares à realização dos principais procedimentos médicos dentro do hospital, desde os mais simples aos mais complexos. Quando funcionam bem, seus benefícios não passam de obrigações em nome da segurança e da qualidade. Porém, quando apresentam problemas operacionais, o que se vê como resultado é um emaranhado de consequências que afetam diretamente a qualidade da assistência prestada pelo estabelecimento.
Garantir a qualidade e a segurança do processamento de materiais utilizados na assistência hospitalar representa um dos pilares do controle e da prevenção de infecções. Com o passar dos anos, as CMEs foram ganhando importância devido à própria evolução da Medicina, que ampliou consideravelmente o leque de procedimentos cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos. O aumento na demanda e da complexidade de cirurgias passou a exigir a devida esterilização de um grande arsenal de instrumentos. Além disso, outros fatores contribuíram para as transformações pelas quais vêm passando as CMEs, a exemplo das evoluções tecnológicas dos instrumentos, que incorporaram materiais de diferentes tipos; as mudanças na legislação, com a adequação da RDC 15 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que passou a estabelecer condições físicas de funcionamento dessas centrais; até as boas práticas do ambiente, atreladas a metas gerenciais e de segurança.
Essas transformações têm exigido um olhar mais criterioso por parte das administrações hospitalares. “Pelo mundo afora, essa exigência, que tem colocado as CMEs no epicentro da produção hospitalar, levou o setor a buscar novos conhecimentos, métodos e tecnologias, capazes de aumentar a capacidade de esterilização e produtividade, além de reduzir significativamente o tempo de reprocessamento e os gastos operacionais”, explica Diego Pinto, executivo da Bioxxi, empresa brasileira líder no mercado de processamento de materiais médico-hospitalares. De acordo com ele, graças a essas tecnologias, está sendo possível otimizar o uso de arsenal disponível dentro dos hospitais, o que permite que uma maior quantidade de cirurgias possa ser agendada por dia. “Além disso, os estabelecimentos estão reduzindo drasticamente o atraso ou o cancelamento de cirurgias que antes ocorriam por falta de material na CME”, complementa Diego.
De acordo com ele, a procura, no Brasil, por empresas que possuem know-how em CMEs já é uma realidade e acompanha uma tendência que há anos vem sendo adotada na Europa e nos Estados Unidos. Diego lembra que a ideia de terceirizar as CMEs não é nova e se explica por motivos semelhantes aos que levaram, anos atrás, as unidades hospitalares a abrirem mão de serviços de alimentação, lavanderia, segurança e limpeza, por exemplo, entregando-os a empresas especializadas. “Isso porque é mais importante para as gestões hospitalares concentrarem esforços em atividades para as quais se destinam, que é a assistência à saúde. Desta forma, atividades-meio, como o processamento de materiais médico-hospitalares, deixam de ser mais uma dor de cabeça às administrações hospitalares e passam a ser executadas por empresas que possuem experiência e total competência, não apenas para realizar a atividade, como para melhorar os indicadores de eficiência e a redução de custos operacionais”, ressalta o executivo.
Cenário preocupante
A terceirização das CMEs pode ser a solução para um cenário preocupante de funcionamento de várias centrais pelo país. Ainda é comum encontrarmos, pelo Brasil, unidades hospitalares que atuam sem a devida importância à CME. Essa constatação pode ser facilmente demonstrada em uma série de variantes, que vão desde a falta de estrutura física adequada, passando pela utilização de equipamentos antigos e sem a devida manutenção, a deficiência de padronização de processos de trabalho, de qualificação profissional, e a falta de indicadores externos para serem tomados como referenciais de produção.
Não raramente, esses estabelecimentos defrontam-se com problemas relacionados a atrasos ou cancelamentos na realização de cirurgias, simplesmente por não terem condições de garantir o fornecimento dos materiais esterilizados para o procedimento. Se não podem garantir que sejam executadas as cirurgias já programadas, mais difícil, senão impossível, é conseguir expandir os números de procedimentos. Desta forma, este passa a ser, também, um obstáculo para ampliação de receita para a unidade.
Quais são as vantagens de terceirizar as CMEs?
No pacote de transformações que a Bioxxi entrega, como metodologia de gestão de CME, está: a contratação e a gestão de todos os colaboradores responsáveis pelos serviços executados na CME – isso proporciona aumento nos índices de produtividade e eficiência; a otimização, a reorganização e a padronização de todo o fluxo de trabalho do setor – isso elimina desperdícios e reduz o tempo de realização das atividades; o fornecimento de insumos com alto padrão de qualidade e segurança – isso gera redução de custos, viabilizada pela negociação em larga escala, com rede de fornecedores qualificados; a implantação de sistema eletrônico de rastreabilidade para controle das etapas do processo, aplicando metodologia de marcação do arsenal disponível, e fornecendo indicadores estratégicos; a realização de programas de manutenção, calibração e validação dos equipamentos.
Texto originalmente publicado na Revista Visão Hospitalar – 30º Edição
Website: http://bioxxi.com.br