Livro inédito expõe evidências sobre como a nutrição pode impulsionar o potencial genético humano

SÃO PAULO 27/12/2019 –

Mais de 70 especialistas em saúde discutem como os compostos bioativos presentes nos alimentos podem maximizar as funções fisiológicas para assegurar o bem-estar total, a saúde plena e o melhor desempenho do potencial físico e cognitivo, ao mesmo tempo em que conferem um risco mínimo de doenças ao longo da vida.

Embora as disciplinas de nutrição e alimentos sejam estudadas há séculos, a ciência nutricional moderna é supreendentemente jovem. A primeira vitamina foi isolada e quimicamente definida apenas em 1926, ou seja, há menos de 100 anos, inaugurando meio século de descobertas focadas em doenças causadas pela deficiência de nutrientes isolados. As pesquisas sobre o papel da nutrição na etiologia de doenças crônicas não transmissíveis, como cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer, são ainda mais recentes, progredindo nas últimas duas ou três décadas.

Evidências científicas mais atuais conduziram a nutrição humana a outro patamar, evoluindo da estratégia de prevenção primária de deficiências dietéticas – ação associada a uma abordagem reducionista – para elemento fundamental da promoção do bem-estar e da redução do risco de doenças. Nos últimos anos, essa abordagem se expandiu, tornando-se mais holística e visando compreender o papel da nutrição em um contexto ainda mais amplo, culminando no que é reconhecido hoje como o conceito de nutrição ótima. A nutrição ótima (ou otimizada) fundamenta-se na funcionalidade dos alimentos e nos seus compostos bioativos, buscando maximizar as funções fisiológicas de cada indivíduo para assegurar o bem-estar total, a saúde plena e o melhor desempenho do potencial físico e cognitivo, ao mesmo tempo em que confere um risco mínimo de doenças ao longo da vida.

Não é à toa que a nutrição ótima é um dos pilares da “medicina do estilo de vida”, uma abordagem baseada em evidência proposta recentemente pela Harvard Medical School. Além da estratégia nutricional, a abordagem inclui o gerenciamento do estresse, a qualidade do sono e a prática regular de exercícios como ferramentas essenciais para a prevenção, tratamento e, muitas vezes, até reverter doenças crônicas e condições autoimunes específicas.

Cientes de que essa abordagem é a grande quebra de paradigmas no âmbito da saúde pública, em todos os ciclos da vida, mais de 70 especialistas em nutrição, alimentação e saúde se reuniram para lançar a obra “Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos” (editora Manole), incluindo os renomados Doutores Mauro Fisberg, Elizabete Wenzel, Carlos Magnoni, Ligia Araujo Martini, Winston J. Craig, Glaucia Pastore e Claudio Lottenberg.

O trabalho inédito, que conta com a organização das Doutoras Sonia Tucunduva Philippi, Carolina Vieira de Mello Barros Pimentel e Maria Fernanda Elias, foi desenvolvido sob a concepção e perspectiva interdisciplinar, além de contemplar aspectos que envolvem inovação, tecnologia, tendências, mercadologia, gastronomia, sustentabilidade, e outros fatores relacionadas à complexidade e o entendimento das questões alimentares e nutricionais, assim como os seus principais desafios.

“Cada vez mais, as pessoas não querem se alimentar simplesmente por prazer ou para cobrir as necessidades nutricionais básicas. Elas buscam a funcionalidade dos alimentos no sentido de viver mais, com mais saúde, atingindo sua capacidade genética máxima”, explica Maria Fernanda. “Nós reunimos o que existe de evidência científica atual no sentido de tornar esse desejo uma realidade”. Para Sonia Tucunduva, “Os compostos bioativos presentes nos alimentos, incluindo vitaminas, probióticos, fibras, carotenoides e peptídeos, estimulam a curiosidade dos cientistas e estudiosos, que buscam esclarecer seus mecanismos de ação e as várias possibilidades de proteção ao organismo contra o desenvolvimento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis, altamente prevalentes no mundo atual”. Já Carolina Pimentel ressalta: “Nosso desejo é que todos os profissionais de saúde tenham acesso às ferramentas nutricionais que suportam o conceito da medicina do estilo de vida, integrando os comportamentos positivos em suas próprias vidas e, mais importante, incorporando-os em suas práticas clínicas em benefício da sociedade”, conclui.

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