O número de migrantes detidos na fronteira dos Estados Unidos com o México já ultrapassou o recorde do ano passado e está perto de atingir 2 milhões pela primeira vez na história. De acordo com dados divulgados pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), foram feitas cerca de 1,82 milhão de capturas desde o último período fiscal, iniciado em outubro de 2021, número acima do recorde anterior de 1,66 milhão. Mais de 70% das pessoas detidas (1,29 milhão) eram adultos solteiros, possíveis migrantes econômicos sem um pedido válido de asilo.
O número de capturas não equivale à quantidade de migrantes presos ou autorizados a permanecer no país. Em julho, cerca de 18 mil imigrantes foram processados na fronteira dos EUA, incluindo solicitantes de asilo que o governo Biden permitiu entrar no país por motivos humanitários, de acordo com dados do governo.
Cerca de 40% das capturas registradas no mês passado resultaram na expulsão para o México ou seus países de origem, sem a oportunidade de buscar asilo. Essas expulsões rápidas estão autorizadas desde março de 2020 pela ordem de saúde pública do Título 42, criada pelo ex-presidente Donald Trump, e mantida em vigor no atual governo pelo tribunal federal. A expulsão, porém, tem resultado em um número maior de casos recorrentes na tentativa de travessia ilegal. No mês passado, cerca de 22% dos imigrantes indocumentados já haviam tentado entrar no país ilegalmente, sem a ameaça de sanções legais ou prisão.
Segundo dados divulgados pela CBP no ano passado, cerca de 46 mil brasileiros foram detidos na fronteira sul dos EUA, em comparação com 17 mil em 2019, ocupando o 6º lugar entre as nacionalidades detidas em 2021. “Existe muita desinformação no Brasil sobre os processos de imigração para os Estados Unidos. Corre um mito de que só é possível conseguir Green Card via asilo ou casamento com norte-americanos”, diz a advogada brasileira Renata Rocha, paralegal da Legally&Co Immigration na Flórida. Segundo a especialista, os Estados Unidos oferecem uma série de opções para brasileiros que buscam residência permanente no país. “Pessoas com habilidades especiais como artistas, atletas e empreendedores de diversos ramos podem aplicar para o visto O-1, por exemplo”, afirma.
Do mesmo escritório, a paralegal pós-graduada em Homeland Security, Jéssica Melo diz que tentar burlar a lei pode sair caro. “O investimento e o risco que se corre pagando um coiote é muito maior do que tentar fazer o processo legalmente”, afirma.
Parlamentares republicanos culpam as políticas do governo Biden pelo aumento de travessias ilegais nas fronteiras desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2021. Segundo eles, a promessa de Biden de reverter políticas mais restritivas, feitas durante a campanha eleitoral de 2020, colaborou para atrair mais imigrantes indocumentados ao país. “A última coisa que precisamos é dizer que vamos parar imediatamente o acesso ao asilo e acabar com 2 milhões de pessoas tentando entrar pelas fronteiras”, comentou o presidente em dezembro do ano passado. O marco, segundo reportagem do Wall Street Journal, está prestes a ser alcançado em 2022.
O número de migrantes detidos na fronteira dos Estados Unidos com o México já ultrapassou o recorde do ano passado e está perto de atingir 2 milhões pela primeira vez na história. De acordo com dados divulgados pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), foram feitas cerca de 1,82 milhão de capturas desde o último período fiscal, iniciado em outubro de 2021, número acima do recorde anterior de 1,66 milhão. Mais de 70% das pessoas detidas (1,29 milhão) eram adultos solteiros, possíveis migrantes econômicos sem um pedido válido de asilo.
O número de capturas não equivale à quantidade de migrantes presos ou autorizados a permanecer no país. Em julho, cerca de 18 mil imigrantes foram processados na fronteira dos EUA, incluindo solicitantes de asilo que o governo Biden permitiu entrar no país por motivos humanitários, de acordo com dados do governo.
Cerca de 40% das capturas registradas no mês passado resultaram na expulsão para o México ou seus países de origem, sem a oportunidade de buscar asilo. Essas expulsões rápidas estão autorizadas desde março de 2020 pela ordem de saúde pública do Título 42, criada pelo ex-presidente Donald Trump, e mantida em vigor no atual governo pelo tribunal federal. A expulsão, porém, tem resultado em um número maior de casos recorrentes na tentativa de travessia ilegal. No mês passado, cerca de 22% dos imigrantes indocumentados já haviam tentado entrar no país ilegalmente, sem a ameaça de sanções legais ou prisão.
Segundo dados divulgados pela CBP no ano passado, cerca de 46 mil brasileiros foram detidos na fronteira sul dos EUA, em comparação com 17 mil em 2019, ocupando o 6º lugar entre as nacionalidades detidas em 2021. “Existe muita desinformação no Brasil sobre os processos de imigração para os Estados Unidos. Corre um mito de que só é possível conseguir Green Card via asilo ou casamento com norte-americanos”, diz a advogada brasileira Renata Rocha, paralegal da Legally&Co Immigration na Flórida. Segundo a especialista, os Estados Unidos oferecem uma série de opções para brasileiros que buscam residência permanente no país. “Pessoas com habilidades especiais como artistas, atletas e empreendedores de diversos ramos podem aplicar para o visto O-1, por exemplo”, afirma.
Do mesmo escritório, a paralegal pós-graduada em Homeland Security, Jéssica Melo diz que tentar burlar a lei pode sair caro. “O investimento e o risco que se corre pagando um coiote é muito maior do que tentar fazer o processo legalmente”, afirma.
Parlamentares republicanos culpam as políticas do governo Biden pelo aumento de travessias ilegais nas fronteiras desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2021. Segundo eles, a promessa de Biden de reverter políticas mais restritivas, feitas durante a campanha eleitoral de 2020, colaborou para atrair mais imigrantes indocumentados ao país. “A última coisa que precisamos é dizer que vamos parar imediatamente o acesso ao asilo e acabar com 2 milhões de pessoas tentando entrar pelas fronteiras”, comentou o presidente em dezembro do ano passado. O marco, segundo reportagem do Wall Street Journal, está prestes a ser alcançado em 2022.