O que as startups brasileiras esperam em 2020

Belo Horizonte, MG 16/12/2019 – Um ecossistema, principalmente como o mineiro, que já é bastante consolidado no mercado brasileiro, subscreve mais do que ideias inovadoras.

Quem tem interesse por inovação não pode perder as startups de vista. Isso porque, apesar do tipo de negócio não ser nada novo, o crescimento do setor é bastante fluido e não desacelera. Só em 2019, o número de startups brasileiras ultrapassou os 12 mil, conforme indicado pela Startupbase. 

E 2020 promete ser o ano de maior potência delas, afinal, o consumidor está cada vez mais empoderado digitalmente e os empreendedores têm realizado avanços inquestionáveis no uso de tecnologias como Big Data, Cloud e Inteligência Artificial.

Segundo pesquisa da Mckinsey & Company, os ecossistemas de startups no Brasil receberam US$ 1 bilhão e criaram pelo menos 30 mil empregos, só em 2018. Para completar, a StartupBase – maior banco de dados do ecossistema brasileiro de startups – revela que o top 5 de setores com maior número de startups é composto por educação, finanças, saúde e bem-estar, internet e agronegócio. 

O resultado de tudo isso é um amadurecimento cada vez mais latente do mercado que, agora, já conquistou a confiança dos investidores, peças essenciais da espera insone pelos próximos unicórnios.

Para onde os investidores devem olhar

Apesar de todo investimento nos últimos anos, pode-se dizer que o setor brasileiro de startups deve seu aquecimento especialmente aos ecossistemas. Para a Abstartups, as comunidades, no formato de polos regionais, fortaleceram as startups a partir da afirmação da cultura empreendedora e da mobilização de lideranças. 

“Um ecossistema, principalmente como o mineiro, que já é bastante consolidado no mercado brasileiro, subscreve mais do que ideias inovadoras. Ele nos assegura projeção, mas também melhora a nossa capacidade de fazer negócios”, aponta Edu Gazzinelli, CEO da Raczum, primeira plataforma de conteúdo em vídeo comprável do Brasil, que recentemente participou do Web Summit em Portugal na categoria Alpha e acaba de ser selecionada para ser acelerada no Startup Chile – um dos maiores programas de fomento da América Latina.

“Há alguns anos, o desafio era nosso em capturar a atenção de investidores para produtos e serviços inovadores em Minas Gerais. Hoje, podemos afirmar que, em função da tração crescente de novos negócios, o maior desafio é dos investidores, que precisam criar novas réguas para triar as melhores deals”, completa.

Sobre esse cenário comparativo que Gazzinelli se refere, estão as iniciativas privadas e governamentais que acabaram por estimular o mercado de startups em Minas Gerais, como o San Pedro Valley, FiemgLab, BHTec e SEED. A propósito, MG é o único estado brasileiro que conta com uma plataforma do governo regional para fomento à inovação. Também fazem parte desse contexto evolutivo startups como Sympla, Méliuz, Maxmilhas e Hotmart, algumas delas grandes candidatas a unicórnio em 2020.

Talvez em função de tudo isso, Minas seja o segundo polo mais forte de inovação no Brasil, concorrendo páreo a páreo com Rio de Janeiro. 

E 2020?

2020 ainda é uma imensa paisagem nebulosa. Mas, diferentemente de 2019, onde a insegurança política e econômica deixou empreendedores e investidores atentos, o ano de 2020 é avaliado como o ano da inovação tecnológica. 

De acordo com pesquisa da Abstartups, 81% dos empreendedores digitais respondentes acreditam que o acesso ao capital irá melhorar, principalmente, se houver incentivos fiscais para aceleradoras e investidores-anjo. Enquanto isso, 67% acreditam que o mercado consumidor de startups vai melhorar significativamente a partir da adoção de tecnologias por empresas tradicionais.

Infelizmente, a baixa expectativa se dá em relação ao ambiente regulatório brasileiro para empresas de inovação, que ainda é protagonizado por muitas barreiras burocráticas.

 

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