Uvesp realiza quarta edição da Caravana da Acessibilidade para mostrar os direitos e garantir a proteção

São Paulo 21/2/2013 – A sociedade só será inclusiva efetivamente se todos conhecerem os direitos das pessoas com deficiência

A sociedade só será inclusiva efetivamente se todos conhecerem os direitos das pessoas com deficiência e trabalharem pela proteção dos mesmos, segundo a secretária Linamara Rizzo Battistella, referência internacional na luta pelos direitos das pessoas com deficiência.

É sob a inspiração da secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que a UVESP- União dos Vereadores do Estado de São Paulo – inicia, no dia 22 de março, em Bebedouro, a “4ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania”, exatamente para discutir os direitos das pessoas com deficiência com prefeitos, vereadores, agentes públicos, educadores e especialistas em turismo.

“Levar todas as crianças com deficiência para os bancos escolares é a meta da secretaria. Pelo convívio, pelo aprendizado e pela igualdade de direitos, vamos ter uma geração disposta a, no mercado de trabalho, ajudar na riqueza dos seus municípios”, diz a Dra. Linamara Rizzo Battistella. Para ela, a parceria com a União dos Vereadores do Estado de São Paulo, encurta caminho para se chegar a cada município paulista. “Precisamos de um parlamento inclusivo, precisamos do coração de cada vereador. Queremos que cada um dos 6.909 vereadores do Estado tenha um olhar para o orçamento, procurando entender o quanto foi destinado para a área de inclusão e acessibilidade. Esse deve ser o papel do vereador. Que conheça os direitos das pessoas, mais do que isso, proteja esses direitos. Por isso essa parceria. Para que cheguemos perto daqueles que não alcançam seus direitos constitucionais”.

“É importante valorizar o mobiliário urbano dos municípios e formar o que chamamos de rotas estratégicas, para garantir a acessibilidade a escolas, hospitais, prontos socorros e, também, para o turismo”, diz o presidente da Uvesp, Sebastião Misiara. “Precisamos estimular a que as obras no município, obedecendo ao plano diretor, tenham preocupações com a eliminação das barreiras arquitetônicas”, afirma.

O PAPEL DA REDE DE ENSINO – As condições de inclusão têm o nosso foco principal. Os primeiros anos da Educação Fundamental são de competência das cidades. “É preciso que elas mantenham escolas preparadas e livres de barreiras para garantir a possibilidade de a criança realmente se incluir. É na escola que a gente quebra os preconceitos”, afirma Linamara.

A determinação, segundo informa, do governo do Estado, é que cada vez mais tornem os espaços públicos totalmente acessíveis. O Estado tem procurado acolher todos os jovens nos ensinos Fundamental, Médio, Técnico e Superior. Das cinco mil escolas, em torno de 1.500 contam com boas condições de acessibilidade.

Quanto ao mercado de trabalho, a secretaria diz que é preciso estimular a que se cumpra a lei de cotas. “O tema do emprego é maravilhoso”, diz. Lembra que é pela inclusão produtiva que as pessoas se sentem mais participativas. “Sua presença como cidadão tem muita dependência do quanto você ajuda a produzir a sociedade em que você vive”, enfatiza.

Para atingir o objetivo, com o estado fazendo a sua parte, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem uma parceria com a Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, através do Via Rápida para o Emprego, que visa capacitar olhando para as necessidades e vocação da região. Temos o ensino técnico e dialogamos com os sindicatos patronais para discutir as estratégicas de acolhimento nas empresas.

Quanto às coordenadorias, a secretária disse. “Mais do que parceiros, são nossos aliados”. Hoje dos 645 municípios, mais de 300 deles possuem uma instância, que pode ser uma secretaria, conselho municipal ou coordenadoria, tratando dos temas das pessoas com deficiência. “Claro que o ideal é atingirmos a todos os municípios. Esta também é uma das razões dessa quarta caravana”.

A secretária ratificou sua prioridade e seu maior desafio. “Queremos 100% das crianças com deficiência nas salas de aula”.

TURISMO ACESSÍVEL – A Secretaria e a UVESP trabalham no sentido de conscientizar os municípios paulistas de “interesse turístico” a investirem no turismo para receber as pessoas com deficiência que representam uma população de 46 milhões de brasileiros e 9 milhões de paulistas.

Misiara cita o exemplo da cidade de Socorro (SP) que cuidou da acessibilidade e se tornou hoje referência internacional, tanto que o programa “Turismo Sem Limites”, da Embratur objetiva trazer turistas da América do Sul para aquela cidade.

A acessibilidade no turismo, além da perspectiva social, contribui em muito para ampliar o fortalecimento dos municípios com a geração de emprego e renda.

Somente na Europa, segundo a Embratur, estima-se um público potencial de 80 milhões de pessoas para o turismo acessível.

“Investir na adaptação do turismo municipal e de seus roteiros é altamente positivo para os mega eventos que o Brasil vai receber, dentre eles as Paraolimpíadas de 2016”, diz Misiara.

AGENDA DA CARAVANA

BEBEDOURO – 22/03

VOTUPORANGA – 12/04

ITÚ – 26/04

LINS – 17/05

ARAÇATUBA – 21/06

REGISTRO – 09/08

PORTO FERREIRA – 13/09

LORENA 18/10

DRACENA – 22/11

CAMPINAS – 13/12

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