Telemedicina e os tratamentos de reprodução humana

Londrina 14/4/2020 – Se há algo que estamos compreendendo é que o digital cria oportunidade. Aproxima, sim, e é um grande facilitador.

Consulta on-line é liberada pelo Conselho Federal e auxilia famílias a continuarem buscando pelo sonho de ter um filho

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu recentemente a possibilidade e a ética do uso da telemedicina no Brasil. A decisão vale em caráter excepcional e enquanto durar o combate à epidemia de Covid-19 e foi informada no último dia 19 em ofício ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Com o anúncio, o órgão contribui para o aperfeiçoamento e a máxima eficiência dos serviços médicos prestados no País. De acordo com o documento, a telemedicina poderá ser exercida nos seguintes moldes: teleorientação, que permite que médicos realizem a distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento; telemonitoramento, que possibilita que, sob supervisão ou orientação médicas, sejam monitorados a distância parâmetros de saúde e/ou doença; e teleinterconsulta, que permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

No Brasil, os médicos já estavam autorizados a realizar consultas online, assim como telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento médico à distância, desde o início de fevereiro.
Segundo a resolução nº 2.227/18 do CMF, a telemedicina é o “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”, e pode ser realizada em tempo real (síncrona), ou off-line (assíncrona). Já a teleconsulta é a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos.

“Se há algo que estamos compreendendo é que o digital cria oportunidade. Aproxima, sim, e é um grande facilitador”, comenta o médico especialista em reprodução assistida, Vinícius Stawinski, que continua a atender suas pacientes mesmo neste período de quarentena graças à telemedicina. “Nenhuma distância física impedirá você de dar o pontapé inicial para a realização do seu sonho! Vamos sonhar juntos. Vamos sonhar, idealizar e, no momento certo – que, eu creio, chegará em breve – estaremos executando as ações necessárias para que esse sonho se torne realidade!”, afirma.

Covid-19 e as grávidas
O médico especialista em reprodução assistida comenta que, apesar de grávidas não fazerem parte do grupo de risco, o fato é que ainda não há muitos dados sobre a doença. “A Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) se pronunciou e sugeriu evitar os procedimentos de transferências embrionárias, sejam a fresco ou congeladas, e indicou o congelamento de óvulos e embriões dos tratamentos em curso. Essa decisão está alinhada com a da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE)”.

Website: http://www.drviniciusstawinski.com.br

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