Estado do Rio de Janeiro registra, em maio, queda nas doações de órgãos por conta da pandemia

Rio de Janeiro – RJ 10/6/2020 –

Com a pandemia do novo coronavírus, o número de doações de órgãos, no mês de maio, diminuiu consideravelmente no estado do Rio de Janeiro, em comparação com o mesmo período no ano passado, o que pode impactar negativamente a perspectiva de cura de muitos pacientes que aguardam por um órgão compatível. A estimativa é que a queda seja em torno de 30%, segundo dados do Programa Estadual de Transplantes (PET). O resultado, no entanto, não reflete o comportamento nos quatro primeiros meses de 2020, quando houve aumento de 26% nas doações no estado em relação ao mesmo período de 2019.

Segundo o dr. Eduardo Fernandes, médico transplantador e especialista em doenças hepáticas do Hospital São Lucas Copacabana, o estado do Rio de Janeiro é destaque no número de transplantes realizados no Brasil, com um aumento expressivo no volume de cirurgias nos últimos cinco anos, o que vem atraindo, inclusive, pacientes de todo o país.

Entre os fatores que levaram à redução de doadores, em maio, estão a diminuição dos traumas – responsáveis por 40% dos transplantes – e as mortes causadas pelo novo coronavírus ou de pacientes que mantiveram contato com pessoas infectadas. Nesses casos, a doação não é autorizada.

“É necessário fazer a fila de transplante continuar andando. Existem pessoas morrendo à espera de um órgão, e temos protocolos de segurança para realizar cirurgias sem risco aos pacientes que precisam ser transplantados”, enfatiza o médico.

Eduardo comenta que os transplantes de fígado são seguros e podem ser realizados durante a pandemia. “Entre os prejudicados pela espera de um transplante estão os portadores de doenças do fígado em estágio avançado, como insuficiência hepática, cirrose e até mesmo câncer. Para eles, o transplante hepático é a principal forma de tratamento e, nesse caso, a doação do órgão pode acontecer entre vivos, o que viabiliza ainda mais a cirurgia.”

O médico explica que, para continuar realizando os transplantes hepáticos durante a pandemia, o Hospital São Lucas Copacabana adotou diversos protocolos de segurança para preservar a saúde do paciente e assegurar o sucesso do tratamento, como uma área exclusiva na unidade dedicada a transplantes sem nenhum contato com pacientes que possam estar com o novo coronavírus. O hospital tem expertise em transplantes intervivos.

No centro cirúrgico, a higienização do ambiente e de equipamentos foi reforçada, assim como os cuidados com a anestesia. Na internação, as equipes médicas e assistenciais adotaram medidas de prevenção, como o uso de equipamento de proteção individual (EPI) em tempo integral e a triagem de todos os profissionais que atuam nesse setor, além da intensa higienização dos quartos.

“Após a alta hospitalar, nossas equipes médicas dão orientação extra de segurança aos familiares para que o paciente possa continuar sua recuperação em casa. O acompanhamento é feito por telemedicina, em que avaliamos o paciente por meio de chamadas de vídeo para que ele não precise retornar ao hospital”, afirma o médico.

“Temos observado índices de transplantabilidade superiores aos dos Estados Unidos e de vários países da Europa. Com isso, o tempo na fila de espera é curto, e cerca de 95% dos pacientes inscritos conseguem fazer o transplante. Isso é um marco histórico no país”, comemora o dr. Eduardo.

Como ser um doador

No Brasil, por lei, o transplante só pode ocorrer mediante autorização dos parentes, sem necessidade de documentação. Mas avisar à família, ainda em vida, que deseja ser doador de órgãos pode ajudar na decisão da autorização do procedimento.

O site www.doemaisvida.com.br e o Disque-Transplante (155) são os canais para esclarecimento de dúvidas e debate sobre o tema.

Web Site:

Estado do Rio de Janeiro registra, em maio, queda nas doações de órgãos por conta da pandemia

Rio de Janeiro – RJ 10/6/2020 –

Com a pandemia do novo coronavírus, o número de doações de órgãos, no mês de maio, diminuiu consideravelmente no estado do Rio de Janeiro, em comparação com o mesmo período no ano passado, o que pode impactar negativamente a perspectiva de cura de muitos pacientes que aguardam por um órgão compatível. A estimativa é que a queda seja em torno de 30%, segundo dados do Programa Estadual de Transplantes (PET). O resultado, no entanto, não reflete o comportamento nos quatro primeiros meses de 2020, quando houve aumento de 26% nas doações no estado em relação ao mesmo período de 2019.

Segundo o dr. Eduardo Fernandes, médico transplantador e especialista em doenças hepáticas do Hospital São Lucas Copacabana, o estado do Rio de Janeiro é destaque no número de transplantes realizados no Brasil, com um aumento expressivo no volume de cirurgias nos últimos cinco anos, o que vem atraindo, inclusive, pacientes de todo o país.

Entre os fatores que levaram à redução de doadores, em maio, estão a diminuição dos traumas – responsáveis por 40% dos transplantes – e as mortes causadas pelo novo coronavírus ou de pacientes que mantiveram contato com pessoas infectadas. Nesses casos, a doação não é autorizada.

“É necessário fazer a fila de transplante continuar andando. Existem pessoas morrendo à espera de um órgão, e temos protocolos de segurança para realizar cirurgias sem risco aos pacientes que precisam ser transplantados”, enfatiza o médico.

Eduardo comenta que os transplantes de fígado são seguros e podem ser realizados durante a pandemia. “Entre os prejudicados pela espera de um transplante estão os portadores de doenças do fígado em estágio avançado, como insuficiência hepática, cirrose e até mesmo câncer. Para eles, o transplante hepático é a principal forma de tratamento e, nesse caso, a doação do órgão pode acontecer entre vivos, o que viabiliza ainda mais a cirurgia.”

O médico explica que, para continuar realizando os transplantes hepáticos durante a pandemia, o Hospital São Lucas Copacabana adotou diversos protocolos de segurança para preservar a saúde do paciente e assegurar o sucesso do tratamento, como uma área exclusiva na unidade dedicada a transplantes sem nenhum contato com pacientes que possam estar com o novo coronavírus. O hospital tem expertise em transplantes intervivos.

No centro cirúrgico, a higienização do ambiente e de equipamentos foi reforçada, assim como os cuidados com a anestesia. Na internação, as equipes médicas e assistenciais adotaram medidas de prevenção, como o uso de equipamento de proteção individual (EPI) em tempo integral e a triagem de todos os profissionais que atuam nesse setor, além da intensa higienização dos quartos.

“Após a alta hospitalar, nossas equipes médicas dão orientação extra de segurança aos familiares para que o paciente possa continuar sua recuperação em casa. O acompanhamento é feito por telemedicina, em que avaliamos o paciente por meio de chamadas de vídeo para que ele não precise retornar ao hospital”, afirma o médico.

“Temos observado índices de transplantabilidade superiores aos dos Estados Unidos e de vários países da Europa. Com isso, o tempo na fila de espera é curto, e cerca de 95% dos pacientes inscritos conseguem fazer o transplante. Isso é um marco histórico no país”, comemora o dr. Eduardo.

Como ser um doador

No Brasil, por lei, o transplante só pode ocorrer mediante autorização dos parentes, sem necessidade de documentação. Mas avisar à família, ainda em vida, que deseja ser doador de órgãos pode ajudar na decisão da autorização do procedimento.

O site www.doemaisvida.com.br e o Disque-Transplante (155) são os canais para esclarecimento de dúvidas e debate sobre o tema.

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