Plásticos: quatro motivos para repensar pré conceitos

São Paulo 29/1/2020 – Priorizamos o uso da tecnologia em toda a nossa produção e desenvolvimento de produtos para que o plástico possa ser durável e dessa forma, mais sustentável

Vistos como vilões do meio ambiente, os polímeros, verdadeiras nano-obras criadas por “engenheiros moleculares” e comumente chamados de “plásticos”, estão no centro das atenções de ambientalistas e das acaloradas discussões nas redes sociais.

Há alguma aplicação onde materiais resultantes da polimerização podem ser utilizados com benefícios ao planeta? A seguir, quatro reflexões sobre o tema.

1- A questão não é o material, mas o uso

Em primeiro lugar, é preciso se ter em mente que qualquer material pode prejudicar a natureza se mal utilizado ou mesmo aplicado de forma irresponsável.

E com os plásticos não é diferente: o mal uso por décadas de polímeros criou um passivo ambiental nos aterros e centros de reciclagem, um verdadeiro desafio para nossa cultura de consumo de produtos descartáveis.

Para o doutor em química orgânica e professor do Instituto Federal do Farroupilha, Leandro Marcon Frigo, o termo “plástico” sempre gerou confusão por ser amplo e englobar desde os polímeros de baixa densidade, usados na fabricação de sacolinhas, por exemplo, e os materiais de alta densidade e resistência, aplicados na fabricação de carros e até aviões.

“Plástico não é um vilão. Ele tem inclusive origem na mesma matéria-prima de alguns medicamentos, como determinados tipos de antibióticos e antirretrovirais. O que torna o plástico um vilão, assim como acontece com a borracha e com os outros polímeros, é maneira como eles são utilizados. Quando usados de forma racional e sustentável, podem ser muito importantes.”, afirma Frigo.

2- Aplicabilidade e substituição de materiais tradicionais

Longe de canudos, copinhos descartáveis, sacolinhas de supermercado e infinitos saquinhos de uso único, os plásticos vêm sendo utilizados para a alta tecnologia aplicada: o teflon, por exemplo, foi criado pela Agência Espacial Americana (NASA) como lubrificante sólido de acoplamento de partes das naves espaciais em ambiente sem atmosfera e de baixa – ou nenhuma – gravidade. A medicina utiliza próteses de polímeros plásticos para confecção de partes ou mesmo de órgãos inteiros, como o coração biônico moldado em plástico e que, em breve, pode substituir os naturais e garantir maior velocidade nas filas de transplantes, salvando milhares de vidas todos os anos.

3- A indústria não é a vilã, ela pode ser a solução

Quem vê a indústria do plástico como local sujo e poluente não imagina os processos e os avanços nas áreas de design, funcionalidade, ergonomia, reciclagem e tratamento de efluentes.

No Brasil, boa parte todo plástico de alta densidade (utilizado, por exemplo, para fazer as partes internas das geladeiras) já é reciclado, o que pode representar uma diminuição de até 90% no consumo de água nas unidades industriais.

Em escala global, empresas como o Grupo Keter, sediado Israel e presente em mais de 23 países e com produtos disponíveis no varejo brasileiro, já operam suas plantas com foco em matéria-prima reciclada, além de investir em pesquisas para novos materiais.

De acordo o diretor comercial da empresa, Hilario Camacho, “41% de toda a produção utiliza matéria-prima reciclada, o que significa que também somos o líder em reciclagem neste ramo. Em 2028, utilizaremos mais de 80% de matéria-prima reciclada”, afirmou.

Algumas das linhas de produtos do Grupo Keter têm materiais plásticos substituindo madeira e cimento com tanta desenvoltura técnica que permitem pintura, uso de furadeira, pigmentação com tinta e aplicação de textura, além de resistência à compressão e à torção. “Priorizamos o uso da tecnologia em toda a nossa produção e desenvolvimento de produtos para que o plástico possa ser durável. Dessa forma, eles são mais sustentáveis e resistentes às intempéries, do que produtos feitos de madeira, vime ou outro material que se desgastaria em poucos anos”, completa o diretor.

4- O futuro está logo ali

Uma nova geração de plásticos vem por aí. Eles são mais resistentes, mais “verdes”, mais duradouros e muito mais adequados aos princípios de design e funcionalidade.

Trata-se de uma revolução, como a ocorrida com a criação de tecidos sintéticos de alta qualidade, mas com um diferencial: a matriz sustentável, a economia de água e a geração de empregos com baixo impacto ambiental e social.

Por essas e outras razões a discussão a respeito dos plásticos precisa garantir a diferença do que é bom e o do que é ruim para as pessoas, daqueles materiais poluentes dos novos polímeros capazes de melhorar a vida de todos.

Quando alinhamos o uso consciente dos recursos à tecnologia, os benefícios podem ser aproveitado por todos.

Website: http://www.keter.com

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